segunda-feira, 13 de março de 2023
Falta-me um bocado!
quarta-feira, 8 de março de 2023
Sim, faz sentido comemorar o Dia Internacional das Mulheres
Foto: site https://culturaalternativa.com.br/ |
Hoje, comemora-se o Dia Internacional das Mulheres.
Todos sabemos que homens e mulheres são diferentes - e ainda bem que assim o é - mas argumentos fisiológicos não podem ser uma pedra na engrenagem para a evolução da sociedade, como muitos insistem em fazer (de um modo altamente demagógico).
Este dia faz sentido de ser comemorado enquanto persistirem diferenças salarias entre homens e mulheres para a mesma função.
Este dia faz sentido de ser comemorado enquanto continuar a existir renitência em contratar mulheres para cargos de chefia, unicamente por motivos de género.
Este dia faz sentido de ser comemorado enquanto a gravidez for considerada um "handicap" para o empregador.
Este dia faz sentido de ser comemorado enquanto as desigualdades forem evidentes mas, ainda assim, surgirem vozes que se insurgem contra esta efeméride, sob o argumento de que "as mulheres não têm do que se queixar".
Este dia faz sentido de ser comemorado enquanto não se interiorizar que o feminismo é um movimento que luta, apenas e só, pela igualdade - um direito básico patente na Declaração dos Direitos Humano.
Este dia faz sentido se ser comemorado enquanto, em casa, o homem "ajudar" a mulher.
...
Um dia, espero que este DIA deixe de ser comemorado por não fazer sentido. Mas ainda não é hoje!
Feliz Dia Internacional das Mulheres!
segunda-feira, 6 de março de 2023
Malabarismos emocionais de uma mãe
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023
Ai, se fosse possível congelar o tempo...
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023
Como planeei a nossa viagem a 3 à Disney e a Paris
Já passou algum tempo, é verdade, mas o prometido é devido. Por isso, cá estou eu para partilhar convosco como planeei a minha viagem à Disney com eles (recordo que um tem 8 e outro 12 anos).
Portanto, a minha ideia era ir à Disney e à cidade de Paris, num total de 5 dias e 4 noites (duas noites em cada sítio). Inicialmente, pensei começar na cidade de Paris, para terminar em grande na Disney mas, por questões de disponibilidade de hotel, acabámos por fazer ao contrário
- Comecei por tentar marcar tudo sozinha - voo, hotel, entradas na Disney... - mas, feitas as contas, percebi que a diferença de preços entre comprar tudo isoladamente ou recorrer a uma agência de viagens era mínima e acabava por não compensar o trabalho. Se considerar que o valor que me foi dado pela agência incluía seguros, então nesse caso não compensava de todo. Não nos podemos esquecer que as agências costumam ter acordos com os hotéis e como estava a decorrer uma campanha, por duas noites no hotel eles ofereciam a entrada nos parques para 3 dias (o que para nós foi ótimo, porque foi exatamente os dias que usufruímos dos parques).
- Eu queria mesmo ficar num hotel da Disney. A primeira vez que lá fui já era crescida, foi em contexto de trabalho, e fiquei num desses hotéis. Lembro-me do quão maravilhada fiquei e queria proporcionar-lhes isso.
Ficámos no Santa Fe, alusivo ao filme de animação "Carros". Não é luxuoso, é muito simples, mas gostámos muito. Optei pela modalidade de meia-pensão e foi o melhor que fiz.
- Portanto, pela agência comprei os voos, o hotel na Disney (com entradas no parque incluídas) e o transfer do aeroporto para a Disney. Não comprei os outros transfers porque ainda não sabia bem como iria planear os dias e não queria ficar limitada com os horários. Aliás, acabei por me arrepender de ter comprado aquele transfer, porque só passava de hora a hora no aeroporto (tinham-me dito que era de 15 em 15 minutos) e como perdemos um tivemos de esperar imenso tempo. Se fôssemos de uber teria custado cerca de 50 euros e a viagem duraria cerca de meia hora.
