O pedaço que faltava à minha vida

Se o Gonçalo veio dar um sentido à minha vida que eu nem sabia que existia - um sentido maior - e me deu a conhecer um nível de amor que não cabe em mim e me enche de uma felicidade suprema, o Francisco trouxe-me aquela sensação de que "agora sim, sinto-me completa."

Era como se faltasse ele para que as peças do puzzle fizessem real sentido. Como se desde sempre a minha vida, o meu coração, estivessem à espera dele.

Ele e o mano, juntos, são a minha vida. Literalmente.

Neste post a dedicatória de amor era para o mais crescido, este é para o mais pequeno <3

A lata deste miúdo

Chegámos a casa ao final da tarde, eu, o Gonçalo e o Francisco, e pergunta o Gonçalo:

"O pai ainda não chegou?"

"Não."

"Ainda bem." - responde-me.

"Ora essa. Porquê?"

"Poque senão começava logo a dizêi: "onde tá o meu beijinho?" e lá-lá..." (agora está com esta do lá-lá) - e riu-se, com um ar safado.

E para que servem os pais, senão para descobrir coisas?

"Mamã, diz ao papá pâia ele pócuiái (procurar) um jogo em que se tem de fazêi assim com o dedo" -  dizia-me o Gonçalo à medida que fazia gestos - "e depois assim e depois vem uma bola..."

E ainda me deu mais umas quantas explicações, que ainda demoraram.

"Gonçalo, é mais fácil perguntares ao teu amigo o nome do jogo." - disse-lhe, calculando que ele tinha visto um amigo jogar o jogo que ele estava a descrever.

"Mas eu não vi nenhum amigo a jogái o jogo."

"Então onde é que o viste?"

(pausa)

"Eu não vi. Não sei se existe (...) mas pede ao papá pâia pócuiái, tá bem?"

Assim é difícil!

Gonçalo para mim e para o pai:

"Vamos jogái a um jogo. Eu digo um bocado de uma coisa e vocês têm de adivinhar o resto."

"Ok, vamos lá." - disse o pai.

"Uiiii..." - começou ele.

"Ui??? De repente não estou a ver." - respondi.

O pai também tentou, mas nada. Ao que ele responde, num tom meio frustrado:

"UISO (urso)!!!!!"

É o amor!

O Gonçalo estava a ver televisão.

O Francisco estava numa de se meter com ele.

O Gonçalo estava a tentar ignorar., para não se chatear.

O Francisco resolveu pôr-se ao colo dele (apesar de ter muito espaço para se sentar ao lado).

O Gonçalo suspirou fundo, inclinou-se e começou a ver televisão assim. Sem se queixar.

E assim ficaram os dois a ver televisão <3

(Ainda) o batizado do Francisco

Daqui a um bocado já passou quase um mês e eu nunca mais partilho convosco mais algumas fotos do batizado do baby.

Pois bem, ainda não vai ser hoje, mas pelo menos já vos posso dar mais um cheirinho de como foi aquele dia especial :) (relembro-vos que ele ficou doente nesse dia, daí não estar tão sorridente como lhe é habitual!)

Adoro...

... esta sequência de fotos. Diz tanto sobre o amor que tenho por este miúdo!

É uma coisa intensa e avassaladora que está entranhada desde que soube que o tinha dentro de mim e que sinto em cada um dos meus poros. É um amor tão grande que não dá para o sentir só com o coração <3

É tão despachado, o meu rapaz!

Como já vos contei, ontem inaugurámos a época balnear.

Foi um dia planeado e, no sábado, desabafei com o Gonçalo que tinha de lavar os fatos de banho, porque estavam guardados há muito tempo.

"Mas puque é que os vais lavái? Vamos ao mái (mar) e ponto! O mái lava!"

É o que dá não colocar bem as questões!

Estava a brincar com o Gonçalo. A brincadeira envolvia uma aventura e ele estava a explicar-me o enredo (ele faz sempre isto. Contextualiza tudo. Às vezes de tal maneira, que me cansa antes mesmo de começarmos a brincar :P )

"E agóia o carro tem de pâiái (parar) antes da foiesta (floresta) e temos de o destuir todo!"

"Que horror! Mas porque é que que o temos de destruir antes da chegarmos à floresta?" - perguntei.

"Tá bem." - respondeu prontamente - "detruímos o carro logo no início da aventúia!"

É muito fino, este!

Há dias o Francisco quis laranja. Começou a apontar freneticamente para as laranjas e só descansou quando o pai se levantou para a descascar. O Marco ainda as cortou em pedaços pequenos, com a ajuda da faca, e pô-los numa tacinha à frente dele.

Para nossa surpresa, em vez de ficar contente começou a ficar cada vez mais irritado e a choramingar. Até que percebemos qual o problema: ele queria a colher. É que o rapaz não come nada sem colher. É muito fino :)

Havia de ser com o irmão :P

A loucura do futebol chegou aqui a casa... ou então não!

Ontem TENTÁMOS, é bom enfatizar a palavra, ver o jogo de Portugal.

Não conseguimos, mas isso é um à parte. 

Quando a Islândia marcou golo, a única pessoa que estava a ver o jogo era o Gonçalo. Pelo menos estava sentado no sofá a olhar para a televisão.

Quando ouviu o burburinho o Marco perguntou lá de dentro:

"Gonçalo, a outra equipa marcou golo?"

"Não sei!" - gritou ele.

"Como não sabes? Não estás a ver o jogo?" - perguntou, enquanto se dirigiu à sala. - "Então não vês que os outros marcaram golo?!" - disse-lhe.

"Nãoooo! Então... ali em cima ainda está um 1 e um zero!"


