Este domingo
eu e o M. lá ganhámos coragem e deixámos o Gonçalinho em casa dos meus pais.
Sem dúvida que sabe bem. Pudemos falar num tom de voz normal, em vez de sussurrar,
enquanto víamos uma série; a própria série estava com um volume de som próprio
de pessoas normais e não de tísicas; dormimos a noite toda, sem acordar uma
única vez; acordámos por nós e não por causa de um “despertador choroso”;
preparámos o pequeno-almoço e arranjámo-nos com muuuita calma… enfim. Aparentemente,
tudo parece fantástico, não é?
“The thing is”…
já não sei viver assim. Já não sabemos viver assim. É verdade que sabe bem ter
momentos como estes, mas o melhor de tudo é serem só momentos. Com um prazo de
vida curto e limitado. O melhor de tudo é saber que estes momentos acabam
rápido e que voltaremos rapidamente ao rebuliço, à confusão, ao barulho, à
desarrumação e ao caos absoluto que só uma criança pequena consegue dar a um
lar.
Sem dúvida! Identifico-me em absoluto com a tua maneira de pensar. É o que eu digo, a partir do momento em que temos filhos, deixamos de saber viver na paz e no sossego. Eles conseguem virar uma casa de pantanas, eles conseguem fazer-nos suspirar por uns minutos de silêncio mas a casa sem eles é, como dizes, um sossego que horror!
ResponderEliminar:) sim, é um sossego estranho! Com um sabor agri-doce!
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