terça-feira, 23 de outubro de 2018

Isto deve ter um nome em psicologia

Agora, quando está na dúvida entre duas coisas, o Francisco anda com a mania de me pedir para decidir Mas coisas simples, como querer que dê a minha opinião sobre se ele deve comer um iogurte líquido ou de colher.

Como ele sempre foi super autónomo e despachado, esta atitude não bate certo com aquilo que tem sido, e que acho que é, a sua personalidade. Por isso, tento contrariar um bocado isto, dizendo-lhe que eu posso ajudar, claro, mas que só ele é que pode saber o que lhe apetece. Tento explicar-lhe que há certas coisas que ninguém pode, nem deve, decidir por nós.

Das vezes em que já tinha acontecido esta situação, ele acabou sempre por acatar a minha sugestão, mas, dado os últimos acontecimentos, chego à conclusão que foi apenas pontaria da minha parte.

Passo a explicar.

Um destes dias ele voltou a fazer o mesmo.

"Achas que coma o iogute ou a banana?"

Como já sabia que ele ia insistir, disse para ele comer a banana.

"Mas o que é que achas?" - insitiu ele.

"Já disse, a banana." - repeti.

"Mas achas mesmo?!" - perguntou.

"Simmmmmm."

"Mas o que é que achas?! - questionou-me ele pela quarta vez.

"O iogurte." - disse eu, já farta da conversa.

"Está bem, eu como o iogurte!"

E foi-se embora, com o iogurte na mão, e com um "está bem" daqueles que dão mesmo a ideia à outra pessoa que nos estão a fazer um favor ou que a nossa opinião foi importante e determinante!

Sabe muito, este!

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