(estou para aqui com coisas e às tantas ele até percebe e estava só em denial!)

Ai os nervos!!!

O Gonçalo e o irmão têm uma adoração mútua (mais até o Gonçalo, que é mais velho e tem outro entendimento). No entanto, apesar deste amor inegável, já começam a acontecer aquelas guerrilhas de um querer o que o outro tem (mesmo que no segundo anterior não tenha ligado nenhuma àquilo) e, pior, estão os dois numa fase em que se provocam.

Sim, é verdade. E o pequenino é terrível, não pensem! Desliga a televisão ao mano, vai-se pôr sempre em cima dele, e o Gonçalo também não é melhor.

Ontem, o Gonçalo estava no tablet (um privilégio que não tem amiúde e que, por isso, tenta aproveitar ao máximo), e o Francisco foi para ao pé dele chateá-lo.

O Gonçalo, que não tem paciência para nada mas até tem uma grande paciência para o irmão, às tantas não aguentou e gritou:

"FANCISCO, ESTÁS A ENEVÁ-ME NOS NÊVOS!!!!!!!"

I´m in love!

Estou apaixonada por esta foto <3

Os pés dos bebés são das coisas mais fofas que há, não é? ;)

Não o podem acusar de não ser prático

Estávamos a fazer um piquenique e o Gonçalo já estava a comer uma sandes quando começou a querer "atacar" outra coisa ao mesmo tempo.

"Calma Gonçalo, já estás com uma coisa na mão." - disse-lhe.

Ele tira a outra coisa e responde-me, sem uma ponta de ironia ou provocação na voz:

"Agóia tenho duas!"

O meu menino está a crescer

Quando são crianças, mesmo crianças, elas não têm pudores, preconceitos e outras coisas que tais. Estas são coisas que acabamos por adquirir por influência familiar ou então por influência da sociedade. E também, convenhamos, há coisas que surgem porque vivemos de acordo com determinadas regras, o que é bom, se não seria o caos.

Ontem, estávamos todos a almoçar num restaurante, quando o Gonçalo disse que queria ir à casa de banho. Eu levantei-me e comecei a dirigir-me, com ele, para a casa de banho das senhoras, quando ele me diz muito senhor de si:

"Ó mamã, eu não quéio iê à casa de banho das meninas. Já não tou pa isso!"

Viagem no tempo

Ultimamente não tenho tido muita sorte no que a tecnologias diz respeito. Mais concretamente quando falamos em telemóveis. 

Tive um Asus espetacular que, coitado, caiu na sanita e morreu. Enquanto não comprava outro voltei ao meu rudimentar Nokia e, recentemente, decidi-me a comprar um telemóvel novo... que, cá para nós, não me está a encher as medidas.

Mas adiante. 

Nestas trocas e baldrocas, ontem encontrei fotos no telemóvel (calculo que vindas do Google), que eu nem me lembrava mais que existiam. 

Eram fotos do Gonçalo bebé - em algumas ele tem apenas dias - e provocaram-me uma saudade tão boa. Um saudosismo tão profundo... 

É muito gratificante e motivo de grande alegria ver os nossos filhos crescerem, mas ao ver estas fotos fiquei com tantas saudades do meu bebé (que já está tão crescido!). Lembrei-me de quando ele me cabia todo nos braços, de quando o adormecia à noite ao som do brinquedo de música, de quando dançava com ele na sala enquanto víamos o babyTV ou o canal Panda, do gargalhar dele...

Ainda bem que existem fotos. Permitem-nos viajar no tempo e dar às nossas memórias, àquelas que guardamos com tanto amor, mais colorido.

Ainda que com pouca qualidade, aqui ficam algumas fotos que encontrei <3

Quando se é criança pode-se ser sincero sempre!

Como já disse aqui, apesar de ter batizado o Gonçalo quando ele era muito pequenino, ele ainda não se iniciou na Igreja (por assim dizer). A ver se no próximo ano letivo, e como faz os 6 anos, começa a ir à catequese ou aos escuteiros da Igreja (ainda não sabemos qual das duas hipóteses vamos escolher).

No sábado, depois do batizado, quando já estávamos no restaurante, ouvi a seguinte conversa entre o Gonçalo e o amigo André:

"Lá na Igueija foi uma seca!" - disse o Gonçalo. Ao que o amigo respondeu:

"Pois foi. Quando o padre começou a falar pensei que ele ia contar uma história, mas não contou nada. Foi mesmo uma seca!"

(acho que não começamos bem!)

Para que conste...

... aquela mancha ali no meio, com muito amarelo, sou eu :)

(uma obra da autoria do meu "Picasso" Gonçalo :P)

Não se aguenta!

O Francisco agora, de vez em quando, e do nada, dá-me festinhas.

Olha para mim com aqueles olhos grandes e lindos e depois dá-me uma festinha com ambas as mãos, uma de cada lado do meu rosto. Fá-lo com aquelas mãos pequenas e fofas e depois sorri.

Um dia ele vai saber que por cada festinha que me dá, oferece-me anos de vida :)

O meu endiabrado mais fofo do mundo

Não me canso de dizer isto: o Gonçalo é super traquina, tem um feitio complicado e muitas vezes é difícil lidar com ele, mas é de uma doçura sem igual. 

É tão amoroso, tão meigo, tão puro, que não são raras as vezes que me deixa sem palavras e à beira das lágrimas, tal é a comoção.

Por mais que uma vez esta semana que me abraça, com força, e me diz que gosta muito de mim. E depois dá-me beijos e mais beijos.

O meu teimoso, que diz não a tudo (muitas vezes antes mesmo de eu acabar de lhe dizer as coisas) é, na verdade, um verdadeiro docinho <3