Encontrei esta ilustração na internet (muito útil para mim) e achei que poderia ser útil também para algumas leitoras desse lado.
Cá vai ela!
Mostrar mensagens com a etiqueta Consultório de Pediatria. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Consultório de Pediatria. Mostrar todas as mensagens
domingo, 4 de janeiro de 2015
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Os medos (das crianças)
(texto escrito pela pediatra Ariane Brand, da clínica Familiaritas)
Foto encontrada no Pintrest |
Todas as crianças e todos os adultos sofrem de medos.
Do ponto de vista evolutivo, o medo é uma estratégia essencial para a sobrevivência da espécie. O medo é provocado por algo ou uma situação que é conscientemente reconhecida como sendo perigosa, independentemente de ser real ou estar no patamar do imaginário.
Do ponto de vista evolutivo, o medo é uma estratégia essencial para a sobrevivência da espécie. O medo é provocado por algo ou uma situação que é conscientemente reconhecida como sendo perigosa, independentemente de ser real ou estar no patamar do imaginário.
Quando o medo é constante, compulsivo e interfere com a vida normal da criança, podemos falar de fobias. Neste caso, trata-se de um medo de tal ordem intenso, que interfere com as suas atividades do dia a dia.
Todas as crianças sofrem de medos em diversas alturas ao longo da sua infância. As raparigas verbalizam mais os medos do que os rapazes, sendo este possivelmente ainda um fenómeno educacional. Existe também uma predisposição genética para o medo.
Os tipos de medos dependem da idade da criança. Alguns medos podem surgir, desaparecer e voltar a reaparecer como, por exemplo, o medo da separação, muito presente nos primeiros dois anos de vida da criança. Curiosamente, aos sete anos de vida as crianças pequenas voltam a temer a separação e surgem outros tipos de medos, como o medo de ruídos altos, quedas, animais e, ao deitar, sentem medo do escuro.
Os medos de monstros e de bruxas costumam estar presentes entre os 3 e os 5 anos, assim como o medo de se perderem ou de perderem um parente amado. Ja as crianças mais velhas temem a rejeição social, guerras, ladrões, situações novas e desconhecidas e, curiosamente, injeções e relações sexuais (por volta dos 14 anos).
Os medos de monstros e de bruxas costumam estar presentes entre os 3 e os 5 anos, assim como o medo de se perderem ou de perderem um parente amado. Ja as crianças mais velhas temem a rejeição social, guerras, ladrões, situações novas e desconhecidas e, curiosamente, injeções e relações sexuais (por volta dos 14 anos).
O meio familiar é essencial. Pais medrosos e super-protectores, tendem a criar crianças medrosas e ansiosas. Pais com fobias podem, embora menos frequentemente, transmitir as suas fobias aos filhos.
Outro fator essencial é o meio ambiente em que se insere a criança. Embora os medos das crianças tendem a seguir um padrão relativamente uniforme, é frequente existir algum evento que tenha despertado um determinado medo. Por exemplo, o medo inato do ser humano e, neste caso, da criança, de animais grandes, pode facilmente ser despertado ou intensificado após alguma situação em que a criança se tenha sentido ameaçada por um cão grande, por exemplo.
Nas crianças mais velhas o mundo informatizado, a televisão, etc, podem desencadear novos medos, como o divórcio dos pais, agressões físicas, poluição e perigos ambientais, ataques terroristas e abusos sexuais; este último deve ser levado a sério se o medo parecer excessivo, pois pode ser derivado de um trauma, abuso ou situações semelhantes.
Nas crianças mais velhas o mundo informatizado, a televisão, etc, podem desencadear novos medos, como o divórcio dos pais, agressões físicas, poluição e perigos ambientais, ataques terroristas e abusos sexuais; este último deve ser levado a sério se o medo parecer excessivo, pois pode ser derivado de um trauma, abuso ou situações semelhantes.
O próprio estádio de desenvolvimento psicomotor da criança explica a natureza dos seus medos e a sua resolução à medida que cresce. É por esta razão que a natureza dos medos infantis tendem a ficar mais complexos à medida que a criança cresce.
Para avaliar a gravidade dos medos e distingui-los das fobias, é pertinente levantar as sequintes questões: Quantas vezes por dia surge o medo e/ou interrompe as atividades da criança? Mais do que 3 vezes? Será que a criança ou algum adulto consegue reconstruir o evento que precipitou o medo? Como reagem os pais ao medo da criança?
Recordo que todas as crianças sofrem de medos neste mundo complexo e cheio de estímulos! Os pais devem tentar lidar naturalmente com o medo dos seus filhos, não dramatizar e não reforçar com ameaças do estilo "Se não te portares bem o médico vai dar-te uma pica!" , "Vem aí o homem do saco preto e leva-te..!"…
À medida que a criança cresce pode-se tentar falar e esclarecer o assunto e tentar uma aproximação lenta e progressiva ao objecto de medo. Medos míticos devem ser combatidos, compreendendo o mundo imaginário da criança. No meu consultório, por exemplo, combato o medo do escuro com lanternas de campismo potentes, uma inspecção em pormenor ao quarto, para demonstrar a não existência de bruxas no armário, pistolas de plástico à cabeceira da cama… o que for preciso!
