segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

38 semanas e 6 dias: a gravidez e a imagem

Queria ter tirado mais fotos com o Gonçalo mas isso acabou por acontecer apenas nos primeiros meses devido à falta de colaboração da criatura :P
Ao longo da minha gravidez fui tirando fotos à minha barriga. Quis registar a evolução para recordação... E também para vos mostrar, independentemente de como ficasse.

Da gravidez do Gonçalo engordei 17 quilos e não posso dizer que tenha lidado com isso a 100%. Portanto, a ideia de me mostrar balofinha não me era de todo agradável, mas achei que desse no que desse, deveria fazê-lo. Porque sim.

Sei que seria politicamente correto se viesse para aqui dizer que não me importei por ter engordado. Que o que me interessava era única e exclusivamente a gravidez... mas estaria a mentir. Na altura do Gonçalo não gostei de me ver tão gorda, nem tão pouco me sentia bem assim. Sempre fui magra e acho que isso dificultou... Por outro lado, depois de ter tido o Gonçalo não foi mais fácil. Quando percebi que mesmo depois de ter o meu filhote havia uma barriga flácida que se mantinha, também não a vi de ânimo leve. Na minha ingenuidade pensei que ficaria igual a "antes" assim que tivesse o bebé.

E se não conseguisse eliminar a barriga? E se não voltasse à minha forma antiga? Afinal, há tanta gente que diz que nunca mais voltou ao que era... E se eu fosse uma dessas pessoas?

Ok. Não era o fim do mundo, nem pouco mais ou menos, mas não era algo que me agradasse e não tenho de fingir que não me importaria com isso.

A verdade é que voltei rapidamente à minha antiga forma. Nem três meses depois já vestia toda a minha roupa de pré-grávida; coisa que consegui através de uma alimentação equilibrada, graças a muito cansaço e à genética e idade. Fiz também algumas sessões de drenagem linfática manual, porque da primeira gravidez fiz muita retenção de líquidos. Além disso, assim que regressei ao trabalho, retomei o ginásio.

Desta vez não sabia se iria ser igual ou não, mas achei que, independentemente da grávida que fizesse, teria de lidar com a realidade fosse ela qual fosse. Então toca de tirar fotos simples e sem maquilhagem. A produção fotográfica de grávida também estava nos meus planos, mas seriam coisas diferentes.

Posto isto, o resultado foi este que está abaixo. Engordei cerca de 11 quilos e, hoje, duas semanas depois de ter tido o Francisco (faz amanhã), já visto algumas calças que tinha, mas ainda há outras que não apertam por nada. A tal barriga flácida que se manteve logo após ter tido o Gonçalo, e que tanto detestei, está cá outra vez outra vez e o pior é que não me posso pôr a fazer abdominais à parva para a perder. Logo após o parto deve-se procurar profissionais qualificados antes de se começar a fazer exercício e a verdade é que ainda não tive oportunidade de o fazer. Já para não falar no facto de se dever esperar cerca de 4 semanas, em caso de parto normal, para iniciar o exercício físico.

Queria ter tirado uma foto no primeiro dia das 39 semanas, já que era suposto que ele nascesse no dia seguinte, mas ele antecipou-se e nasceu um dia antes ;)

Sei que muitas mulheres criticam aquelas que se preocupam com o corpo/ imagem nesta fase. Como se isso significasse que se preocupam com o corpo EM VEZ de se preocuparem com a gravidez. E como se não fosse possível haver um cuidado/ preocupação simultânea; mesmo que com pesos totalmente diferentes.

Pois eu preocupo-me, quero saber e acho legítimo. O tempo em que as mulheres nasciam para ter filhos e depois se anulavam completamente enquanto mulheres já lá vai. Ficou no tempo da Maria Caxuxa e acho muito bem. Uma mulher que se sinta bem com ela é mais feliz e acredito que uma mulher mais feliz é capaz de ser melhor mãe. De transmitir mais energia positiva ao filho. Já para não falar no marido, que também existe em toda esta equação, e que decerto agradecerá que esse cuidado exista. Mas seja como for, acredito que a mulher o deva fazer, em primeiro lugar, por ela e para ela. E não. Não acho que seja uma questão de egocentrismo ou futilidade. É uma questão de amor-próprio.

É claro que a preocupação e cuidado com a imagem não passa, unicamente, pelo peso. Mesmo quando existe uma maior dificuldade em emagrecer, isso não quer dizer que a pessoa deixe de se arranjar. Uma mulher que se vista em vez de ficar de pijama o tempo todo, que se penteie, tenha as unhas arranjadas, ponha um corretor de olheiras, um gloss... qualquer coisa que a faça sentir bonita e bem com ela própria, está a fazer por ela, mas também por quem ama. Acredito mesmo nisto!

4 comentários:

  1. Eu também acho que há que haver um meio termo, o conforto e a feminilidade não nos abandonam quando estamos grávidas! Já falei disto lá no blog, não gosto mesmo nada ver aquelas grávidas descabeladas, sempre de fato de treino ou calças beges... já lá vai o tempo como diz. Eu adoro arranjar-me seja grávida ou não :) mas é certo que durante a gravidez me tenho sentido mais "especial" ;)

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  2. Que giraça! por cá ando a tentar tirar fotos com o meu Diogo mas em 22 semanas apenas consegui uma!! Uma!

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