quinta-feira, 26 de abril de 2018

Promessas!

E pergunta-me o Gonçalo, todo cheio de garra e de intenção:

"Mãe, no fim-de-semana posso ser eu e o Francisco a limpar a casa?"

(Agora é torcer para que a vontade se mantenha até ele ter idade para ajudar sem atrapalhar. Ainda assim, e para ele ficar contente, disse-lhe que sim :))

Simplesmente lindo ❤

"Se um homem soubesse o poder que seu abraço tem ao acolher uma mulher, a segurança que ela sente, todas as coisas boas que passam em sua mente, o quanto ela se entrega. Se ele desconfiasse que naquele momento ele a tem inteira, completa, repleta de uma felicidade extrema. Será que ele se manteria ali por mais alguns segundos? Será que ele entenderia que essa coisa tão simples, tão gratuita, de entre muitas coisas no mundo, é o que gente mais precisa, é o que nos abriga, é o que dá paz ao nosso sono?"


Cáh Morandi

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Liberdade

Há várias formas de comemorar a liberdade e honrar os capitães de abril. O facto de podermos escolher o rumo da nossa vida, mesmo sabendo que as consequências podem não ser fáceis, é uma dessas formas.

O dia da liberdade foi passado com quem mais amo e com quem mais me ama. Com quem nunca desiste de mim, com todas as minhas qualidades e defeitos. Com quem me vê com olhos de ver e para quem a minha companhia e presença têm um real significado e fazem toda a diferença.

25 de abril sempre!
A ideia era tirarmos uma foto fofa e gira, mas não deu. Nunca dá. Ou um faz caretas, ou o outro vira a cara, ou não lhe apetece... isto foi o melhor que se arranjou :)






Fui apanhada a jogar à bola com o meu filho. E o que eu adoro isto! (not!). Mas ser mãe de rapaz tem destas coisas. Não há cá chá com bonecas, fazer penteados e essas coisas engraçadas! :P
Como o Francisco andava há tempos a pedir para passear comigo de comboio, fiz-lhe a vontade. Fomos os três de comboio e eles adoraram o percurso.

terça-feira, 24 de abril de 2018

Pedaços de felicidade

Hoje foi um dia perfeito. Ou, pelo menos, andou lá perto.

Tirei o dia de férias. Não sabia se ia ser possível, mas arrisquei. Precisava de um dia para mim, por vários motivos, e valeu a pena.

Depois de os ir levar à escola de manhã, arrumei umas coisas em casa (há sempre tarefas domésticas para fazer) a depois fui correr junto à praia. Fui recarregar baterias ao som do mar. E soube-me tão bem!

E como o dia estava mesmo a pedi-lo, e porque ir à praia é das melhores terapias que posso fazer, por lá fiquei.

Foi o meu primeiro dia de praia este ano 😊 uma praia com pouca gente, nada de confusões e perfeita para o que eu precisava: descansar e meditar.

A água estava gelada, mas bem... Não se pode ter tudo.

Ainda almocei no bar da praia e depois de mais uns momentos comigo mesma, e mal as aulas acabaram,  fui buscar os meus pequeninos para poderem também viver o seu primeiro dia de praia de 2018.

Ficaram doidos! Neste ponto saem à mãe. Adoram praia ☺

O dia passou rápido, mas foi regenerador. Um bálsamo para a minha alma.




Estava prestes a vir-me embora quando "tropecei" nesta pedra e na concha do lado.
Vou encarar isto como um sinal :)

É bom para quem?

Para a semana o Gonçalo, que está no segundo ano-  repito, segundo ano - vai começar as provas de aferição. Não são testes. São provas de aferição. Um nome que coloca logo em cima uma carga que, quanto a mim, é totalmente desnecessária. E como se esta carga não bastasse, há todo um ritual que tem tudo para deixar os miúdos ainda mais nervosos.

A prova de música, por exemplo, e pelo que me foi explicado pela professora, consiste em apresentar aos miúdos, na altura da prova, uma música, dar-lhes a ler a respetiva letra e depois eles têm que a cantar para uma plateia de conhecidos e desconhecidos (se por acaso já conheciam a música, boa, se não, paciência!).

Depois, e no caso do meu filho, há provas que são feitas numa outra escola e não na dele.

A sério que não consigo perceber o que é que isto traz de positivo.

Sim, eu sei que vivemos numa sociedade cada vez mais competitiva. Mas isso é bom? É bom alimentarmos isso? É bom que miúdos de 7/ 8 anos tenham que ter este tipo de pressão? Não deviam estar mais ocupados a brincar?

Por acaso o Gonçalo não costuma ficar nervoso com os testes. Acho que por uma questão de feitio e também porque eu própria desvalorizo. Ele tem sido um ótimo aluno até ao momento, apesar de ser aluado no dia-a-dia, e não quero que ele se stresse já com este tipo de coisas. Mas, mesmo assim, percebo que ele está um bocadinho ansioso com estas provas. Agora imagino aquelas crianças que já ficam nervosas nos "testes normais".

Muitos professores defendem que estas provas são, acima de tudo, para os avaliar a eles e não às crianças.

Pode ser. Mas para os avaliarem a eles, colocam os nossos miúdos sob pressão, para que os próprios professores consigam atingir as metas a que os obrigam.

Daí a minha pergunta: isto é bom para quem?