Já os medos com características de fobias, que interferem com a qualidade de vida da criança ou que possam ter algum fundamento verdadeiro, devem ser encaminhadas para um profissional de saúde especializado.
Drª Ariane Brand, Pediatra, Familiaritas, Clinica Médica,Lda
FAMILIARITAS CLINICA MEDICA
FAMILIARITAS CLINICA MEDICA
Familiaritas.familiaritas@gmail.com
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
Lá em casa, agora somos 3
IMPLICAÇÕES DO NASCIMENTO DE UM FILHO NA DINÂMICA DO CASAL.
(texto escrito pela psicóloga clínica Liliana Branco)
Uma criança nasce, para os seus pais, ainda antes de existir para o mundo. É, contudo, com a confirmação da gravidez que se iniciam as mudanças na relação do casal. O casal deixa de existir apenas como marido e mulher e como filhos e passam a ser também pais. Estas alterações são mais pronunciadas aquando do nascimento do primeiro filho.
A vinda de uma criança implica a vivência de uma nova etapa do ciclo de vida da família, que trás consigo múltiplos desafios e irá afectar toda a família, exigindo uma reorganização em todo o sistema familiar.
Existem múltiplos casais que pensam que com o nascimento de uma criança os problemas conjugais e familiares ficam resolvidos. Contudo, muitas vezes, sucede o inverso e os conflitos e os problemas agudizam-se, pois as mudanças necessárias na dinâmica do casal são múltiplas e muitos não conseguem adaptar-se a elas.
Segundo alguns estudos que se debruçam sobre esta área, parece haver um decréscimo da satisfação do casal depois do nascimento de um bebé mas, apesar disso, alguns casais mantém-se unidos e felizes depois de serem pais. Importa, então, saber o que é que estes casais estão a fazer bem e porque é que tantas relações sofrem depois da chegada de uma criança.
Parece, de acordo com os mesmos estudos, que os conflitos entre o casal sofrem um aumento gradual depois do nascimento de um bebé, sendo que, existe uma erosão cumulativa ao longo do tempo. E o que fazem de diferente os casais que se mantêm felizes? Como é obvio têm conflitos, como todos os casais, mas conseguem lidar com o processo de tomada de decisão de modo mais assertivo, possuindo capacidades mais desenvolvidas de negociação, cooperação e respeito; mais do que ouvir, escutam-se, sem culpar o outro imediatamente e têm a capacidade de pedir desculpa e de reconhecer que o seu erro perante o outro.
A verdade é que, quase todos os casais têm aulas de preparação para o parto mas, quantos casais frequentam curso/aulas de preparação para os anos vindouros, para os desafios da paternidade e para aprender a transpor os obstáculos normativos do ciclo de vida da família e a vencer os desafios de criar e educar uma criança?
A divisão de tarefas e a gestão do tempo em família são também apontados pelos estudos supracitados como motivos frequentes de conflito no casal. A estes pode juntar-se um outro motivo de conflito que não é mais do que o reflexo do estado da relação: o sexo sendo que, nos primeiros dois anos, diminui a frequência com que os casais fazem amor, o que fica, muitas vezes, a dever-se à exaustão da mãe ou ao facto de esta se sentir pouco atraente no período do pós-parto, É importante que ambos sejam claros nos seus motivos e que escutem o outro,
(texto escrito pela psicóloga clínica Liliana Branco)
Foto encontrada no Pintrest. |
Uma criança nasce, para os seus pais, ainda antes de existir para o mundo. É, contudo, com a confirmação da gravidez que se iniciam as mudanças na relação do casal. O casal deixa de existir apenas como marido e mulher e como filhos e passam a ser também pais. Estas alterações são mais pronunciadas aquando do nascimento do primeiro filho.
A vinda de uma criança implica a vivência de uma nova etapa do ciclo de vida da família, que trás consigo múltiplos desafios e irá afectar toda a família, exigindo uma reorganização em todo o sistema familiar.
Existem múltiplos casais que pensam que com o nascimento de uma criança os problemas conjugais e familiares ficam resolvidos. Contudo, muitas vezes, sucede o inverso e os conflitos e os problemas agudizam-se, pois as mudanças necessárias na dinâmica do casal são múltiplas e muitos não conseguem adaptar-se a elas.
Segundo alguns estudos que se debruçam sobre esta área, parece haver um decréscimo da satisfação do casal depois do nascimento de um bebé mas, apesar disso, alguns casais mantém-se unidos e felizes depois de serem pais. Importa, então, saber o que é que estes casais estão a fazer bem e porque é que tantas relações sofrem depois da chegada de uma criança.
