Agora, quando está na dúvida entre duas coisas, o Francisco anda com a mania de me pedir para decidir Mas coisas simples, como querer que dê a minha opinião sobre se ele deve comer um iogurte líquido ou de colher.
Como ele sempre foi super autónomo e despachado, esta atitude não bate certo com aquilo que tem sido, e que acho que é, a sua personalidade. Por isso, tento contrariar um bocado isto, dizendo-lhe que eu posso ajudar, claro, mas que só ele é que pode saber o que lhe apetece. Tento explicar-lhe que há certas coisas que ninguém pode, nem deve, decidir por nós.
Das vezes em que já tinha acontecido esta situação, ele acabou sempre por acatar a minha sugestão, mas, dado os últimos acontecimentos, chego à conclusão que foi apenas pontaria da minha parte.
Passo a explicar.
Um destes dias ele voltou a fazer o mesmo.
"Achas que coma o iogute ou a banana?"
Como já sabia que ele ia insistir, disse para ele comer a banana.
"Mas o que é que achas?" - insitiu ele.
"Já disse, a banana." - repeti.
"Mas achas mesmo?!" - perguntou.
"Simmmmmm."
"Mas o que é que achas?! - questionou-me ele pela quarta vez.
"O iogurte." - disse eu, já farta da conversa.
"Está bem, eu como o iogurte!"
E foi-se embora, com o iogurte na mão, e com um "está bem" daqueles que dão mesmo a ideia à outra pessoa que nos estão a fazer um favor ou que a nossa opinião foi importante e determinante!
Sabe muito, este!
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