quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Estou de volta (meio a medo) ou "a segunda vida do blog"


Já não escrevo no blog há cerca de dois anos e meio e este post é escrito num misto de vergonha e contentamento. Vergonha porque tenho consciência que quem me seguia merecia ter tido da minha parte uma palavra, uma justificação para a minha ausência, e contentamento porque há muito tempo que queria voltar e hoje, finalmente, senti coragem para o fazer.
Demorei mais tempo por vergonha, confesso. Escrevi, na minha cabeça, vários "posts de regresso", mas acabava por desistir. Nada me parecia bem, e por um motivo simples: nenhum desses "posts imaginados" era totalmente transparente e sem filtros, como me habituei a escrever aqui. Porque não podiam ser. Isso implicaria entrar demasiado na minha vida pessoal e expunha os meus filhos de uma forma que eu não queria/ quero fazer. Porque uma coisa é partilhar as aventuras e desventuras da maternidade ou as peripécias que os envolvem, outra é ser inconfidente relativamente a situações que de algum modo lhes dizem respeito ou que envolvem também outras pessoas.

Resumindo, o tempo foi passando e eu fui ficando cada vez mais esmorecida e com pouca coragem de voltar. E se houve uma fase em que não tinha vontade nenhuma de escrever e em que a pouca energia que sentia precisava de a canalizar para os meus filhos, a dada altura comecei a ter muita vontade de regressar e de abrir as portas deste meu cantinho.

Ainda estou a medo e com pezinhos de lã, admito, mas decidi que estava na altura de voltar. 

Já tinha tentado antes, mas aprendi que as coisas têm os seus timings. Defendo que podemos e devemos tentar, mas forçar é um erro. Desta vez, não se trata apenas de querer voltar. Sinto-me preparada para o fazer. 

Já não sei como se escreve. Como desenhar com letras o que me vai na alma, mas hei de reaprender. Por outro lado, é provável que o blog não seja igual ao que era. Nestes cerca de dois anos eu mudei e, por isso, o conteúdo poderá não seguir exatamente os mesmos moldes. 

Não sei o que se seguirá (não na vida, porque isso ninguém sabe, mas aqui). Vou seguir o princípio de "go with the flow" e logo se vê. 

Espero que quem me acompanhava compreenda a minha ausência e que me desculpe (precisava mesmo deste tempo!).

E agora vamos lá àquela que espero que seja a "segunda vida" do blog!

domingo, 3 de maio de 2020

Feliz Dia da Mãe

Foto Pinterest
Este post é uma singela homenagem a todas as mães (à minha em particular). É uma homenagem às mães que cuidaram dos filhos desde o primeiro dia em que souberam que o traziam consigo. É uma homenagem às mães que aconchegam os lençóis dos filhos à noite, que cuidam dos filhos quando eles estão doentes, que perdem noites de sono por eles, que dizem "não" em prol da felicidade dos filhos, mesmo quando a resposta mais fácil seria dizer "sim", que ficam a transbordar de felicidade quando veem os filhos felizes, que deixam os filhos voar mesmo quando os querem ter "debaixo da sua asa"...

É uma homenagem às mães que amam os filhos incondicionalmente e que fazem o melhor que podem e sabem, mesmo que isso implique errar muitas vezes!

Não sei se devo ficar preocupada ou contente

Na quarta-feira disse aos meus filhos que no domingo se comemorava o Dia da Mãe.

"Quero dar-te um presente!" - disse-me logo o Gonçalo.

"Vais comprar uma garrafa de vinho à mãe?!" - perguntou logo o Francisco.

(não sei o que pensar disto!)


terça-feira, 28 de abril de 2020

Brunch mais caseiro é impossível!

O Gonçalo andava há semanas a dizer que queria tomar um brunch que tivesse panquecas, ovos, bacon... enfim, tudo e mais alguma coisa! Mas como este desejo lhe deu exatamente nesta fase em que estamos confinados às nossas casas e está tudo fechado, e porque também não me apetecia pagar um dinheirão a encomendar um brunch, resolvi pôr as mãos na massa e preparar-lhes uma surpresa.