- Como queria aproveitar o tempo ao máximo com eles e não iríamos ficar assim tanto tempo, fiz "trabalhos de casa". Fui ao site dos Parques e vi quais as atrações que cada um tinha, para poder planear onde ir (no site podem ver a altura mínima exigida para poder entrar na diversão e em que consiste). Também existe uma app. Eu descarreguei-a, mas acabei por não a usar.
- Por questões de segurança, pus ao Francisco uma pulseira com o nome dele e com o meu número de telefone, não fosse ele perder-se (ele não sabe falar nem francês nem inglês e sempre era mais uma segurança). Por acaso já tinha as pulseiras, comprei-as há imenso tempo aqui, e fiquei mais descansada (ainda que não quisesse sequer pensar na possibilidade dele se perder).
- Em termos de malas... Sabia que nesta altura do ano (janeiro/ fevereiro) faz imenso frio em Paris, mas não queria levar muita coisa, nem mala de porão. Queria levar só duas malas de cabine e uma mochila. Isto porque não podia contar que o Francisco ajudasse a transportar as malas e quando tivéssemos de andar de transportes em Paris (comboio, por exemplo) não seria prático, nem seguro, eu ficar com dois trolley e o Gonçalo com outro. Queria ficar com pelo menos uma mão livre para dar a mão ao Francisco. Assim, eu fiquei encarregue de uma mala, o Gonçalo de outra e a mochila grande podia levar eu também e, como não ia pesada, se fosse necessário levava-a o Francisco. Depois, para mim levei uma mochila pequena como mala de dia-a-dia, por ser mais prático para transportar águas e snacks. Dentro de um dos trolley levei uma outra mochila pequena (vazia), para que eles também pudessem transportar água e comida durante o dia.
- Comprei roupa térmica para eles e tentei levar o mínimo de roupa possível. No caso da roupa interior não havia volta a dar, mas de resto fiquei-me pelos dois pares de calças e de camisolas para cada um e um par de sapatos para eles (eu levei dois, porque receava que chovesse e as botas que levei na viagem eram quentes, mas não eram impermeáveis).
- Tinham-me dito que não se podia entrar com comida para a Disney e, por isso, no primeiro dia não levei nada. Erro!!! É tudo super caro - paguei 51 euros por três cachorros quentes e três bebidas, e na entrada percebi que deixavam entrar com comida. Nos dias seguintes não cometi a mesma asneira e já levei almoço e lanche. Preparei umas sandes, levei boiões de fruta e uns bolinhos.
- Para Paris as coisas foram muito mais planeadas. Tracei um roteiro para o tempo que íamos lá ficar e depois foi uma questão de estudar o tempo de deslocação para cada coisa, fazer uma estimativa do tempo que levaríamos em cada sítio, sempre com cuidado de dar margem. Mais uma vez, recorri muito ao Maps.
Escusado será dizer que por mais planeadas que as coisas sejam, temos mesmo de nos consciencializar que temos de dar uma enorme margem ao improviso. Numa viagem eles acontecem sempre e, com crianças, mais ainda. Elas cansam-se mais facilmente (é natural), querem fazer xixi nas alturas menos convenientes, ficam com fome porque sim... Tem mesmo de haver alguma descontração e eu estou muito contente comigo porque apesar de ser muito metódica e ansiosa, consegui mesmo interiorizar isto e tenho noção de que foi decisivo para que tivesse tudo corrido tão bem.
Já sonho com a próxima viagem 💓
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023
44
terça-feira, 14 de fevereiro de 2023
O amor em forma de bolo
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023
Considerações de um divórcio - parte II
Como vos disse aqui, acredito que mesmo que estejamos certos de que o divórcio é o único caminho a seguir, nunca é simples. Se a outra pessoa dificultar o processo, pior ainda.
