quarta-feira, 30 de março de 2016

Há dias assim.

Há dias assim. Dias em que, mais que nunca, só me apetece estar com os meus pequenotes e abraçá-los e enchê-los de beijos. Dias em que conto as horas e os segundos para os abraçar, como se disso dependesse a minha vida. Uma espécie de urgência!

Hoje, estou num desses dias. Mas, inevitavelmente, lembro-me que ontem estava a sentir exatamente o mesmo, que até tive a sorte de apanhar pouco trânsito e por isso fui buscar o Gonçalo mais cedo que o habitual, mas que em vez de aproveitar o momento acabámos os dois chateados. Tudo porque ele inventou um motivo parvo para fazer uma birra descomunal, por causa de nada.

A sério que ainda tentei levar as coisas com calma, mas ele foi tão casmurro, birrento e implicativo, que perdi a paciência, assim como o bom humor e a minha boa disposição.

Resultado: Fiquei chateada por me ter deixado levar pela birra dele ao invés de ter ficado na minha. Tinha ganho mais. Tínhamos os dois ganho mais.


Mas já passou. Hoje será melhor!

CONSULTÓRIO PSICOLOGIA: O que se passa com os meus pais?

(Texto escrito por Ana Oliveira, Psicóloga Clínica e Terapeuta Familiar e de Casal da Oficina de Psicologia)
Foto: Pinterest
Não sei o que se passa com os meus pais.

No outro dia, estavam a falar alto por causa dos horários, até acho que era por causa da minha hora de ir para a cama ou de tomar banho.

Mas porque é que isso é um problema?

Acabamos por fazer tudo direitinho como fazemos todos dias. Os gritos não apressaram as coisas. Eu até fiquei assustado. Às vezes grito quando apanho um susto.

Será isso? Será que os meus pais estão com medo de alguma coisa?


Não sei o que se passa com os meus pais.

De vez em quando vejo-os amuados (como eu faço, quando não fazem o que eu quero), e cada um anda para seu lado ou vira a cara ou fala como se o outro não estivesse na sala. Até parece um jogo! E eu olho e até quero entrar naquela brincadeira de fazer de conta que o outro é transparente.


Não sei o que se passa com os meus pais.

Tenho tanta sorte em ter tantos avós que gostam de mim e me mimam e fazem festas e passeios… porque é que eles dizem tantas vezes «És mesmo como a tua mãe!» … A gritar e com cara de zangados como se fosse uma coisa feia e para chatear.


Não percebo os meus pais.

Não percebo porque não nos sentamos mais vezes no chão e fazemos piqueniques, agora que está frio lá fora.

Não percebo porque não posso mexer no telemóvel, jogar ou tirar fotos quando eles fazem isso tantas vezes.

Não percebo porque tenho de comer sopa e legumes quando eles não o fazem.

Não percebo… Mas um dia os meus pais vão-me explicar!


Ana Oliveira,
Psicóloga Clínica e Terapeuta Familiar e de Casal, da Oficina de Psicologia

É tão homem este meu filho!

Quando o Gonçalo se magoa, mesmo que seja um bocadinho de nada, faz um drama. Por exemplo, se ele der um pontapé em alguma coisa e se aleijar ligeiramente, diz logo que não consegue andar. E não, não estou a exagerar.

Como eu sei que ele é assim, e embora vá sempre ver o que se passa, há alturas em que desvalorizo um bocado. Como ontem à noite.

Estava atrapalhada a tentar fazer mil coisas - arranjar a roupa deles para hoje, abrir a caminha dele e do mano - quando ele se começa a lamuriar e a dizer que na escola tinha feito um dói-dói no pé.

"Ah, que chatice filho!" - respondi. - "Agora escolhe os peluches e vai-te deitar."

Ele senta-se na cama e pergunta-me todo ofendido:

"Só isso?!!! Eu digo-te que me magoei no pé e tu só dizes isso mamã?!!!"

(realmente há mães desnaturadas :P )

terça-feira, 29 de março de 2016

Vencedora Passatempo Kikinono e Entre Biberons e Batons


Custou a anunciar o vencedor deste passatempo, mas finalmente vou fazê-lo :)

A Patrícia Pinho é a grande felizarda que vai poder oferecer ao filhote ou filhota uma destas t-shirts e fazê-lo/la sentir-se um verdadeiro super-herói ;)

Parabéns Patrícia! Irei enviar o seu e-mail à marca, de modo a que entrem em contacto consigo!




Eu sou contra!