Fiz bolo, panquecas, ovos mexidos, bacon, havia sumo, leite, pão, doce, nutella, fruta... A ideia era eles fazerem de conta que estavam num hotel (porque o Gonçalo é muito fino e queria um brunch de hotel lol) e levavam para a mesa o que lhes apetecia. Por isso, pus a mesa normalmente e na bancada dispus o "menu".

Eles adoraram :)

É tão fácil fazê-los felizes 😍




sábado, 25 de abril de 2020

Sempre!

Foto: Pinterest
Se há feriado que me toca, que mexe com as minhas emoções, é este. E é assim desde que me lembro de mim.

Viva a liberdade! Viva a democracia!

25 de abril sempre!

sexta-feira, 24 de abril de 2020

Em tempos de covid também se inventa


Reguei o salmão com um fio fininho de mel. Se gostarem destas misturas, olhem que fica bom :)

Uma das coisas que tenho feito mais nesta fase de clausura é cozinhar. E já fiz receitas que nunca tinha feito antes, mas que adoro, como pastéis de bacalhau e peixinhos da horta.

Esta semana inventei uma receita que ficou divinal (pelo menos nós aqui em casa adorámos! E olhem que o mais novo não é fácil de agradar!).

Tinha lombos de salmão, mas não me apetecia fazer nenhuma das receitas que conhecia. E olhem que já cozinhei este peixe de 1001 maneiras diferentes (tipo o bacalhau). Por isso, espreitei o que tinha em casa e resolvi inventar. Juntei o salmão a massa folhada e a queijo feta e ficou espetacular! E o melhor é que foi super rápido e fácil.

Caso queiram experimentar, aqui vai a receita:

- lombos de salmão (os meus eram muito altos e, por isso, cortei-os na horizontal, em todo o comprimento)
- massa folhada
- queijo feta
- 1 ovo

Abri a massa folhada e, no meio, dispus os lombos de salmão. Por cima do salmão esfarelei o queijo feta (esfarelei em bocados grandes e numa quantidade generosa). Fechei a massa folhada e pincelei por cima com a gema batida. Foi ao forno cerca de 20 minutos e voilá!

Ficou ótimo 😊

A minha ideia inicial era fazer em trouxinhas, mas como a massa folhada que tinha era retangular acabei por optar pelo formato torta.

Para a próxima tempero antes o salmão com limão e sal e deixo a marinar meia hora, mas desta vez não tive vontade nem paciência para esperar.

O que vos parece?

Se experimentarem, depois digam-me se gostaram 😉


quarta-feira, 22 de abril de 2020

A Telescola engorda!


Hoje, numa das aulas da Telescola, ensinaram os alunos a fazer estes bolinhos.

Guloso como é (sai à mãe), o Gonçalo ficou todo entusiasmado e perguntou logo quando ´que podia fazer a receita. Disse-lhe que podia fazê-la sozinho na hora de almoço e ele delirou! Primeiro, porque ia fazer a receita, segundo, porque lhe disse que a podia fazer sozinho, sem a minha ajuda.

E assim foi!

Já agora, um parêntesis para dizer que, apesar do título provocatório, estou a brincar. Devo dizer que tenho um respeito e admiração enorme - gigante mesmo - pelos professores que estão a dar a cara por este projeto e por todos os profissionais que, em tão pouco tempo, o puseram de pé. Tenho assistido às aulas do Gonçalo e não posso senão tecer elogios!

Voltando à receita, e se ficaram com vontade de experimentar, aqui vai ela:

- 200g de bolacha Maria (bem triturada)
- 200g de chocolate em pó (não tinha suficiente e por isso isso usámos metade de chocolate em pó e metade de cacau em pó - como adoro chocolate preto, ficou ótimo)
- 100g de açúcar
- 50g de manteiga amolecida
- 2 ovos
- missangas coloridas / missangas de chocolate / açúcar branco

Misturam-se os ingredientes secos (a bolacha, o chocolate e o açúcar). De seguida, acrescenta-se a manteiga e os ovos. Mistura-se bem até estar tudo bem ligado. Depois, com as mãos, molda-se a massa em pequenas bolinhas e passam-se pelas missangas coloridas / missangas de chocolate ou açúcar branco. Colocam-se as bolinhas em forminhas de papel e leva-se ao frigorífico por 30 minutos.

As nossas ficaram ótimas!