Parece, de acordo com os mesmos estudos, que os conflitos entre o casal sofrem um aumento gradual depois do nascimento de um bebé, sendo que, existe uma erosão cumulativa ao longo do tempo. E o que fazem de diferente os casais que se mantêm felizes? Como é obvio têm conflitos, como todos os casais, mas conseguem lidar com o processo de tomada de decisão de modo mais assertivo, possuindo capacidades mais desenvolvidas de negociação, cooperação e respeito; mais do que ouvir, escutam-se, sem culpar o outro imediatamente e têm a capacidade de pedir desculpa e de reconhecer que o seu erro perante o outro.
A verdade é que, quase todos os casais têm aulas de preparação para o parto mas, quantos casais frequentam curso/aulas de preparação para os anos vindouros, para os desafios da paternidade e para aprender a transpor os obstáculos normativos do ciclo de vida da família e a vencer os desafios de criar e educar uma criança?
A divisão de tarefas e a gestão do tempo em família são também apontados pelos estudos supracitados como motivos frequentes de conflito no casal. A estes pode juntar-se um outro motivo de conflito que não é mais do que o reflexo do estado da relação: o sexo sendo que, nos primeiros dois anos, diminui a frequência com que os casais fazem amor, o que fica, muitas vezes, a dever-se à exaustão da mãe ou ao facto de esta se sentir pouco atraente no período do pós-parto, É importante que ambos sejam claros nos seus motivos e que escutem o outro,
procurando soluções alternativas em que a proximidade do casal seja reforçada e
mostrem que se importam um com o outro.
O que podem, então, fazer os elementos do casal para cuidar do seu casamento e da sua relação?
- Explorem os assuntos que são fonte de discordância com o parceiro quando estiverem calmos, sem medo de trazer o assunto de volta. Se existirem mal entendidos, estes podem transformar-se em ressentimento;
- Evitem discutir à frente dos filhos;
- Tirem tempo para a relação: mesmo que não possam pagar a uma babysitter, dediquem dez minutos do vosso dia um ao outro, por exemplo , depois de deitarem as crianças;
- Façam uma lista das tarefas a dividir;
- Planifiquem momentos esporádicos em que possam estar sozinhos, sem o outro, e desfrutem desses momentos sem sentimento de culpa. Eles trarão “balões de oxigénio” que vão beneficiar a relação;
- Façam com que o vosso par se sinta incluído nos cuidados ao bebé, para que não se sinta à margem;
- Continuem a cativar-se mutuamente e inventem novas formas de o fazer, de modo a incluir o novo membro da família;
- Tomem as decisões em conjunto, explorem as diferentes alternativas possíveis e procurem debater os argumentos de cada, procurando alcançar um consenso;
- …
E não se esqueçam de que por se tornaram pais, não são pessoas diferentes, não deixaram de gostar das coisas que gostavam, nem de ser quem eram. Todas as coisas de que gostava no outro continuam lá, e todas as coisas de que gostavam menos também. Só têm que redescobri-las nesta nova realidade que é a de lá em casa, agora serem 3!
Liliana Branco
Psicóloga Clínica
Equipa Mindkiddo – Oficina de Psicologia
O que podem, então, fazer os elementos do casal para cuidar do seu casamento e da sua relação?
- Explorem os assuntos que são fonte de discordância com o parceiro quando estiverem calmos, sem medo de trazer o assunto de volta. Se existirem mal entendidos, estes podem transformar-se em ressentimento;
- Evitem discutir à frente dos filhos;
- Tirem tempo para a relação: mesmo que não possam pagar a uma babysitter, dediquem dez minutos do vosso dia um ao outro, por exemplo , depois de deitarem as crianças;
- Façam uma lista das tarefas a dividir;
- Planifiquem momentos esporádicos em que possam estar sozinhos, sem o outro, e desfrutem desses momentos sem sentimento de culpa. Eles trarão “balões de oxigénio” que vão beneficiar a relação;
- Façam com que o vosso par se sinta incluído nos cuidados ao bebé, para que não se sinta à margem;
- Continuem a cativar-se mutuamente e inventem novas formas de o fazer, de modo a incluir o novo membro da família;
- Tomem as decisões em conjunto, explorem as diferentes alternativas possíveis e procurem debater os argumentos de cada, procurando alcançar um consenso;
- …
E não se esqueçam de que por se tornaram pais, não são pessoas diferentes, não deixaram de gostar das coisas que gostavam, nem de ser quem eram. Todas as coisas de que gostava no outro continuam lá, e todas as coisas de que gostavam menos também. Só têm que redescobri-las nesta nova realidade que é a de lá em casa, agora serem 3!
Liliana Branco
Psicóloga Clínica
Equipa Mindkiddo – Oficina de Psicologia
quarta-feira, 9 de julho de 2014
Alopatia, homeopatia, fitoterapia...que diferenças?
(texto escrito pela pediatra Ariane Brand)
Quem pensa que toda a medicina natural pode meter-se no mesmo "saco", está enganado.
