terça-feira, 29 de maio de 2018
Arte com amor
O Gonçalo adora pintar com aguarelas (coisa que já partilhei aqui no blog). Ele diz que um dia vai expôr as pinturas dele numa galeria e vendê-las por muito dinheiro :)
Há tempos a minha mãe pediu-lhe uma das suas "obras" e ele lá lhe deu (até fiquei admirada como é que não lhe cobrou por ela). Este fim-de-semana, quando fomos a casa dos meus pais, lá estava ela, em destaque, pendurada na parede da sala!
Adorei e ele também. E é, sem sombra de dúvida, uma ideia bem gira :)
terça-feira, 22 de maio de 2018
segunda-feira, 21 de maio de 2018
Está decidido: também quero um príncipe!
Uma pessoa cresce romântica. Incuravelmente romântica.
A vida mostra-lhe, por A + B, que os contos de fadas são uma tanga criados pela Disney.
Uma pessoa tenta, então, formatar o cérebro e o coração, sobretudo na parte dos príncipes encantados, contos de fadas e na punch line "viveram felizes para sempre".
Uma pessoa tem dificuldade em assimilar isto tudo, até porque vai totalmente contra o mundo cor-de-rosa em que quis acreditar o tempo todo, mas aos poucos lá vai conseguindo. A custo, mas lá vai conseguindo.
Mas depois é isto... aparecem Harrys, que por acaso são principes, a dizer estas coisas e a portarem-se assim: como príncipes!
Assim não dá!!!
São mesmo as pequenas coisas que mais contam e que mais ficam na memória e no coração
"Isto é um coração gigante, que diz que a forma que eu gosto de ti é mais forte do que a força do Big Bang."
A mensagem é do Gonçalo e é dirigida a mim.
A letra pode não ser bonita e a frase pode não estar 100% correta gramaticalmente, mas, perante uma mensagem destas, só interessa mesmo o conteúdo e a intensidade com que ele chegou ao meu coração.
Para perceberem um pouco melhor, posso dizer-vos que esta frase tem um significado ainda maior do que aquele que possa parecer evidente.
Tinha o Gonçalo meses, dias talvez, quando lhe disse pela primeira vez que o amor que eu sentia por ele era mais forte do que a força do "Big Bang".
Depois de tanto repetir esta frase, lembro-me dele, talvez com os seus 4 anos, talvez menos (não sei precisar) me ter perguntado o que é que ela significava e de eu lhe ter explicado.
Ainda hoje, volta que não volta, lhe digo esta frase, mas com o tempo fiquei com a sensação que ele não ligava. Que me ouvia, mas lhe passava ao lado o seu real significado.
Este "recado" veio mostrar-me que estava enganada. Ele não só presta atenção, como tem bem consciência do seu significado. Mais. Veio mostrar-me, mais uma vez, que são de facto as pequenas coisas, mas cheias de simbolismo e signicado emocional, que prevalecem na memória e no coração.
Quem sabe se um dia ele não dirá aos filhos dele: "como diria a tua avó, o meu amor por vocês é mais forte do que a força do Big Bang!"
<3
quarta-feira, 16 de maio de 2018
Novelas no comboio
No comboio ouvem-se conversas muito interessantes.
Sim, algumas são só parvas e chegam a incomodar, sobretudo porque há
muitas pessoas que parece que se esquecem que estão rodeadas de desconhecidos, mas
tenho vindo a descobrir que a “sabedoria popular” não é um mito.
Hoje, estavam duas adolescentes, dos seus 20 e poucos anos, a falar
sobre as suas vidas amorosas (algo nada privado, portanto!).
Uma delas, que me pareceu ser a mais despachada, estava a desabafar com
a amiga a pouca atenção que aquele que creio que seria o namorado dela lhe
dava. A dada altura disse:
“O problema do “não-sei-quantos” (não me lembro do nome do moço) é que
ele me dá como certa e depois não me trata como eu merecia ser tratada. É capaz de tratar
melhor uma pessoa qualquer, do que a mim, que sou tão querida para ele. A minha mãe é que tem razão. Ela está
sempre a dizer-me que se uma pessoa nos diz que somos importantes para ela, mas depois nos dá constantemente sinais de que não
somos, ou se não dá valor à nossa companhia, a dada altura o problema não é dessa pessoa, é nosso, por permitirmos e mantermos essa situação. E faz sentido. Eu é que sou parva!”
Não estou 100% certa das palavras terem sido estas, mas o conteúdo era isto. E eu
achei muito interessante e tenciono registar este (sábio) ensinamento da mãe da rapariga.
A conversa continuou, até porque a outra amiga também tinha problemas
amorosos (mais venezuelanos, até), mas deste enredo não tirei lições dignas de registo.
E foi a minha novela matinal. Sendo que não vou saber como vai acabar!
segunda-feira, 14 de maio de 2018
...
As mães têm direito a cansar-se, não têm?
Na última semana tenho repetido para mim mesma, vezes sem conta, que as mães também se cansam e também se esgotam. Repito-o para diminuir a culpa que sinto pela falta de paciência que tenho tido... Mas a culpa mantém-se.
