sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

"Keep it simple"

Foto: Pinterest
Há fases na vida que são mais do que fases. São processos.

Ultimamente, ando particularmente interessada no minimalismo. Já conhecia o conceito há muito tempo, mas nunca me deu para saber mais sobre o assunto. Não me interessava! Mas há pouco tempo, não sei precisar quando (e estou ciente do quão tonto possa parecer o que vou dizer), parece que o conceito me chamou. Dei por mim a fazer pesquisas e a querer saber mais e mais sobre ele e, à medida que ia sabendo mais, mais interesse me suscitava.

Para contextualizar quem nunca ouviu falar do tema, e reduzindo a coisa numa única frase (o que até pode ser considerado uma heresia pelos minimalistas a sério), o minimalismo foca-se muito na ideia de que "less is more".

Mas atenção, eu não tenho qualquer intenção de me tornar minimalista. Nada disso! Simplesmente sinto que muitos dos princípios que estão na base do minimalismo, são exatamente o que eu preciso e quero para mim e para a minha vida. Por outro lado, e curiosamente, apercebi-me que muitas das coisas que regem o minimalismo, eu já fazia (o que também me suscitou ainda mais interesse).

Como já disse, senti que de certo modo foi como se tivesse sido o conceito a chamar por mim, antes mesmo de eu ter ido à procura de mais informações. De tal maneira que até eu achei estranho este meu interesse súbito (se calhar até é mais correto dizer "necessidade") em saber mais sobre o tema.

O que mais me cativa no minimalismo é o facto de defender a ideia de que nos devemos desprender e dispensar o supérfluo, o que nos faz mal ou que não nos faz feliz. E este princípio é transversal aos móveis que temos em casa, à roupa que temos nos armários e à nossa vida em geral.

Nunca fui de acumular objetos nem de deixar "amontoar" roupa que não uso, por exemplo, mas, nos últimos dias, estou a fazer uma revolução lá em casa! Estou a livrar-me de coisas que considero que estão a mais, ou porque não uso, ou porque não gosto particularmente delas...

O minimalismo defende que só devemos deixar ficar o que realmente gostamos, o que nos faz efetivamente falta e o que nos faz sentir bem. E isto aplica-se a tudo na vida!

Sei que esta "arrumação" vai demorar, mas, se querem que vos diga, não tenho pressa.

Esta "arrumação" é mais que uma arrumação. É um processo e todos os processos requerem o seu tempo. Além disso, acreditem ou não, já me está a trazer uma serenidade que me fazia falta.

E termino este post com uma frase de Don DeLillo:

"The more I threw away, the more I found."


quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Culpa (sempre ela)


Já levo mais de 8 anos de maternidade e não há meio de aprender a lidar e livrar-me da maldita culpa. Ela persegue-me pelos mais variados motivos: ou porque às vezes sinto que não tenho a paciência que devia de ter com eles; ou porque gostava de brincar mais com eles mas não consigo; ou porque não me apetece mesmo brincar; ou porque em algumas situações fico com receio de não ser a mãe que os meus filhos precisam...

Mesmo nas circunstâncias em que não posso fazer nada, por exemplo, se tenho o jantar para fazer, a roupa para tratar, etc, é normal que não tenha como conseguir brincar com eles, mesmo assim, sinto culpa.

No nosso dia-a-dia somos nós os três. Ou seja, em teoria passamos muito tempo juntos. Mas só mesmo em teoria, já que durante a semana eles estão na escola e eu no trabalho e, ao final do dia, não dá para nada. O tempo é pouco para os banhos, fazer jantar, dar-lhes jantar, fazer os trabalhos de casa (quando há), ler a história e deitá-los ainda a uma hora decente (esforço-me para eles já estarem a dormir às 21h30).

No meio desta lufa-lufa, a história é o "nosso momento".  O nosso pedaço de céu.

Depois, ao fim-de-semana, há tanta coisa para fazer que, mesmo havendo tempo para momentos de qualidade, porque há, nunca parecem ser suficientes. Não dão para me saciar dos mimos que lhes quero (e preciso) dar.

