quinta-feira, 19 de abril de 2018

Se este não existisse...

O Gonçalo é completamente aluado. Do género de eu o mandar ir lavar os dentes, ele ir (à quinquagésima vez, atenção!) e depois de entrar na casa de banho é capaz de se distrair com qualquer coisa que vê na bancada do lavatório e esquece-se completamente do que ia fazer.

Ontem ao jantar estava a contar-me como tinha corrido a escola. A dada altura conta-me um episódio que me fez rir imenso. Creio que contagiados por mim, ele e o irmão começaram a rir-se também, com gosto e que nem uns perdidos, e quando já estávamos todos mais calmos ele perguntou-me:

"Mãe, o que é que te contei agora mesmo e que nos fez rir tanto. Já não me lembro!"

Fazer o tempo voar

Adoro quando estou com alguém e sinto o tempo voar. Sei que pode parecer masoquista da minha parte mas, se analisarmos bem, se sentirmos isto é sinal de que foi agradável.

É tão bom "jogar conversa fora". Falar de tudo e de nada, sem reservas. É bom quando a conversa flui e as pequenas coisas são partilhadas... e se tornam grandes. 

Não são muitas as pessoas que me suscitam este estado de espírito (na verdade, são muito poucas) e, talvez por isso, sempre que acontece um momento assim sabe ainda melhor.

Convenhamos... um serão assim consegue ser regenerador.

Venham mais destes! 😊

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Paz


Uma das coisas que mais me "assustava" no facto de passarmos a ser três, era como é que eu ia fazer aos fins-de-semana? Como é que íamos poder fazer programas giros, estando eu sozinha a tomar conta deles (visto que ainda são os dois crianças e requerem uma atenção gigante)?

Durante a semana a logística já está alinhavada. Faz-se quase tudo em modo automático, com tudo de mau que isto tem, mas faz-se. É certo que por estar alinhavada não quer dizer que seja fácil, porque está a anos-luz de o ser, mas é diferente. Há rotinas e isso ajuda. A eles e a nós.

No fim-de-semana as coisas mudam de figura. Quero passar tempo de qualidade com eles. Quero proporcionar-lhes momentos giros. Daqueles que eles um dia vão recordar com saudades.

Mas fazer programas sozinha com duas crianças não é tão linear como possa parecer. Primeiro de tudo, tenho que pensar se é viável em termos de segurança. Por exemplo, evito parques ou espaços muito grandes, porque às tantas um vai para um lado e outro vai para outro e eu não tenho como ver os dois. Depois, e no meu caso, e porque apesar de terem apenas 4 anos de diferença, nesta fase, isso pesa, tenho que pensar em programas que sejam giros para os dois Por fim, tenho que partir do princípio que não vai ser fácil e, por isso, tento munir-me de doses extra de paciência.

Este fim-de-semana fomos ver a exposição do Escher, que está no Museu de Arte Popular, em Lisboa.

Não é barato, por mim e pelo Gonçalo paguei 15 euros (até aos 5 anos as crianças não pagam), mas achei que valeu a pena. A exposição está muito gira e tem muitas áreas interativas.

O Gonçalo adorou. Ficámos lá mais de duas horas, e teríamos ficado mais tempo se o Francisco não tivesse começado a ficar birrento e a querer vir-se embora (lá está, acontecem estas coisas). Pelo Gonçalo tínhamos ficado lá mais uma hora, para ele poder apreciar as obras com toda a atenção do mundo e ouvir as explicações dadas pelo áudio-guia.

Se foi pacífico? Não. Mas faz parte. O que interessa é que à medida que o tempo vai passando tenho chegado a uma conclusão. É que eu consigo! Tinha medo de não conseguir, mas consigo. Pode não ser fácil, e não é, mas a dinâmica a três está cada vez mais fluída e constatar isso dá-me uma sensação de paz e conforto que não sei explicar.

É como se costuma dizer: o tempo resolve tudo!

terça-feira, 17 de abril de 2018

O efeito do beijo

O Gonçalo anda intrigado com os efeitos especiais. Perguntou-me o que eram, como se faziam...

Lá tentei responder a tudo o que ele me foi perguntando, da forma mais simples que consegui. Obviamente, falei de filmes e dei alguns exemplos.

Fiquei na dúvida se tinha sido bem sucedida nas minhas explicações quando ele me perguntou:

"E os beijos, mãe? Os beijos na boca que os senhores dão nos filmes também são efeitos especiais?!"

(so sweet! :) )

domingo, 15 de abril de 2018

Ele não deixa de ter razão

Nos últimos dias constatei que o Francisco dá uma interpretação muito própria à frase "Tenho saudades tuas."

