segunda-feira, 23 de março de 2015
Amamentar em Público ou Quando o Estado NÃO dá o exemplo
Hoje de manhã fui à Loja do Cidadão das Laranjeiras. Eu e o Marco tínhamos de renovar o nosso cartão de cidadão e aproveitámos e levámos o Francisco para fazermos o dele.
Apesar de não ter sido uma coisa muito demorada, porque tirámos senha prioritária, demorou o suficiente para o Francisco ter ficado com fome. Fui perguntar se tinham algum espaço mais reservado para o amamentar e, como calculava, a resposta foi negativa.
Antes de avançar recordo que não sou fundamentalista da amamentação, bem pelo contrário; e quem me acompanha sabe bem disso.
Adiante.
Não tenho nada contra amamentar em público. Já o fiz algumas vezes e não vejo mal nenhum nisso. Ter um filho que mama em livre demanda faz com que seja inevitável amamentar em público de vez em quando. É isto ou então ficar prisioneira em casa ou deixar o meu filho a chorar com fome; duas opções que, obviamente, não se colocam. Pelo menos para mim!
Eu reconheço que esta situação possa gerar algum constrangimento em algumas pessoas, sobretudo nas mais velhas e em alguns homens. Reconheço e compreendo. Mas já não entendo alguns [pudores quanto a mim absurdos] a este respeito.
Mas não tendo eu absolutamente nada contra amamentar em público, confesso que prefiro fazê-lo com privacidade e num ambiente calmo (e a casa de banho não entra nesta categoria!). Por este motivo, acho importante, se não mesmo dizê-lo imperativo, que certos locais tenham áreas reservadas para o efeito... E as Lojas do Cidadão estão entre eles.
Estamos a falar num espaço onde situações de espera são frequentes e é normal que haja mães que precisem de amamentar os seus filhos. Contudo, se nem o Estado é sensível a esta questão nem dá o exemplo, torna-se complicado esperar que outros espaços e entidades o façam.
Não estou a par se em Portugal a lei protege ou não a mãe que amamente em público mas, se não o faz, mais um motivo para o Estado estar mais atento e mostrar que é sensível à questão da amamentação.
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Sigo o seu blog há algum tempo apesar de não comentar...
ResponderEliminarTambém amamento e também não me considero fundamentalista nesse campo.
Em alguns locais públicos nem fraldários há, quanto mais "amamentários". A começar por alguns centros de saúde...
E quando uma pessoa se predispõe a alimentar um filho em público é o valha me Deus...parece que não sabem que são mamíferos...
um beijinho
Lia
http://opsidascoisas.blogspot.pt/