Este calor e sol prometem manter-se este fim-de-semana e eu
já só penso na praia. A ver se amanhã à tarde vou com o maridão e com o reguila
desfrutar dos prazeres do verão e aproveitar para me estender um bocado ao sol
como eu gosto, à la camaleão.
No nosso caso, para conseguirmos aproveitar alguma coisa, eu
e o M. temos de fazer turnos: durante um tempinho (não determinado com
exatidão) fica ele encarregue de dominar e entreter o “traquina de serviço” e
depois é a minha vez. E como ele se diverte! Chegar perto do mar é que não é
com ele. Diz que tem medo e que a água está fria e eu também não o forço. Acho
que seria pior a emenda que o soneto. Quando formos para o Algarve tenho
esperança que ele perca este medo. De qualquer modo, com banhos de mar ou sem
eles, o G. delira quando vamos à praia. Brinca com os baldes, pás, com as
formas de areia, com o moinho de vento, com as algas, continua a comer areia, escondemos
os pés dele num buraco e depois eu finjo que os vou procurar a léguas… o que
ele se ri com este disparate. Acho que ele acredita mesmo que eu ponho a
hipótese dos pés dele podem estar a 10 metros de distância! Esta ingenuidade
mata-me de emoção! É tão boa e deliciosa. É tão bom saber que os nossos filhos
são privilegiados por poderem viver esta ingenuidade, assim como todas as
etapas que os bebés e crianças deveriam (obrigatoriamente) de poder viver/passar!
Sempre fui crente, mas desde que tive o Gonçalo que o
sentimento de que fui abençoada é mais forte e constante. Enche-me a alma saber
que ele tem tanto amor à volta dele. Definitivamente, acredito que não é a
riqueza que faz uma criança feliz, por mais que o dinheiro ajude (porque ajuda
e não é pouco!). Estou certa que se todas as crianças tivessem o
que o Gonçalo tem – e nesta lista, a haver coisas materiais, estaríamos a falar
de uma casa para viver, um quarto com o espacinho dele e outras coisas que
deveriam de ser um direito da criança – decerto que o mundo seria um lugar bem mais
cor-de-rosa.
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