sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Vai custar sempre!

Já se sabe que depois das férias os miúdos podem demonstrar alguma resistência em voltar à escola (se nós sentimos resistência em voltar ao trabalho... :)).

Na segunda-feira, quando deixei o Francisco na escola, notei que ele ficou sentido comigo. Como se eu o estivesse a abandonar.

Já conheço o meu filho, as expressões dele, a forma como ele morde o lábio para controlar as emoções e abracei-o com força. Disse-lhe que tinha de ser. Pedi-lhe para não ficar triste comigo. Expliquei-lhe que também tinha que ir trabalhar e que iria ter imensas saudades dele. Que o dia ia passar rápido, que ele iria divertir-se com os amigos...

Mas se na segunda me custou, hoje foi muito pior. Ainda em casa, ele não controlou o choro. Veio ter comigo, abraçou-me e disse-me baixinho ao ouvido que não queria ir para a escola. E depois chorou e eu fiquei com o coração do tamanho de uma formiga e pouco faltou para chorar também.

Sempre achei que, com o passar dos anos, iria aprender a gerir melhor estes momentos. Que me iriam custar, sim, mas não tão intensamente.

Estava enganada.

Hoje concluí que vai custar sempre, e muito. E que os anos não suavizam em nada a impotência e a dor de os ver assim.

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Irmão mais novo sofre!

Esta manhã, mal abrimos as janelas, deparámo-nos com nevoeiro.

Estava eu a preparar as coisas para sairmos, quando ouço o Gonçalo dizer ao irmão:

"Hoje não devias ir à escola. Se respirares o nevoeiro vais ser atacado por uma neurotoxina, e depois vais transformar-te num zombie!"


(Escusado será dizer que logo a seguir tinha o Francisco a dizer-me que não queria ir à escola hoje!)

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Captar o amor



Há fotos que, mais do que captar o momento, captam a essência dos sentimentos. É o caso destas duas. Eu olho para elas e vejo o amor, carinho e cumplicidade que tenho com os meus filhos e é por isso que gosto delas.

Nem acho que eu esteja particularmente bem, mas o sentimento está lá bem visível  e é o que basta para fazer delas das minhas favoritas ♥️

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

A Maya que não leia isto!

Não sei como é que a conversa começou. Sei que a minha mãe estava a falar com o Gonçalo sobre signos.

A minha mãe enumerou alguns e ele perguntou-lhe qual era o signo dele. Eu, que estava a ouvir, respondi que ele era virgem.

Ele calou-se um bocado, o que é raro, e voltou a perguntar:

"Virgem? Que animal é esse?"

Ainda não estávamos refeitos das gargalhadas que ele nos proporcionou, quando ele quis saber o signo do irmão.

"É sagitário." - esclareci.

Ele desata a rir e eu, como não percebi porquê, perguntei-lhe qual era a graça. Ao que ele me responde ainda a rir com gosto:

"Vou contar ao Francisco que o signo dele é sanitário!"


Moral da história: astrologia não é com ele!


sábado, 18 de agosto de 2018

Passar férias com crianças pequenas

Este fim-de-semana vou estar sem os pequenotes. Em conversa com um amigo, que não tem filhos, disse-lhe que tencionava ir à praia, e percebi que ele ficou surpreendido, já que eu tinha estado duas semanas de férias com eles, a fazer praia todos os dias.

Ora, é sabido que o conceito de férias com filhos pequenos é muito, mas muito relativo. Para quem não tem noção, é mais ou menos isto!


quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Perdoem-lhe as Cristinas!

Há uns tempos, o Gonçalo veio-me com uma expressão horrorosa. Daquelas que não sabemos de onde vêm, porque não lhes ensinamos essas coisas (mas vêm!).

Ele estava com o irmão e queria que eu lhe fizesse cócegas debaixo dos braços. Não vai de modas e pede-me para lhe fazer "cócegas nos sovacos".

Fiquei para morrer!

Lá expliquei aos dois que aquela era uma expressão feia, que não se dizia, que o educado nessa situação era dizer "debaixo dos braços" ou, quanto muito, axilas.

Aquilo passou.

Há dias, o Francisco veio ter comigo e pede-me:

"Mamã, faz-me cócegas nas cristinas!"

Uma mãe é sempre uma espécie de canivete suíço (para os filhos)

É já um clássico, verdade? E só vem provar que uma mãe tem variadíssimas utilidades para um filho. Ao ponto de até servir de toalha de praia / colchão :) <3





segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Voltar



Este ano, a ideia de regressar das férias está-me a ser particularmente difícil.

Como toda a gente, adoro (e preciso) de férias. Mais do que isso, sair do ritmo diário é uma necessidade. Às vezes bastam 2 ou 3 dias fora do quotidiano para repôr baterias.

Mas não me interpretem mal. A rotina também me transmite conforto. Gosto de saber que tenho um trabalho para onde voltar e não me desagrada saber como vão ser, pelo menos em linhas gerais, os meus dias; e isto ganha um tom particularmente reconfortante quando se tem dois filhos pequenos.

Mas este ano não me apetece voltar. É que a rotina, por mais segurança que ofereça, traz consigo a vida real. E por mais que as férias ajudem a clarificar as ideias, a serenar a cabeça e o coração, a relativizar o que menos interessa, a pôr algumas coisas no seu devido lugar e a reforçar o lugar de outras, a minha vida real (ainda) está a alguma distância de estar pacífica.

O lado bom é que do ano passado para este sinto que o salto que dei para lá chegar foi bastante significativo. E, verdade seja dita, no meio da "tempestade" têm sido tempos muito interessantes e muito ricos em aprendizagens ❤

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Live.Laugh.Love.


Sim, nas férias há discussões de meia-noite e em muitas circunstâncias tenho a sensação de que eles me vão levar à loucura, mas depois há isto. Momentos de paz e de uma cumplicidade gigante, que só se conseguem longe das rotinas e das preocupações e obrigações diárias. Mas uma coisa é certa, tanto num caso como noutro, o amor está lá sempre. Intocável, inabalável e com uma força imensa.


Live.Laugh.Love.


Não, as férias com crianças estão longe de serem calmas, e serem chamadas dessa forma até me faz rir, mas o que conta realmente, o que fica na memória e coração, são os momentos que nos enchem a alma. Momentos dominados pelos risos, sorrisos e amor. Muito amor. ❤

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