sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Isto está nos genes dos rapazes, não está?

Há dias estávamos a jantar quando o Gonçalo dá um arroto. Automaticamente olhou para mim com um ar comprometido (ele sabe que eu fico passada… e depois desata a dizer que não adivinha que vai arrotar e mais não sei quê) e o mano, aquele pirralho com um ano, olha para ele e dá uma gargalhada!

Não achei normal! É que de certeza que uma menina não ia ligar nenhuma!


Não ia, pois não mães de meninas? (é cá uma curiosidade que eu tenho!)

Coisas só deles!

Um dia o Gonçalo chamou o irmão de "Francisco Petisco". Fê-lo com carinho e agora é recorrente chamar-lhe assim.

Um dia destes, dei por mim a fazer o mesmo. Mal me ouviu, o Gonçalo disse-me logo: "Mamã, só eu é que o posso chamái assim!"

Achei piada, confesso. Espero que eles tenham estas coisas só deles. Acredito que são estes pormenores que fortalecem os laços e aumentam a cumplicidade dos dois. São estes pormenores que alimentam, de uma forma bonita, as histórias que um dia, tanto um como outro, vão contar sobre a infância deles <3

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Este rapaz mata-me!

Estava na cozinha a preparar o jantar e o Francisco estava no chão, entretido a brincar com as latas de atum e feijão que tenho no armário.


Entretanto, apercebo-me que ele se levanta, mas não dou muita importância e continuo a fazer o que estou a fazer. Pelo que pelo canto do olho começo a sentir um movimento qualquer lá ao fundo. Olho e só vejo umas perninhas a balançar na máquina de lavar roupa. O resto do Francisco estava enfiado dentro do tambor da máquina! :/

Festa! Festa!

Não contando com a vez em que acordou para vir para a nossa cama (mas isto já é um hábito diário há séculos; a ver se conseguimos que ele o perca estas férias), O FRANCISCO DORMIU A NOITE TODA!!!!

yeiiiiiii!!!!!

(teoricamente, isto significaria que eu também teria dormido a noite toda... mas hoje o Gonçalo resolveu ser ele a acordar :P mas mesmo assim estou contente! Tendo em conta as noites anteriores, a noite de hoje foi espetacular!)

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

A responsabilidade de ser o irmão mais velho

Durante as duas primeiras semanas de agosto o Gonçalo estará no ATL da escola do Francisco (um ambiente que lhe é familiar, uma vez que ele já andou lá antes do irmão).

Ontem, quando o fui buscar, perguntei-lhe:

"Então, gostaste de partilhar o recreio com o mano?"

As crianças da idade do Gonçalo costumam estar separadas dos bebés, mas ontem, creio que por estarem muito poucos meninos, estavam juntos.

"Mais ou menos." - respondeu.

Estranhei a resposta, uma vez que ele tem andado felicíssimo por estar lá com o mano.

"Então porquê?!" - quis saber.

"Então, ele estava sempe a andái no escorrega gande e eu tinha medo que ele caísse. Depois, também ia pâia a casa que tem um degau e podia topeçái. E penduiáva-se nas janelas da casinha e também podia cair e magoái-se."

Bem tentei explicar-lhe que o mano já está habituado a andar no escorrega e que ele não tem de se preocupar em tomar conta dele porque estão lá os crescidos para isso. Disse-lhe que tinha era de brincar... mas acho que ele não ficou muito convencido :)

Tadinho do meu fofo grande!!! <3

Coitado! Não sabe o que diz!

E diz o Gonçalo no meio de um dos "ataques" de amor que lhe dão, em que desata a abraçar e a dar beijos ao irmão:

"Quando fôi gande vou têi 21 filhos!"

<3

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Assim não rapaz!

Não sei o que se passa com o Francisco, que agora dá para acordar de madrugada, pronto para a brincadeira. Quando finalmente o consigo acalmar, fica uma eternidade para adormecer novamente (ele e eu, claro!)

Resultado, de manhã para acordar é um ver se te havias. Está ferradíssimo!

Dá-me cá uma pena tre de acordar o meu bebé!! (olhem lá que fofura! :) ) <3


segunda-feira, 1 de agosto de 2016

5 Dicas para saber se é uma birra ou um comportamento manipulador

Continuando o tema das birras que abordei neste post... ;)
O Francisco está com 20 meses e os famosos “terrible two” já começaram a dar o ar da sua graça. As birras começam a ser cada vez mais frequentes e às vezes não sei bem qual a reação que devo ter.

Eu já estava à espera, afinal de contas, passei pelo mesmo com o Gonçalo. Mas o facto de estar à espera não quer dizer que seja fácil! Às vezes fico sem saber se, perante aquela birra concreta, devo ralhar (sem gritar, claro!), pôr de castigo, ignorar…

Na maior parte das vezes zango-me. Digo-lhe que aquilo não se faz ou que faz dói-dói, mas também há alturas, quando ele insiste no comportamento que eu estou a tentar contrariar, em que o sento no “chão do castigo” (que não é num canto nem virado para a parede, porque isso faz-me confusão, e deixo-o lá uns 30 segundos). Também acontece com frequência tentar distraí-lo com uma coisa qualquer. Para já, esta tática ainda resulta bastantes vezes J

Mas ninguém melhor para dar dicas sobre birras do que a Magda Dias, do blog Mum´s the Boss. Seguem algumas:

5 Dicas para saber se é uma birra ou um comportamento manipulador

Ali entre os 18 e os 24 meses muitos pais referem-se a uma mudança (que por vezes é brusca) do comportamento da criança. Alguns dizem que, de repente, o anjinho virou diabinho e começam as famosas birras. Os ingleses até têm um termo para esta fase - os terrible two ou os terríveis 2 anos. Categorias à parte, afinal de contas o que é que está a acontecer?