Isto para dizer que apesar de estar todos os dias com eles, estou numa fase em que sinto saudades deles o tempo todo. Faz-vos sentido?

No trabalho dou por mim a desejar ir buscá-los rapidamente, para os abraçar, dar-lhes beijos, enchê-los de mimos... mas depois, mal os vou buscar, começam logo a fazer birras e disparates, e fico com vontade de os levar de volta para a escola. E lá vem a culpa outra vez!

Preciso muito de tempo de qualidade com os meus filhos. Sem stresses, sem afazeres domésticos à minha espera, sem nada que me preocupe na cabeça.

Até lá, tento viver ao máximo todos os pedacinhos com eles e agarro-me (e amparo-me) na certeza de que estou a dar o meu melhor.


...

"... é tendo medo que perdemos a nossa vida um pouco de cada vez... Aquilo que damos ao medo, tiramos à... fé." 

(ii Uma Chamada do Céu de Mitch Albom)

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Eu sei com quem é que ele tem de falar!

No outro dia o Gonçalo  veio ter comigo super entusiasmado e disse-me que já sabia em que é que ia gastar o dinheiro que anda a poupar.

"Ah, sim? Então e o que é que vais comprar?" - perguntei curiosa.

"Estive a pensar e vou comprar um submarino! Depois só tens de me dizer onde se compram e como é que se conduzem."

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Realmente é complicado

O Francisco hoje quis levar duas máscaras do Batman para a escola. No caminho, pediu-me para lhe dizer o que estava escrito no interior de uma delas.

"Diz que foi feita na China." - disse-lhe.

"E aqui, o que diz?" - voltou a perguntar, agarrando na outra máscara.

Como eu não conseguia ler, porque estava a fazer outra coisa, disse-lhe que dizia o mesmo.

"Também foi feita na China?! "Puquê"?!" - interrogou surpreendido.

"Porque lá fazem muita coisa."- respondi para ver se arrumava o assunto.

Ele ficou pensativo e questionou:

"Ahh. E a nossa casa? A nossa casa também foi feita na China, mamã?"

Bom dia e boa semana!

Foto: Pinterest

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

"Enquanto houver um louco, um poeta e um amante, haverá sonho, amor e fantasia. E enquanto houver sonho, amor e fantasia, haverá esperança."

William Shakespeare

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Toma, que é para aprenderes!

Não gosto, nem costumo, "abebazar" a forma como falo com os meus filhos. Sou meiguinha para eles, chamo-lhes "amor", "docinho", uso alguns diminutivos, mas aquela coisa do "gugu-dada" não é o meu estilo. No entanto, no outro dia, escapei à regra.

Vinha com o Francisco no carro quando ele me começa a pedir para ver a mão dele pelo espelho retrovisor.

"A mãe não pode, môr. O que foi?" - perguntei.

"Não vês? Tenho aqui ito." - insistiu ele.

Eu não vi nada, mas calculei o que era e respondi:

"Ohhh, tadinho! É um dói-doi, não é?"

"Não." - respondeu muito meiguinho e naturalmente. - "é uma feída (ferida)!"

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Somítico não é (pelo menos para já!)

Um dia desta semana, quando fui levar o Francisco à escola, diz-me a educadora dele:

"Ainda bem que a encontro."

E contou-me que o Francisco tinha andado a distribuir moedas pelos amiguinhos da sala. Que mal reparou recolheu as moedas, ainda eram algumas, mas não estava certa de ter recolhido tudo.

Rimo-nos as duas e escusado será dizer que eu não sabia de nada!

É verdade que o dinheiro era dele e que a atitude até revela generosidade e gosto pela partilha, mas eu só conseguia pensar numa coisa: "ainda bem que o mealheiro não tinha notas!"


quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

...

Volta que não volta uma grande amiga envia-me mensagens (daquelas) sábias, todas cheias de clarividência.

Normalmente, têm a ver com uma fase da vida dela ou da minha. Ou seja, regra geral, são muito oportunas! Outras vezes há, que as envia só porque sim. Porque viu e gostou

Tanto numa como noutra situação, acho delicioso :)

Hoje, enviou esta:


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