Toda a medicina que praticamos de momento deriva da Fitoterapia, ou seja, da cura com plantas, que é uma arte praticada desde os inícios da vida humana, tendo alcançado o seu auge na idade média, cultivada pelos mosteiros e pelos seus jardins medicinais.
Na altura, os sábios utilizavam as plantas em forma de infusões, comprimidos, aplicações externas em forma de pomadas, banhos, emplastes e muitos outros métodos. Ainda hoje, muitas destas aplicações são usadas com sucesso. As flores de Bach, por exemplo, são uma prática especial da fitoterapia. Também a medicina chinesa trabalha com fitoterapia, usando predominantemente as plantas e outras substâncias de origem chinesa.
Toda a fitoterapia tem indicações, contraindicações e interações medicamentosas, assim como acontece com a "nossa" medicina. Muitas vezes é uma medicina mais suave, mas tem o risco de ser usada em doses variáveis da substância activa na fórmula, e dependente do solo ou da exposição solar, por exemplo, pode ter contaminantes. Um simples chá é um medicamento, e pode ser perigoso quando usado indevidamente. Quem combina fitoterapia com medicina alopática dever sempre informar o seu médico deste facto. Dou dois exemplos entre muitos: a erva de São João, antidepressivo natural, desativa a píllula contracetiva e o chá de "Roibusch", interfere com a coagulação e anticoagulantes, tendo sido responsável por hemorragias letais em pequenas cirurgias no bloco operatório.
Toda a medicina ocidental deriva da fitoterapia. Baseia-se na extração e purificaçõa do princípio ativo químico da planta, o que permite a sua quantificação e dosagem mais precisa. Passaram-se a produzir estes extratos químicos em laboratório, já sem necessidade das suas plantas de origem, o que permitiu ainda melhor a sua dosagem e o seu controlo regular de qualidade, efetuado regularmente sob a soberania da INFARMED. Por esta via, a medicina tornou-se significativamente mais segura para o utente.
A homeopatia é a única medicina totalmente isenta de efeitos colaterais. Surgiu na Alemanha, na altura da fitoterapia e da medicina, ainda muito primitiva e medieval. Tem um principio difícil de entender: igual trata-se com igual. Trata apenas doenças que ainda têm cura e nas restantes doenças pode ser um excelente coadjuvante. A homeopatia moderna aceita perfeitamente a combinação com a alopatia e defende as vacinas. Há fundamentalistas e charlatões em todas as áreas da medicina, mas estes não nos interessam aqui. Têm tantos adeptos, como céticos.
Na medicina homeopática, o medicamento que causa os sintomas mais semelhantes com a doença, é o curativo. Na homeopatia, quanto maior é a diluição, mais potente é o medicamento. A ideia surgiu quando Hanemann, o pai da homeopatia, descobrio que os extratos da planta "China" provocavam efeitos semelhantes à Malária. Começou a tratar os doentes de Malária com China, o nosso quinino, e tratou-os com efeito. Este medicamento ainda hoje está em uso na medicina escolar. A homeopatia, sendo um método isento de efeitos colaterais, é ideal na pediatria e na medicina veterinária!
A Naturopatia ainda é outra área em que se encaixam a hidroterapia e muitas mais...Não misturem as áreas. É preciso saber muito em todas elas. Não confiem em qualquer praticante, peçam sempre informações sobre onde e como se formou a pessoa. Praticantes mal formados podem empobrecer-vos e estragar mais do que concertar!
Drª Ariane Brand, Pediatra, Familiaritas, Clinica Médica,Lda
FAMILIARITAS CLINICA MEDICA
FAMILIARITAS CLINICA MEDICA
Familiaritas.familiaritas@gmail.com
terça-feira, 27 de maio de 2014
Antibióticos: saiba por que motivo não deve abusar!
(texto escrito pela pediatra Ariane Brand)
Foto retirada da Internet |
Princípios básicos:
1º A escolha de um antibiótico deve ser feita de modo a que o medicamento seja o mais tóxico possível para o microorganismo e o menos possível para o humano;
2º Todos os antibióticos são tóxicos para o humano. Esta toxicidade traduz-se no que chamamos de efeitos colaterais. Alguns, como a Penicilina, são muito bem tolerados e seguros, e outros, como por exemplo a Gentamicina, não.
3º Todos os antibióticos alteram a flora normal do humano, como a da pele e do tubo digestivo, a algumas pessoas mais do que outras.
4º O uso e abuso dos antibióticos continuam a ser responsáveis pelo aumento das resistências bacterianas nos microorganismos. Medicamentos que ontem eram eficazes contra algumas bactérias, hoje já não as alcançam. Noutros casos temos que dar a dose dupla para conseguir o mesmo efeito terapêutico. Apenas o uso racional e rigoroso dos antibióticos pode travar este fenómeno preocupante.