Para ele, a frase não pressupõe a ausência da pessoa, porque é sinónimo de "gosto muito de ti."

Apercebi-me disso porque esta semana, e talvez porque na semana anterior esteve quase 5 dias sem me ver, quase todos os dias, do nada, me abraçava enquanto me dizia, com aquela voz doce de bebé: "tenho muitas saudades tuas."

Escusado será dizer que me derretia toda!

De certo modo, ele não deixa de ter razão. Só sente saudade, só se sente a falta de alguém, quando se gosta muito, certo? ;)

Ou seja, este meu filho é um filósofo :)

sábado, 14 de abril de 2018

Sabe bem

É bom sentirmos que fazemos a diferença na vida de alguém. É bom sentirmos que alguém vê em nós um porto seguro. Um porto de abrigo.

Quando amigos nos procuram para desabafar "segredos inconfessáveis", porque "só confiam em nós" e porque "precisam mesmo de falar com alguém para se sentirem mais leves", não há como não nos sentirmos felizes por isso.

Na última semana vivi duas vezes esta situação e fiquei de coração cheio. Grata pela confiança e orgulhosa por saber que aquelas pessoas me veem com uns olhos que fazem de mim especial na vida delas.

No meio do caos, são coisas como estas que me dão fôlego ❤


sexta-feira, 13 de abril de 2018

O lado positivo


O Francisco é uma criança fácil de levar. É teimoso, sim, mas, no geral, tem bom feitio. Mas esta semana tem estado insuportável. Diz que não a tudo mil vezes, faz birras... a sério que não está fácil. Ontem foi de tal modo que não jantou nada de jeito.

Com estas coisas da comida stresso um bocado e, por isso, quando me fui deitar, fiz-lhe um biberon para lhe dar. Tirei-o da cama dele, pu-lo no meu colo e dei-lhe biberon, como quando ele era mais bebé.

Bateram-me umas saudades tão grandes!!! Uma nostalgia!!!

Não resisti e tive que tirar uma foto. Para ver se, de algum modo, conseguia fazer o tempo parar um pouco!

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Desapego

"Desapego não significa que nos desliguemos. Não precisa de ser um corte ou uma rutura. Desapego não é desistir. É deixar ir. Com reverência e gratidão. Um até já. Um até sempre. Desapego é ter respeito por nós. É amor, paz e sabedoria. É crescer." Mário Rui Santos
Continuo a praticar meditação e posso dizer-vos que me tem ajudado bastante. É muito mais difícil do que possa parecer mas, aos poucos, permite-nos mesmo ter uma perspetiva diferente da vida.

Como é óbvio, a realidade não muda, mas o facto de olharmos para ela com menos resistência torna tudo mais leve.

Aceitar. Deixar ir. Desapegar.

Estes têm sido os meus mantras e os meus desafios. Outros hão de vir. Um de cada vez.

Fofura infinita ou orgulho de mãe na escala máxima

Um dos trabalhos de casa do Gonçalo, para as férias da Páscoa, era escrever um texto sobre o melhor amigo dele. E ele escreveu este! O texto mais querido, amoroso e emotivo que uma mãe podia ler!

Quando o li, fui inundada por um sentimento de felicidade suprema. Por um orgulho imenso. E por um desejo profundo de que este sentimento dele para com o irmão, e vice-versa, se mantenha intacto ao longo da vida deles.

Um dia o Francisco vai ler esta carta e, nesse dia, tenho a certeza que ele vai confirmar o que já sabe: que tem muita sorte em ter o melhor irmão do mundo <3


Saudades mil

Não via os meus pequeninos desde terça-feira passada. Foram quase 5 (longos) dias sem os ver.

Eles chegaram ontem e as saudades eram mais que muitas. Pareceram-me mais crescidos e, por mim, tinha ficado horas a dar-lhes abraços e beijos (assim eles deixassem :) )

Durante o mês estou praticamente quase sempre com ele. Somos nós os três, intensamente, com o que isso tem de bom e de menos bom. Por isso, não os ter lá em casa tanto tempo deixa-me um sentimento de vazio imenso. Fico com aquela sensação de que me falta alguma coisa. De que me falta um pedaço.

Não vou dizer que estes dias não me souberam bem. Porque souberam e muito. Acima de tudo, precisava. Apesa de ter estado a trabalhar, deu para descansar mais. Deu para dormir. Para ter um tempo para mim. Deu para correr menos.

Mas, apesar disto tudo, a verdade é que só me sinto completa e feliz com eles ao meu lado. Afinal de contas, são eles a minha grande companhia. São eles a minha vida.

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