Já se sabe que depois das férias os miúdos podem demonstrar alguma resistência em voltar à escola (se nós sentimos resistência em voltar ao trabalho... :)).
Na segunda-feira, quando deixei o Francisco na escola, notei que ele ficou sentido comigo. Como se eu o estivesse a abandonar.
Já conheço o meu filho, as expressões dele, a forma como ele morde o lábio para controlar as emoções e abracei-o com força. Disse-lhe que tinha de ser. Pedi-lhe para não ficar triste comigo. Expliquei-lhe que também tinha que ir trabalhar e que iria ter imensas saudades dele. Que o dia ia passar rápido, que ele iria divertir-se com os amigos...
Mas se na segunda me custou, hoje foi muito pior. Ainda em casa, ele não controlou o choro. Veio ter comigo, abraçou-me e disse-me baixinho ao ouvido que não queria ir para a escola. E depois chorou e eu fiquei com o coração do tamanho de uma formiga e pouco faltou para chorar também.
Sempre achei que, com o passar dos anos, iria aprender a gerir melhor estes momentos. Que me iriam custar, sim, mas não tão intensamente.
Estava enganada.
Hoje concluí que vai custar sempre, e muito. E que os anos não suavizam em nada a impotência e a dor de os ver assim.
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