5º Escolher um antibiótico exige adivinhar qual é o microorganismo infetante, qual será a sua sensibilidade e qual a demora provável do tratamento. Sempre que possível, deve tentar-se isolar o microorganismo em causa.
6º A escolha inicial do antibiótico baseia-se na história clínica e no local anatómico da infeção. Por vezes poderá haver necessidade de mudar a medicação ao longo do percurso da doença.
7º O paciente deve sentir alguma melhoria após 24-48horas. Se não for o caso, a medicação deve ser revista.
8º Doenças subjacentes, por exemplo renais, hepáticas e doenças do sistema imunitário, influenciam a escolha e a dosagem do medicamento.
9º O antibiótico deve ser administrado "à risca", na dose, no intervalo e na duração indicado pelo médico.
10º Antibióticos são armas potentes, que podem salvar a vida de um ser humano. Nunca devem ser prescritos levianamente, nem autoadministrados.
Drª Ariane Brand, Pediatra, Familiaritas, Clinica Médica,Lda
FAMILIARITAS CLINICA MEDICA
FAMILIARITAS CLINICA MEDICA
Familiaritas.familiaritas@gmail.com
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
Os problemas de sono (Parte II)
(texto escrito pela
pediatra Ariane Brand - continuação deste texto)
O que fazer [quando as crianças têm problemas de
sono]?
Se a criança for pequena, passe a deitá-la no berço dela para
adormecer sozinha. No primeiro tempo pode permanecer perto do bebé, mas
evite o contacto físico ou visual. Afaste-se do quarto progressivamente ao
longo dos dias seguintes.
Arranje-lhe um “objeto de transição”; um boneco ou peluche ou uma fralda, que deve ser
um amigo presente em todas as situações importantes da vida da criança, ao
ponto de ganhar um valor emocional especial para ela. Este objeto será a
companhia da criança durante a noite e vai reconfortá-la.
Se a criança está
habituada a beber leite à noite, antecipe o mesmo de modo a não coincidir com o
deitar. Na criança mais crescida reduza a quantidade de leite 30ml por semana,
até terminar a refeição desnecessária.
Durante a noite, não atenda a criança de imediato. Espere pelo menos 5 a 10 minutos, para ver se ela
volta a adormecer. Se embalar de novo, ótimo. Se o choro se intensificar, se
chamar por si, nos primeiros dias deve ir ter com ela, reconfortá-la, dê-lhe o
amigo especial, mas evite dar-lhe colo, biberões e contacto físico. Pode
permanecer perto dela durante algum tempo, mas regresse ao seu quarto depois.
Passados alguns dias, vá
apenas até à entrada do quarto e depois limite-se a falar com ela do seu quarto,
para lhe dizer que está tudo bem e para adormecer de novo. Claro que vai haver
alguns dias de batalha, mas se resistir à tentação de ceder, o assunto vai-se
resolver muito mais depressa do que imagina.
Na criança mais velha, o primeiro e mais importante
passo é a criação de uma moldura feita de regras, rotinas e de hábitos que enquadra a sua vida. As rotinas dão-lhe segurança e garantem-lhe estabilidade. O banho,
as refeições, a hora do deitar devem, dentro do possível, seguir sempre o mesmo
horário e os mesmos rituais.
O ritual do deitar pode
ser uma história, cantiga ou reza. Depois, segue-se um beijinho de boas noites
e os pais saem do quarto, sem hesitações. Se a criança não consegue adormecer
logo, pode ficar a ler ou a brincar um pouco na cama (evitem televisão ou jogos
de computador que excitam o cérebro), mas já não é autorizada a sair da cama,
muito menos de ir para junto dos pais. É importante reduzir as sestas de dia e
acordar a criança cedo de manha.
Todo o sono após ás
16horas interfere com o período de sono noturno.
Pode dizer-lhe que gosta
muito dela, mas que já é grande e capaz de adormecer sozinha. Pode-lhe dizer que
a mãe e o pai precisam de um tempo para estarem sós e a criança pode e deve
respeitar a sua intimidade. Se a criança chamar por si, vá ter com ela,
reconforte-a, lembre-a que já bebeu água e que já fez chichi e que pode dormir
sossegada. Explique que agora também precisa de descansar. Passado uma ou duas
vezes, não vá mais.
Durante a noite, pode
deixar-lhe a porta encostada e uma luz de presença. Se ela for ter consigo, leve-a
de volta, carinhosamente, mas determinada. Se chamar por si assustada,
acalme-a, diga-lhe que está perto dela e que não vai deixar que nada de mal lhe
aconteça, fique perto dela até ela se acalmar, mas depois todos voltam para as
suas camas.
Os pesadelos combatem-se eficazmente com contos de
fadas, em que o herói sai sempre
vencedor. Ajuda, igualmente, verificar antes de deitar que não há nem bruxas,
nem fantasmas escondidos no quarto. Uma lanterna de campismo na
mesa-de-cabeceira ajuda a criança em caso desta sentir medo à noite.