O Gonçalo está aprovado como chef ;)



terça-feira, 21 de abril de 2020

Balanço do isolamento


Estas fotos são o resumo (mesmo muito resumido) do que tem sido este período de isolamento social. É que apesar de estarmos fechados, nunca como agora estive tão ocupada!

Fora os passeios higiênicos à volta do quarteirão e as idas ao supermercado, temos seguido à risca o recomendado pela DGS, mas não é por estarmos em casa que não temos com que nos entreter. Temos feito bolos, como a grande maioria dos portugueses, experiências da Science4You que tínhamos para aqui há imenso tempo, já jogámos uns 30 mil jogos de tabuleiro, brincamos às escondidas, jogamos às cartas... enfim, temos aproveitado o tempo o melhor que conseguimos, tendo em conta que eu estou em teletrabalho e que eles os dois têm atividades da escola para fazer e aulas online. E desde ontem, também a Telescola :)

Dito assim parece que tem sido pacífico, mas convenhamos! Só alguém muito ingénuo é que pensaria tal coisa!

Eles discutem imensas vezes (ainda há bocado parecia que se iam matar!), berram e batem-se como dois trogloditas, e eu às vezes passo-me e grito que nem uma histérica (tem dias em que sinto que me zanguei o tempo todo) e já houve outros dias em que me senti completamente derreada, como se tivesse sido atropelada.

O que sinto mais falta é da interação com pessoas adultas. Estando eu sozinha com eles, não lido com nenhum adulto. Falo com vários por telefone, sim, mas não é a mesma coisa. No entanto, tenho de confessar que há uma grande parte de mim que está a gostar de estar em casa com eles (esquecendo as circunstâncias, claro está). Cansa muito, é verdade, é dificílimo conciliar o trabalho, a escola deles e as tarefas domésticas, mas o facto de estar com eles mais tempo, poder lanchar com eles, almoçar com eles (sempre que está bom tempo almoçamos na varanda!), é um verdadeiro luxo! (e compreendam-me, digo isto pondo de parte o motivo que nos obriga a estar em casa, que é naturalmente dramático)

Em breve há-de voltar tudo à normalidade possível, se Deus quiser, e espero que isso aconteça o quanto antes (será muito bom sinal), mas tenho a certeza que vou ter saudades destes dias em que pude estar 24 sob 24 horas com os meus mais que tudo <3

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Coisas boas da quartenta


Os meus fofinhos a posarem para a foto <3

Apesar do post anterior, a quarentena também tem as suas coisas boas. Como esta! :) Poder fazer uns scones a meio da tarde e poder saboreá-los, acabadinhos de fazer, com os meus fofinhos.

A confeção de uma receita fazia parte de uma atividade escolar e soube tããão bem!

Teletrabalho e Tele-escola... e unicórnios!

E agora, segue um  beve resumo daquilo que têm sido os meus dias, enquanto TENTO trabalhar.


Francisco: O que é que diz este exercício, mãe?

Gonçalo: Mãe, não entendo o que é que pedem para fazer aqui.

F: Olha mãe! Fiz bem, não fiz?

G: Mããããããee! Isto não está a daaaaaar!!!!

F: E agora mãe, o que é que diz este?

G: Já fiz este trabalho. O que é que faço a seguir?

F: Consigo pintar muito bem, não consigo mãe?

G: Mããããããe, a Internet parou!!!

F: Achas que desenhei bem esta cara, mãe?

G: Podes vir corrigir o que fiz?

F: Podes ajudar-me a fazer isto?

G: Como é que se escreve (uma palavra qualquer)?

F. E este mãe? O que é que diz este?

G: Tenho uma dúvida! Podes vir ajudar-me?

(...)

E é isto o DIA TODO! Chego a demorar meia hora para conseguir ler dois parágrafos. DOIS PARÁGRAFOS! E não, não estou a exagerar. Estruturar um mail então, é uma odisseia! É que entre estas interrupções constantes, está o acompanhamento de atividades do Francisco, leitura de ditados ao Gonçalo, chamadas no Zoom, Teams e mais o caraças, gravações de vídeo de exercícios orais para enviar à professora...

Mas uma coisa é certa. Se sair desta quarentena sã, tudo o que vier a seguir será feito com uma perna às costas! :D

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