Abaixo ficam 5 dicas para saber se afinal de contas o seu filho é um manipulador ou se faz mesmo parte desta fase.

1. Respire fundo

O que está a acontecer é, simplesmente, a criança a crescer e a ter uma maior noção de si e do que a rodeia. Até este período, esta consciência de si não existia. Agora que a criança começa a adquirir a marcha e a fala, percebe que está menos dependente dos adultos e que já pode uma série de coisas. Mas não é bem assim. Por uma questão de segurança, ainda não pode tudo. Só que ela não sabe disso e mostra a sua indignação e frustração desta forma. E é comum ouvir os pais a dizer que a criança os desafia - eu digo-lhe que o seu filho está a descobrir o mundo. E isso é uma aventura para ele, o que vai exigir atenção e paciência dos pais.

2.Não ignore nenhuma birra

É comum dizer-se que não se deve dar tempo de antena a uma birra. Muitos dizem que o melhor remédio para acabar com uma birra é mesmo ignorar a criança. Infelizmente, não é assim tão linear.

Há birras tão sérias e tão intensas que, deixar a criança desamparada, seria o mesmo que deixá-la sem cuidados quando cai e se magoa. Por isso, é determinante identificarmos o que está a acontecer naquela situação.

Mas antes de continuar, gostava que me dissesse se sabe em que altura é que o cérebro de um ser humano fica formado? Poderá ser uma surpresa para si mas os estudos referem-se aos 25 anos de idade. Isto prova que competências como a gestão do impulso e a autorregulação levam algum tempo a tornarem-se refinadas e maduras. Se tem de esperar até aos 25 anos do seu filho para ele saber gerir as birras? Claro que não! A sua ajuda e a qualidade das experiências que ele vai ter é que são fatores decisivos para esse amadurecimento.

3. Descubra que tipo de birra é!

Há autores que se referem a dois tipos de birras - e esta categorização vai ajudar-nos a olhar para os nossos filhos e a percebê-los melhor.

As birras do andar de baixo são as birras emocionais e são as mais difíceis de gerir para a criança. Há um turbilhão de emoções que lhe acontecem e, porque ela ainda não as sabe acolher, regular e gerir, dão a sensação de serem muito exuberantes e barulhentas. Nessa altura, o mais importante a fazer é retirar a criança do local e ajudá-la a acalmar-se. Podemos dar-lhe um abraço ou simplesmente chamar por ela e, com muita calma, ajudá-la a focar-se noutra coisa completamente diferente. Na grande maioria das vezes não há correção a fazer - estas birras acontecem por algum momento de frustração e tão depressa vêm como vão. É deixar a criança ir brincar.

As birras do andar de cima, ou seja, aquelas que acontecem na área mais executiva do cérebro, são comportamentos mais manipuladores e, mesmo sendo assim, estão certas. Porquê? Porque a criança sabe o que quer e atua nessa direção. Faz o que tem a fazer!

Como saber qual é a diferença entre estas e as de cima? Usando o cliché do chocolate - se nas do andar de baixo der à criança aquilo que ela quer, o comportamento mesmo assim não pára. Nas do andar de cima, a criança sossega. E isso vem mostrar-nos que, numa circunstância, ela estava a gerir-se e, na outra, não tinha essa capacidade.


4. Descubra quem é o seu filho

É fundamental olharmos para os nossos filhos quando estes comportamentos acontecem. Porquê? Porque só quando olhamos é que percebemos que tipo de linguagem o corpo e o rosto comunicam. Há miúdos que ficam muito tensos, choram com muitas lágrimas e outros que se deitam no chão. Cada um tem a sua forma de reagir. Ao pai e à mãe cabe a capacidade de olharem e descobrirem o que é que, afinal, a criança está a dizer.

5. Acolha os sentimentos - isso não significa ceder

Quando estamos perante as birras do andar de cima seria uma tontice ignorar a criança. Vale a pena acolher os sentimentos. Dizer-lhe que sabe que ela queria muito o chocolate ou ficar nos avós ou ainda ir dar mais uma volta no escorrega é meio caminho andado para ela se sinta escuta e que saiba que a mãe não rejeita o que ela lhe diz. E escutar não é ceder. É apenas acolher os sentimentos do seu filho. E há momentos em que ele pode ter o que mais deseja e outros em que não. Por isso é que ele não está contente e está no direito dele.

E sabe o que é isso? É a vida a acontecer.

Nota: Post escrito em parceria com a Milupa Comercial SA.

Um daqueles momentos

Vocês decerto conhecem aquela sensação de quererem reter determinadas situações que vivem com os vossos filhos (sim, ok, nós queríamos reter tudo, mas na impossibilidade disso ser possível…)

Ultimamente o Francisco tem feito uma coisa que me delicia. Do nada, sai de ao pé de mim e começa a andar todo lampeiro pela casa, com aquele rabo de fralda e andar de pinguim que me fazem derreter completamente. Na verdade ele não anda, corre. 

A correria é para ir buscar um livro. Escolhe, vem ter comigo e espera que eu me sente no chão. Depois, começa a andar à minha volta até se sentar e aninhar ao meu colo. E depois fica lá, todo aconchegadinho, pronto para ouvir e ver a história :)

Este é um desses momentos. Um momento simples, mas de uma doçura sem par! Um momento que eu quero reter para sempre, para me fazer sorrir e me aquecer o coração <3


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