Não confunda os pesadelos com os terrores nocturnos
da criança quando estas têm 2 anos
e depois quando têm 5 -6 anos, aproximadamente. Os pesadelos são sonhos maus,
ocorrem na fase superficial de sono, ou seja REM, a criança acorda mesmo,
recorda o que sonhou e conforta-se depressa com a ajuda dos pais. Em
contrapartida, os terrores nocturnos ocorrem durante a fase de sono profunda,
ou seja NREM. Pode chorar ou gritar durante 5-20 minutos, estar em pé, suado,
de olhos abertos, extremamente agitado, aparentemente inconsolável. Embora não
pareça, está a dormir profundamente, sem sonhos, sem qualquer sofrimento, numa
fase de agitação puramente motora, semelhante ao sonambulismo. Não precisa da
ajuda dos pais, pelo contrário, se for acordada, reage agressivamente, porque
nem sabe o que se passa, uma vez que estava a dormir profundamente. Trata-se de
uma fase normal e passageira da infância que não tem nada a ver com
acontecimentos traumáticos ou angustiantes de dia.
Para terminar uma última
palavra. Há pais que gostam de dormir
com os filhos. Enquanto for confortável e agradável para toda a família,
não é problema, mas não se esqueçam:
a criança não é um peluche para os pais
e estes não devem atrasar a sua autonomia. Se nascer um segundo filho ou em
caso de alguém se cansar desta solução, o que fará? A criança não deve servir
como um álibi em caso de casamentos não funcionais! Vale a pena pensar bem ante
de tomar esta decisão.
Os problemas de sono resolvem-se de forma rápida e
bastante fácil, mas exigem uma decisão firme por parte dos pais.
Problemas
de sono: Soluções
1º-Criar regras e rotinas.
2º-Adormecer a criança na sua cama, sem ajudas.
3º- Durante a noite, não atenda o bebé de imediato. Dê-lhe tempo para
adormecer de
novo.
4º-Evitar refeições noturnas, excepto nos primeiros 4-6meses de idade.
5º-Limitar, dentro do possível, todo o contacto físico ou idas para a
cama dos pais
durante a noite.
6º-Crianças com pesadelos necessitam da ajuda e do apoio dos seus
pais, crianças com
terrores nocturnos não.
7º-Criar um “objecto de transição (Peluche, Boneca, Fralda de pano) e
estimá-lo.
8º-Maus hábitos não passam espontaneamente. Exigem uma decisão e um
plano de
atuação firme que não pode
ser violado. Toda a alteração deve ser explicada à
criança de dia,
amigavelmente.
PEQUENA FARMÁCIA HOMEOPÁTICA PARA OS
PROBLEMAS DO SONO!
DENTIÇÃO: chamomilla 15 CH
5 grânulos, meia hora antes do deitar
TERRORES NOCTURNOS/
PESADELOS: stramonium 15 CH 5 grânulos, meia hora antes do deitar
CRIANÇA SENSÍVEL: EMOCIONAL-IGNATIA
AMARA 5 grânulos, meia hora antes do
deitar
CRIANÇA HIPERATIVA: coffea
cruda 15 CH 5 grânulos, meia hora antes
do deitar
NOTA-Cada medicamento deve ser
desfeito em água ou diretamente na boca, sem misturar com outros alimentos ou
pasta de dentes, durante (no mínimo) os 15 minutos seguintes.
FAMILIARITAS CLINICA MEDICA
Daª ARIANE BRAND Ariane Brand,
Pediatra, Familiaritas, Clinica Médica,Lda
Familiaritas.familiaritas@gmail.com
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
Os problemas de sono (Primeira Parte)
(Texto escrito pela pediatra Ariane Brand)
Foto retirada da internet |
Devíamos pensar que dormir é algo fácil, natural. Mas, na
verdade, tanto na infância como na idade adulta existem muitas pessoas com
problemas de sono. Porque será?
Dormir depende de fatores fisiológicos por um
lado, e de hábitos adquiridos desde a tenra infância por outro.
Curiosamente, este tipo de problemas existe apenas nos países desenvolvidos e
são desconhecidos, ou não valorizados, no chamado terceiro mundo.
Entre nós, aproximadamente 20-30% das crianças sofrem de
problemas de sono, nomeadamente de dificuldades em adormecer ou em acordar
durante a noite.
Como será que surgem estes problemas?
Primeiro, vejamos a fisiologia do sono. Temos ciclos
alternados de sono profundo (NREM) e de sono superficial (REM). Cada ciclo dura
entre 50-60 minutos na criança pequena e 90 minutos no adulto. Os ciclos mais
curtos de sono do bebé até aos 6 meses de idade, implicam mais ciclos de sono
REM, ou seja, sono superficial, que parece ser uma proteção natural contra a
morte súbita.
Na fase REM (Rapid Eye Movement,
movimentos oculares rápidos) os nossos olhos movimentam-se rapidamente, podemos
emitir sons, o nosso pulso e respiração tornam-se acelerados e sonhamos e
acordamos frequentemente, apenas para adormecermos automaticamente de novo.