Já partilhei também, e sem querer entrar em detalhes, que não passei uma fase nada fácil. Durante meses e meses senti-me perdida e por mais que me esforçasse não conseguia ver luz ao fundo do túnel. Dava por mim a desejar ter poderes mágicos para poder vislumbrar um dia qualquer do futuro que me mostrasse que as coisas iam ficar melhores. Só para serenar a alma. Sentia-me sempre em esforço. Fisicamente andava exausta e emocionalmente sentia-me no meu limite. A juntar a isto, sentia a (auto)pressão de que não podia, de forma alguma, adoecer ou ir-me abaixo, porque os meus filhos precisavam de mim.
Esta fase durou mais do que eu gostaria e, creio que sem saberem, os meus filhos, os meus pais, o meu irmão e os meus amigos, foram o meu pilar. Mas, mesmo assim, não chegava.
Sou muito analítica em relação a mim e sabia que, apesar de tudo, não estava perante nenhum quadro clínico. Se sentisse isso, não hesitaria em recorrer a um especialista. Mas eu sabia que o que eu precisava era de (voltar) a sentir paz. Sabia também que essa paz tinha de ser eu a procurá-la em mim. Só não sabia bem como.
Foi então que, por acaso, a meditação chegou à minha vida e não podia ter vindo em melhor altura. Uma amiga enviou-me um dos desafios de 21 dias do Deepak Chopra, que na altura eu não fazia a mais pequena ideia de quem era, e eu pensei: Porque não? O que é que tenho a perder?
Isto foi há cerca de três anos e, desde então, nunca mais larguei a meditação. Fiz o desafio dos 21 dias (já não faço os exercícios pedidos para cada dia, mas volta que não volta, repito as meditações), descarreguei duas aplicações (a Insight Timer e a Let´s Meditate - devem existir centenas delas), li muito sobre o tema e rendi-me. Rendi-me, porque senti, efetivamente, que teve efeitos gigantescos na minha forma de estar e ver a vida.
Um parêntesis para dizer que sou católica e tenho mesmo muita fé em Deus e, a dada altura, questionei-me se a meditação não entraria em conflito com o catolicismo (dúvidas existenciais que me ocorrem de vez em quando!). Mas passou-me rápido. Como digo muitas vezes, a fé não se explica ou justifica. Sente-se. E a minha fé nunca esteve em causa. Nunca ficou abalada. Além disso, o "meu Deus", como costumo dizer a brincar, é bom, é pelo amor, não julga e só quer é que as pessoas sejam felizes, seja lá de que forma for. A regra é não fazerem mal a ninguém.
Mas porque é que me rendi à meditação?
A resposta a isto dava para vários posts mas, para resumir, vou dar apenas três razões (e não me vou alongar em cada uma delas, porque acreditem que há muito para dizer em todas):
Em primeiro lugar, a meditação ensinou-me a controlar as minhas emoções e pensamentos. A dirigir o meu pensamento para o que me faz bem e a desviá-lo quando surgem pensamentos menos bons, que não levam a lado nenhum.
Perguntam vocês: Mas agora nunca te passas da cabeça e estás sempre zen? Se o mundo desabar à tua volta, pões-te em posição de lótus, respiras e siga?
A minha resposta é: Claro que não!!! Passo-me muitas vezes e continuo a não ter paciência nenhuma para gente parva.
Sempre fui nervosa e impulsiva e continuo a ser, mas já estou muito, mas muuuuito melhor. Hoje em dia, consigo muito mais facilmente pôr de lado situações desagradáveis provocadas por terceiros e sobre as quais não posso fazer nada. Além disso, não me deixo afetar por coisas que sei que antes me deixariam a ferver por dentro. E fico tão feliz por isso!
Por outro lado, quando digo que a meditação me ensinou a controlar as minhas emoções e pensamentos, eu não quero dizer que quando acontece uma coisa má eu entro em negação ou finjo que não aconteceu nada. Nada disso. Encaro sempre de frente. Simplesmente se for algo que não está nas minhas mãos, que eu não controlo, dou-me um tempo para digerir as coisas e depois disso não fico a remoer e a alimentar sentimentos maus que não levam a lado nenhum.