Se já evoluímos imenso em muitas áreas, a educação é daquelas que me parece estar a anos-luz daquilo que seria desejável. E é nestas alturas que me questiono porquê que somos tão renitentes em olhar para o sucesso que fazem modelos educativos postos em prática nos países nórdicos, por exemplo.

Não percebo. Por mais que tente, a sério que não percebo.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Se este não existisse...

O Gonçalo é completamente aluado. Do género de eu o mandar ir lavar os dentes, ele ir (à quinquagésima vez, atenção!) e depois de entrar na casa de banho é capaz de se distrair com qualquer coisa que vê na bancada do lavatório e esquece-se completamente do que ia fazer.

Ontem ao jantar estava a contar-me como tinha corrido a escola. A dada altura conta-me um episódio que me fez rir imenso. Creio que contagiados por mim, ele e o irmão começaram a rir-se também, com gosto e que nem uns perdidos, e quando já estávamos todos mais calmos ele perguntou-me:

"Mãe, o que é que te contei agora mesmo e que nos fez rir tanto. Já não me lembro!"

Fazer o tempo voar

Adoro quando estou com alguém e sinto o tempo voar. Sei que pode parecer masoquista da minha parte mas, se analisarmos bem, se sentirmos isto é sinal de que foi agradável.

É tão bom "jogar conversa fora". Falar de tudo e de nada, sem reservas. É bom quando a conversa flui e as pequenas coisas são partilhadas... e se tornam grandes. 

Não são muitas as pessoas que me suscitam este estado de espírito (na verdade, são muito poucas) e, talvez por isso, sempre que acontece um momento assim sabe ainda melhor.

Convenhamos... um serão assim consegue ser regenerador.

Venham mais destes! 😊

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Paz


Uma das coisas que mais me "assustava" no facto de passarmos a ser três, era como é que eu ia fazer aos fins-de-semana? Como é que íamos poder fazer programas giros, estando eu sozinha a tomar conta deles (visto que ainda são os dois crianças e requerem uma atenção gigante)?

Durante a semana a logística já está alinhavada. Faz-se quase tudo em modo automático, com tudo de mau que isto tem, mas faz-se. É certo que por estar alinhavada não quer dizer que seja fácil, porque está a anos-luz de o ser, mas é diferente. Há rotinas e isso ajuda. A eles e a nós.

No fim-de-semana as coisas mudam de figura. Quero passar tempo de qualidade com eles. Quero proporcionar-lhes momentos giros. Daqueles que eles um dia vão recordar com saudades.

Mas fazer programas sozinha com duas crianças não é tão linear como possa parecer. Primeiro de tudo, tenho que pensar se é viável em termos de segurança. Por exemplo, evito parques ou espaços muito grandes, porque às tantas um vai para um lado e outro vai para outro e eu não tenho como ver os dois. Depois, e no meu caso, e porque apesar de terem apenas 4 anos de diferença, nesta fase, isso pesa, tenho que pensar em programas que sejam giros para os dois Por fim, tenho que partir do princípio que não vai ser fácil e, por isso, tento munir-me de doses extra de paciência.

Este fim-de-semana fomos ver a exposição do Escher, que está no Museu de Arte Popular, em Lisboa.

Não é barato, por mim e pelo Gonçalo paguei 15 euros (até aos 5 anos as crianças não pagam), mas achei que valeu a pena. A exposição está muito gira e tem muitas áreas interativas.

O Gonçalo adorou. Ficámos lá mais de duas horas, e teríamos ficado mais tempo se o Francisco não tivesse começado a ficar birrento e a querer vir-se embora (lá está, acontecem estas coisas). Pelo Gonçalo tínhamos ficado lá mais uma hora, para ele poder apreciar as obras com toda a atenção do mundo e ouvir as explicações dadas pelo áudio-guia.

Se foi pacífico? Não. Mas faz parte. O que interessa é que à medida que o tempo vai passando tenho chegado a uma conclusão. É que eu consigo! Tinha medo de não conseguir, mas consigo. Pode não ser fácil, e não é, mas a dinâmica a três está cada vez mais fluída e constatar isso dá-me uma sensação de paz e conforto que não sei explicar.

É como se costuma dizer: o tempo resolve tudo!

terça-feira, 17 de abril de 2018

O efeito do beijo

O Gonçalo anda intrigado com os efeitos especiais. Perguntou-me o que eram, como se faziam...

Lá tentei responder a tudo o que ele me foi perguntando, da forma mais simples que consegui. Obviamente, falei de filmes e dei alguns exemplos.

Fiquei na dúvida se tinha sido bem sucedida nas minhas explicações quando ele me perguntou:

"E os beijos, mãe? Os beijos na boca que os senhores dão nos filmes também são efeitos especiais?!"

(so sweet! :) )

domingo, 15 de abril de 2018

Ele não deixa de ter razão

Nos últimos dias constatei que o Francisco dá uma interpretação muito própria à frase "Tenho saudades tuas."

Para ele, a frase não pressupõe a ausência da pessoa, porque é sinónimo de "gosto muito de ti."

Apercebi-me disso porque esta semana, e talvez porque na semana anterior esteve quase 5 dias sem me ver, quase todos os dias, do nada, me abraçava enquanto me dizia, com aquela voz doce de bebé: "tenho muitas saudades tuas."

Escusado será dizer que me derretia toda!

De certo modo, ele não deixa de ter razão. Só sente saudade, só se sente a falta de alguém, quando se gosta muito, certo? ;)

Ou seja, este meu filho é um filósofo :)

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