É um ciclo vicioso. Eles andam os dois mais difíceis, porque estão constantemente a embirrar um com o outro e não fazem nada do que lhes digo, e eu, como ando com menos paciência, também não os consigo acalmar nem "dar-lhes a volta" serenamente.
Na última semana foi um tormento. Senti-me várias vezes no meu limite e senti muitas vezes que não ia aguentar nem mais um dia sem me dar uma coisinha. É que isto de estar sozinha com eles até se vai fazendo (vamo-nos acostumando), mas o facto de no dia-a-dia, na rotina, não termos "pausas" ou "folgas" para nada, acaba por se fazer sentir e acaba por pesar com a soma dos dias ou naquelas fases em que andamos mais stressados com o trabalho ou mais preocupados com outras coisas.
Nestas fases, depois de os chamarmos 10 vezes para lavar os dentes, tomar banho, jantar, fazer os trabalhos de casa, vestirem-se, etc, já não há paciência para adotar a famosa parentalidade positiva. Estar dias e dias seguidos sozinha com eles neste registo, em que nada é fácil e em que tudo só é feito quando eu me passo da cabeça (e tendo como som de fundo duas crianças a discutirem uma com a outra e a choramingarem porque uma quer uma coisa e outra quer outra, e por mais mil motivos diferentes), suga completamente a energia e a força.
Confesso que nestes últimos dias desejei ardentemente ir de férias sozinha, para bem longe.
Eles são o melhor da minha vida e são tudo para mim. A minha vida não fazia qualquer sentido sem eles e nem eu queria viver de outra forma, mas sim, desejei muito umas férias longe deles.... (o que só aumentou o meu sentimento de culpa).
Mas depois penso... eles são crianças. Tudo o que fazem, faz parte.
Só espero que eles compreendam que a mãe também se cansa e que nem sempre consegue levar as coisas para a frente com um sorriso e com a leveza que devia. Não que eles não mereçam que faça um esforço para que assim seja, porque merecem tudo, mas há dias em que o cansaço me ganha.
Hoje sinto-me mais calma e mais paciente. Dormi a noite toda seguida (este facto também pesa e não é pouco - mais do que o número de horas que durmo) e quero acreditar que recarreguei baterias.
Estou desejosa de os ir buscar à escola e de estar com eles. De os abraçar para me redimir da falta de paciência que tenho tido. Para me desculpar pelas vezes que gritei. Pelas vezes que fui a mãe que eu não quero ser. Porque se há coisa que eles merecem, é uma boa mãe. Uma mãe à altura dos filhos maravilhosos que são <3
quarta-feira, 9 de maio de 2018
Vira o disco...
O Francisco ontem lembrou-se de me pedir prendas para o aniversário dele (um pormenor: ele faz anos no final de novembro).
"Mamã, para os meus anos quéio um carro, um boneco da Star Wars, um jogo..."
"Ó filho, isso é muita coisa. Não tenho dinheiro para isso tudo. Fazes assim, pedes uma coisa à mãe, outra aos avós, outra ao pai..." - respondi-lhe.
"Não. Quéio que sejas tu. Mas então pode ser um jogo, um carro e um boeco da Star Wars."
"Mamã, para os meus anos quéio um carro, um boneco da Star Wars, um jogo..."
"Ó filho, isso é muita coisa. Não tenho dinheiro para isso tudo. Fazes assim, pedes uma coisa à mãe, outra aos avós, outra ao pai..." - respondi-lhe.
"Não. Quéio que sejas tu. Mas então pode ser um jogo, um carro e um boeco da Star Wars."
segunda-feira, 7 de maio de 2018
A carta (de amor) que me fez chorar
"Isto é um texto único e especial, para uma pessoa única e espcial: a minha mãe. A melhor mãe do mundo. Dá-me beijos e abraços, tem cabelo louro, pele branca, olhos verdes e ela é tudo para mim.
As mães são pessoas especiais que só querem saber da nossa saúde.
A minha mãe tem um dom. Ser super especial."
O Gonçalo escreveu-me este texto para o Dia da Mãe e, eu sei que sou suspeita, mas é a coisa mais deliciosa do mundo.
Fiquei super comovida quando o li e naquele momento acreditei que por mais dúvidas que tenha em relação ao meu desempenho enquanto mãe, alguma coisa bem feita devo estar a fazer para merecer estas palavras :)
<3
quarta-feira, 2 de maio de 2018
O melhor dos "dates"!
Há que tempos que o Gonçalo me andava a pedir para passarmos um tempo só os dois. Não é fácil consegui-lo, mas ontem foi o dia. Deixei o Francisco nos meus pais e lá fomos nós ter um "date" :)
Almoçámos, num restaurante escolhido por ele (o que vale é que ainda é de gostos simples :)), fomos ao parque, demos um passeio e terminámos com uma sessão de cinema!
Não é só a ele que faz falta estar só comigo. Para mim também sabe muito bem estar um pouco a sós com um e com outro (ainda que tenha que confessar que quando estou com um deles, há uma parte de mim que fica com um certo sentimento de culpa por não estar com o outro). Mas é bom. Muito bom.
Seja como for, não há "dates" melhores que estes, em que estamos um para o outro a 100%!
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