Outra coisa que a meditação me ensinou, e eis a segunda razão, foi a aceitar as coisas como elas são e a a deixar ir. Aliás, este foi dos primeiros mantras que interiorizei: "aceita e deixa ir" (esta razão, implica a anterior).
O que é que isto significa? Como referi agora mesmo, há muitas coisas menos boas que acontecem na nossa vida e que não estão nas nossas mãos (atenção que não estou a falar de situações de saúde, naturalmente).
Normalmente, quando estas coisas acontecem, ficamos zangados, irritados, frustrados... Somos inundados por sentimentos negativos que só vão alimentar e dar mais força à situação, dificultando que a esqueçamos, que a ultrapassemos ou até que reajamos a ela.
É óbvio que se acontece uma coisa má, é muito difícil racionalizar e gerir emoções. Mas é importante tentar que estes sentimentos negativos não nos dominem, porque eles só prejudicam e não trazem rigorosamente nada de bom ou de positivo. Muito pelo contrário!
Imaginem, quando não aceitamos algo que não podemos controlar, estamos a remar contra a maré e a única coisa que acontece quando se rema contra a maré, é que se perde a força. Só isso. No limite, afogamo-nos.
Por fim, o terceiro motivo: gratidão. Sempre agradeci a Deus pelo que tenho. Pelo que Ele me deu e dá todos os dias. E a meditação reforça muito esta parte. Quando agradecemos, cá do fundo, estamos a passar mensagens positivas ao cérebro, o que acaba por ter reflexos na forma como levamos a vida. E quanto mais treinarmos o cérebro, melhor. Além disso, energia positiva, atrai energia positiva.
Quando acontece algo menos bom, inicia-se um processo interno que demora o seu tempo a desenrolar-se e estou convencida que não vale a pena querer saltar etapas. Temos de respeitar os nossos timings. No meu caso, a meditação ajudou a tornar o processo mais leve. Repito: Não! Com a meditação não passei a ver o mundo cor de rosa, cheio de unicórnios e repleto de purpurinas, mas ela ajudou-me a levantar e a reorientar-me e é por isso que continuo a meditar. Porque sinto que a meditação dá leveza à vida.
Quis partilhar isto convosco porque quem sabe se esta "dica" não ajuda alguém como me ajudou a mim. Se isso acontecesse com uma pessoa que fosse, eu já ficava feliz :)
terça-feira, 7 de fevereiro de 2023
Sim, gosto e quero ter tempo para mim e não sinto culpa por isso!
Demorei muito tempo a atingir este ponto. O ponto em que me permito ter momentos para mim sem qualquer sentimento de culpa associado. Durante anos, e de forma inconsciente, quando tinha algum tempo para mim, lá vinha a culpa. Culpa por não estar a aproveitar esse tempo com os meus filhos. Era como se tivesse uma vozinha irritante na minha cabeça a dizer: "Que raio de mãe és tu?!"
Que fique claro que nunca encarei o tempo que passo com os meus filhos como uma obrigação ou como uma espécie de dever. Os momentos que passo com eles são preciosos e não há nada para mim de mais valioso. Mas isso não quer dizer que não goste de fazer coisas sem eles. De estar sozinha. De estar com os meus amigos. De sair. De me divertir. Sim, divertir-me sem eles!
Gosto e preciso destes momentos. Servem como uma espécie de energizante e, muito importante, não me deixam esquecer que continuo a ser uma mulher com quereres, desejos, vontades, e que isto não faz de mim uma má mãe. Pelo contrário! Faz de mim humana.
A partir do momento em que aceitei que gosto e quero ter momentos para mim, ganhei uma outra leveza. Uma leveza que, não tenho a menor dúvida, me ajuda a ser muito melhor mãe.