Já tinha ouvido falar no “fenómeno”. Inclusivamente tenho amigas e colegas que se queixam. Estou a falar do arsenal gigantesco de trabalhos de casa que as crianças trazem da escola durante a semana e nos períodos de férias; um tema que foi alvo de um artigo recente no jornal Público.

Sinceramente, não acho mesmo nada aceitável que crianças até à quarta-classe levem trabalhos para casa. Afinal, elas estão na escola o dia todo a fazer o quê? Já passam lá tantas horas!!! A sério que os professores acham normal que as crianças cheguem a casa e ainda tenham de fazer mais trabalhos? É que nem é para elas nem para os pais.

Acredito que quando os professores mandam trabalhos para casa partem do princípio que os pais vão estar ali ao lado da criança, a ajudá-la. A tirar dúvidas. Mas como é que é suposto se fazer isto, quando a grande maioria das famílias pouco mais tem que três horas para os banhos, jantar e, claro, poderem estar um pouco juntos antes das crianças irem para a cama? É suposto o pouco convívio possível ser “aproveitado” com trabalhos de casa?

Não sei como será quando for com o Gonçalo e com o Francisco. Espero que tenham a sorte de apanhar um professor com discernimento mas, se tal não acontecer, sou menina para fazer o que testemunha uma das mães neste artigo. Quando percebe que não vai ser possível ajudar o filho com os trabalhos e que a realização dos mesmo não é compatível com a logística familiar, ela simplesmente não obriga o filho a fazer os trabalhos e envia um recado para a professora.

Mas é desagradável ter de chegar a este ponto!

As crianças precisam de brincar. Está provado. Da mesma forma que já por diversas vezes saíram estudos que apontam para as inúmeras vantagens de brincar; as brincadeiras estimulam as crianças a nível intelectual, ajudam-nas a socializar, para além  de promoverem a felicidade dos mais pequenos. A isto junta-se a importância CRUCIAL de permitir aos filhos, e aos pais, estarem juntos. Terem tempo de estarem uns com os outros.


Será pedir muito?

Acho que não era bem isto que ele esperava!


O Gonçalo andava há séculos a dizer que queria ir ver e brincar com a neve. Assim, e aproveitando as nossas mini-férias a norte, resolvemos fazer-lhe a vontade e dar um saltinho até à Serra da Estrela.

Assim que viu aquele manto branco ele delirou. É que por ele parávamos o carro no meio da estrada e tudo, só para ele ir brincar.

Quando finalmente parámos ele tirou logo o cinto de segurança e o que se seguiu só teria o impacto devido se tivesse sido filmado!

Ele saiu do carro a correr e a gritar “Neve! Neve! Neve!” e a seguir mandou-se para a neve. E seguiu-se um imediato: “Está fria! Está fria! Está fria!”


lololol

segunda-feira, 28 de março de 2016

Isto é ser puro!

Ontem, já não sei a que propósito, quando vínhamos na viagem para cá falei ao Gonçalo do 1 de abril e do conceito do Dia das Mentiras. Ele achou um piadão, claro!

"Mamã, posso fingiê que é hoje?"

Ri-me.

"Sim, mas não te habitues." - brinquei.

Ele faz-me o sorriso dele mais malandro e diz-me:

"As batatas fitas fazem bem à saúde!"

<3 <3 <3

Eu sei, é parvo!

Desde quinta-feira que ando enjoada e mal disposta. Não, não estou grávida. Simplesmente tenho comido porcarias em demasia. E o mais estúpido disto tudo é que continuo (porque na minha cabeça, e para me desculpar a mim própria, assim que acabarem os doces e as comidas que enfartam, eu vou portar-me bem!)

Por exemplo, e só para terem uma noção do que estou a dizer. O que é o almoço de hoje, o que é? Dobrada!

Isto assim custa um bocado!

Adoro o horário de verão, mas esta fase inicial custa um bocadinho. Não tanto por mim, mas pelos pequenotes.

Hoje custou-lhes tanto a acordar... e a mim custou-me horrores a acordá-los. Estavam tão bem no quentinho. É que estavam mesmo a dormir serenamente, com aquela carinha de anjos <3

Enfim... a verdade é que estamos todos em modo "jet lag".

Para dificultar, e depois de uma semaninha de férias, tanto um como outro ficaram tristes na escola. O Gonçalo ficou tristinho e a dizer que tinha saudades da mamã, enquanto que o Francisco ficou mesmo a chorar :(

A ver se amanhã, ou a meio da semana pelo menos, a coisa está mais normalizada.


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