sábado, 1 de março de 2014

As férias (ou a espécie de…) e o voar do tempo


Já aqui o disse. As férias, sobretudo as de verão, funcionam para mim como uma espécie de marcos de crescimento do meu filho. Por exemplo, nas nossas primeiras férias de verão a três, faltava um mês e meio, mais ou menos, para o Gonçalo fazer um ano, já ele estava quase a andar. Os sustos que apanhámos, minha nossa senhora...

No ano seguinte, quase a fazer dois, já ele andava há quase um ano, mas não falava quase nada. (um parêntesis para dizer aos pais que têm os filhos a fazer quase dois anos e que ainda não falam nada de jeito - e que têm a vossa família a comentar o facto e a fazer comparações com o miúdo não-sei-quê do 4º andar, deixem-me dizer-vos para terem calma. Falem lá com o pediatra para ficarem mais descansados, mas posso dizer-vos que mal fez dois anos, o meu rapaz não só começou a falar, como até hoje ainda parece que tenta compensar o tempo perdido. Às vezes até inspira fundo para ganhar fôlego ;) )

No ano passado, quase com três, estávamos a tentar fazer o desmame da fralda. Fazer o mesmo com a chucha ainda parecia uma miragem.

Este fim-de-semana, ainda que não sejam de férias de verão (infelizmente), está na mesma a ter um pouco o mesmo efeito de "marco" (creio que por ser aqui, em Sta. Eulália, onde passamos sempre as férias. Desta vez, apenas 6 meses depois, já não há fraldas, chuchas, não trouxemos biberons… enfim… trouxemos a roupinha dele, tal e qual como fizemos com as nossas coisas. E isto tem tanto de fantástico e prático, como de nostálgico.

Vê-los crescer é qualquer coisa de mágico e poético. Ver a evolução deles é o expoente máximo da natureza humana. Contudo, isso não quer dizer que não assuste.

Ver o tempo voar, por mais que o tentemos agarrar tantos dias com as nossas mãos e coração, assusta e chega a proporcionar alguma dor física.

Sabemos que temos/devemos e queremos usufruir ao máximo cada segundo. Fazêmo-lo muitos dias, falhamos redondamente noutros, mas amamo-los todos os dias, com todos os pedaços do nosso ser. E, nestes dias, em que eu e o Marco nos apercebemos, quase em choque, como ele cresceu tanto em tão pouco tempo, invade-nos um orgulho imenso e uma felicidade sem fim, mas também se junta a tudo isto uma estranheza que se entranha na alma.



3 comentários:

  1. Como gostei de ler este post... é mesmo isto que "nós pais" sentimos quando nos apercebemos como eles crescem... e o tempo voa!

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    1. Voa rápido demais, não é? Resta-nos fazer tudo para sugarmos ao máximo cada segundo com eles. Beijinhos ML

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  2. e agora também eu fiquei nostalgica..a minha filhota tem a mesma idade que o Gonçalo..tem passado pelas mesmas fases verão após verão..e este verão já será uma menina crescida, não usa fraldas ou biberons, fala tudo e está uma espertalhona.. é mesmo um misto de orgulho e saudade!! :')

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