Este breve intervalo de vigia servia ao homem em tempos remotos, tendo em conta
o seu risco de vida permanente, para verificar se o ambiente se mantinha
estável, sem alterações que poderiam significar algum perigo para ele, como a
presença de algum animal selvagem, o ataque de uma tribo inimigo ou outros
perigos.
Como a criança pequena tem mais ciclos REM, ela acorda mais
facilmente durante a noite. Num latente em regime de aleitamento materno
exclusivo, pode haver necessidade de refeições noturnas de 2 em 2 horas durante
os primeiros meses de idade, visto que a digestão do leite materno é muito
rápida e as reservas hepáticas de alimento muito reduzidos. Mas, após os 4-6 meses de idade, nenhuma criança
necessita de refeições noturnas. Estas constituem apenas um mau hábito de todas
as partes.
Acontece mais frequentemente no primeiro filho, visto que muitos
pais têm maiores dificuldades de se separarem do seu filho,
especialmente durante a noite. Este tipo
de pais têm tendência a levantarem-se para atender o filho mal a criança
choraminga ou se mexe no berço, negando-lhe a possibilidade de aprender a
voltar a adormecer sozinha.
Logicamente, passado pouco tempo, o bebé perdeu a sua capacidade inata de voltar a adormecer sozinho e precisa da ajuda oferecida dos pais em
forma de leitinho, colinho, brincadeiras ou seja o que for. Se os pais
tiverem azar e pouca imposição, está situação irá manter-se por muitos, muitos anos. Este é um dos erros clássicos que se
cometem.
O segundo erro
comete-se na hora do deitar.
É muito importante
que a criança seja colocada acordada na cama onde vai dormir, sem ajudas
como o biberon, o colo, as festinhas ou algo semelhante. Recorde-se, a criança vai
acordar durante a fase de sono superficial. Nesse instante vai “sondar” o meio
que a rodeia. A criança que adormeceu
sozinha, na sua caminha, vai encontrar o meio inalterado e pode voltar a
adormecer, tranquila. A criança que
adormeceu ao colo, com o biberon, na cama dos pais ou na presença de um adulto,
os sistemas de alarme vão despertar, já que o meio se alterou. O ambiente pode
parecer-lhe perigoso e a criança acorda completamente, assustada, chamando
pela ajuda dos pais. Se estes lhe vão dar as mesmas "muletas", o biberon, o colo
etc. ela adormece feliz, mas o mesmo cenário vai repetir-se na próxima fase
REM, aproximadamente 2 horas depois.
Familiaritas Clínica Médica
DRª Ariane Brand
Familiaritas.familiaritas@gmail.com
(Esteja atento à
segunda parte deste artigo, que revelará alguns truques para ultrapassar estas
situações, caso lhe sejam familiares. Também ensinará algumas receitas
homeopáticas para os problemas de sono do bebé)
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
As “birras” - texto da Pediatra Ariane Brand
Quem não conhece a
seguinte situação: A linda criança, que há pouco ainda parecia um anjinho, está
deitada no chão a chorar e espernear, o rosto vermelho, suado, os punhos
fechados, como se se tratasse do diabo em pessoa. Os pais, igualmente suados,
apenas desejavam que o chão se abrisse para os engolir a todos.
Pode se observar todo
o tipo de atitudes paternais. Há pais que ficam atónicos a olharem para o
filho. Outros prometem, pedem, chantageiam, gritam, batem e, por fim, a maioria
cede, desesperada e infeliz, à vontade da criança, que se cala de imediato.
Tudo isto sob o olhar
e os comentários críticos das testemunhas involuntárias.
As birras são mais fáceis de reconhecer do que definir, como
dizia o Pediatra Dr. Robert Needlman.
Todos nós conhecemos
as birras que se podem observar em todo o lado: na rua, no supermercado, em
casa e na consulta do médico. Estatisticamente, 50-80% das crianças, entre os 2-3 anos de idade, têm birras semanais,
20% diariamente. A maioria das
crianças resolve este problema até aos 5 anos de idade, mas 5 % continuam
durante toda a infância.
Não é um problema
genético, nem confinado a uma classe social,
mas pode acompanhar outros problemas de comportamento. Acompanha também problemas
de saúde como a hiperatividade, os problemas de audição, o autismo, lesões
cerebrais menores, sequela de partos difíceis, problemas respiratórios e de
sono, entre outros.
Crianças
temperamentais, com pouca possibilidade de se mexerem ao ar livre, são outro
grupo susceptível, assim como crianças vítimas de instabilidade e/ou violência
doméstica, dirigida contra eles próprios ou terceiros.
Porque que será que as crianças fazem “Birras”?
A criança pequena luta pela independência e autonomia
progressiva, mas a continuação da grande dependência dos pais provoca um
conflito difícil de controlar para a mesma.
