domingo, 22 de julho de 2012

Que sossego... que horror!


Este domingo eu e o M. lá ganhámos coragem e deixámos o Gonçalinho em casa dos meus pais. Sem dúvida que sabe bem. Pudemos falar num tom de voz normal, em vez de sussurrar, enquanto víamos uma série; a própria série estava com um volume de som próprio de pessoas normais e não de tísicas; dormimos a noite toda, sem acordar uma única vez; acordámos por nós e não por causa de um “despertador choroso”; preparámos o pequeno-almoço e arranjámo-nos com muuuita calma… enfim. Aparentemente, tudo parece fantástico, não é?

“The thing is”… já não sei viver assim. Já não sabemos viver assim. É verdade que sabe bem ter momentos como estes, mas o melhor de tudo é serem só momentos. Com um prazo de vida curto e limitado. O melhor de tudo é saber que estes momentos acabam rápido e que voltaremos rapidamente ao rebuliço, à confusão, ao barulho, à desarrumação e ao caos absoluto que só uma criança pequena consegue dar a um lar.



2 comentários:

  1. Sem dúvida! Identifico-me em absoluto com a tua maneira de pensar. É o que eu digo, a partir do momento em que temos filhos, deixamos de saber viver na paz e no sossego. Eles conseguem virar uma casa de pantanas, eles conseguem fazer-nos suspirar por uns minutos de silêncio mas a casa sem eles é, como dizes, um sossego que horror!

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