A tirania da balança afeta muitas mulheres. Não são raras as amigas ou mães de amigas, ou até mesmo a minha mãe, que volta que não volta me dizem que estão a experimentar a dieta não-sei-das-quantas. Na maior parte das vezes, o que vejo é um grande entusiasmo e esperança inicial que, ao fim de poucos dias ou semanas, esmorece ou, simplesmente, desaparece.
Se isto acontece por falta de força de vontade ou porque elas não veem os resultados esperados, isso já não sei dizer.
Esta rubrica foi-me sugerida por uma grande amiga, que está a fazer uma dieta conhecida: a Lev. Uma outra grande amiga comum já a fez há uns anos e os resultados foram, de facto, surpreendentes.
Será que desta vez também serão? Dependerá da dieta ou da pessoa?
Nesta rubrica quinzenal, vamos poder contar com a partilha de todas as emoções de uma mulher que resolveu experimentar esta dieta e acompanhar a sua evolução. Será um relato cru e sem papas na língua!
Feitas as apresentações, apresento-vos a introdução da rubrica
Uma Mulher. Uma Dieta. Um Diário.
Semana 0
Peso: 83,90 Kg
Altura: 1,68m
Quilos Perdido: (não queriam mais nada! Isso queria eu! Emagrecer só com o pensamento!)
Quando o fecho das calcas já não fecha, ou o buraco do cinto está cada vez mais perto da fivela, temos duas opções: ou entramos em negação e culpamos a máquina de lavar roupa, que deve ter mudado sozinha os programas e a fez encolher, ou então assumimos que temos uns quilos que não era suposto estarem ali!
Tenho 36 anos. Culpar a máquina de lavar não me pareceu uma desculpa muito madura, até porque já eram muitas peças de roupa nesta situação. Por isso, optei por aceitar a realidade e assumir que, de facto, estava gorda!
O primeiro passo estava dado, assumir a situação, agora era altura de arregaçar as mangas e agir. Mas o que é que podia fazer?
Tenho hipotiroidismo, diagnosticado há já 18 anos, ou seja, metade da minha vida. Basicamente, o meu metabolismo anda mais devagarinho do que o normal, por isso fazer dieta sem qualquer tipo de ajuda iria fazer com que demorasse muito tempo até conseguir obter algum resultado prático; o que podia facilmente fazer com que abandonasse a dita a qualquer momento.
Influenciada pela silhueta de algumas amigas, optei pela dieta Lev. O slogan é apelativo: "comer para emagrecer".
Ok, não iria passar fome. Boa! É importante saber!
Aproveitei as férias para marcar a consulta e lá fui eu. Eu e os meus 83,90kg!
A nutricionista começa por fazer bastantes perguntas sobre a nossa situação clínica, o nosso dia a dia, as nossas refeições e o horário das mesmas. Depois, temos que subir para aquele objecto tão pequenino, mas que atormenta muito boa gente, inclusive a mim: a balança. Esta em particular ainda atormenta mais, porque mede logo o índice de massa gorda. Meeedo!!!
A realidade era mesmo assustadora. Para além dos quilos a mais, estava apenas a um pontinho da obesidade. A quantidade de massa gorda no meu corpo era gigante! Nas palavras da Dra. Lev, vamos chamar-lhe assim, era imperativo fazer alguma coisa e tinha de ser JÁ.
Os números não mentiam! Quer os da balança, quer os da fita métrica que mediram a minha superfície abdominal.
"Ok. Vamos lá a isso", pensei. Mas, agora, a parte mais problemática. A dieta Lev é cara! Decidir que a queremos fazer implica gastos bastante elevados, principalmente no início. Por isso, e decidida que estava em ir para a frente com esta decisão, teria de pôr na cabeça que há que a levar até ao fim.
Aceitando este rombo no orçamento, iniciamos então o tratamento! Vamos lá ver como corre!
Xoxo,
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Nota da autora do Entre Biberons e Batons: Queria lançar um repto às minhas seguidoras: se estiverem a fazer uma outra dieta e a quiserem relatar, enviem-me um mail. Quantas mais experiências forem partilhadas, sejam elas boas ou más, melhor :)