A tensão emocional negativa, assim como a incapacidade de se exprimir
verbalmente, leva à frustração e, por fim, à perda completa de autocontrolo.
As birras fazem parte da fase do negativismo e dentro de
certos limites são uma etapa importante e normal da infância no caminho para a
idade adulta. Na criança mais velha, no entanto, pode ser uma estratégia
aprendida para manipular os pais com a finalidade de obter algo. Cuidado! Se a
criança pequena aprende que uma birra valente resulta num ganho de atenção da
parte da família e/ou se é recompensada com o objeto pretendido, ela não vai
abandonar esta estratégia eficaz. Pelo
contrário, encena o que inicialmente foi involuntário quando for mais crescida!
Como devemos reagir como pais? Como lidar com as birras?
As palavras-chave são: calma,
humor, rotinas e regras.
Pense: Em que
circunstâncias ocorrem as birras? O que provoca as birras? Não diga que “não”, a não ser que seja necessário.
Evite limitar a criança constantemente nas
suas experiências. Evite ter coisas que se possam partir, ou que sejam
proibidas, em casa. Depois de ter
pronunciado a palavra “não”, não pode recuar, por isso, pense se vale a pena.
Esta é a chave principal de toda a educação.
Dê escolhas simples.
Pergunte: “ Queres vestir antes a camisola vermelha ou a verde? Queres arroz ou
batatas? “ Deste modo dá-lhe a impressão de já ser grande e importante sem
qualquer esforço da sua parte.
Quanto ao local onde ocorrem as birras; se acontecer em
casa, ignore a birra totalmente,
afaste-se. Crianças mais velhas devem ir para o quarto. Diga-lhes calmamente:
“Vai para o teu quarto para te acalmares. Quando passar, podes sair.”- Deixe a
criança no quarto durante o tempo em minutos igual a idade: 5 anos igual a 5
minutos, por exemplo, o chamado “time out”. Depois, faça uma proposta
de paz. Se o seu filho aceitar, não se fala mais do assunto. Se continuar a
birra, fica mais uma temporada até se acalmar. Durante a birra não entre no
quarto, ignore tudo que se passa lá dentro, mesmo que lhe custe.
Horas mais tarde
podem tentar falar sobre o assunto.
Se for no supermercado ou no restaurante,
evite levar a criança para estes locais futuramente. Quando é inevitável levá-la
consigo, trabalhe com antecipação. Fale com a criança, explique que vai levá-la
consigo, faça-a prometer que não vai fazer uma birra e prometa-lhe algo
agradável em caso de se portar bem. Se fizer a birra, saia do local
rapidamente, ignorando a criança, dentro do possível, repetindo constantemente
a frase ”Acalma-te, acalma-te!”, sem outras explicações, promessas ou ameaças.
Ela não consegue ouvi-la naquele instante. Obviamente, não lhe dê o pretendido
por ela.
Esteja atenta. Na escola também faz birras ou acontece só
consigo, em casa? Se é este o caso, reveja o ambiente em casa e os seus
modos e métodos de educação. Há tempo para estar com a criança, horas de mimo?
Diga-lhe todos os dias que gosta dela, converse com ela. E as rotinas? Rotinas
e horários são imprescindíveis. As
refeições devem ser sempre à mesma hora, sentados à mesa, a criança deve dormir
horas suficientes, na cama dela e sozinha. Falta de sono pode aumentar a
tendência para birras, assim como a falta de regras e ordem, uma vez que estas
últimas dão estabilidade e segurança ao seu filho.
Pergunte-se
igualmente: Quantas vezes cede ao pedido da criança durante uma birra? Qual é a
sua postura durante o acontecimento? Nunca pode recompensar uma birra com aquilo
que a criança pretende, senão ensina-lhe a fazer birras para a manipular. Se sentir que está a perder o seu autocontrolo,
afaste-se. Não entre em escaladas de ofensas verbais ou físicas. Compreenda, você sofre, mas a criança
também, e está a pedir-lhe desesperadamente: Ampara-me.
Em caso de se sentir
demasiado desesperado com a situação, peça ajuda a um profissional, Pediatra,
Psicólogo ou Pedopsiquiatra, Médico de família experiente. Pode ser uma ajuda
preciosa.
Regras
para pais de crianças com birras:
1º-Dê
escolhas simples.
2º-
Antecipe as birras.
3º-Estabeleça
regras e rotinas sólidas.
4º-Durante
a birra mande a criança para o “time-out”,
ou tente ampará-la fisicamente. Evite
explicações na hora.
5º-Nunca
ceda a uma birra.
6º-Quando
a birra passou, restabeleça a paz.
7º-Tente
falar com a criança horas ou dias mais tarde sobre o
sucedido.
8º-Tenha
calma e humor!
Ariane Brand,
Pediatra
FAMILIARITAS-CLINICA
MÉDICA
219207526-968226005
familiaritas.familiaritas@gmail.com
Subscrever:
Mensagens (Atom)