quinta-feira, 26 de julho de 2012

Feliz dia dos avós!



Penso muitas vezes que pelo andar da carruagem os “avós”, enquanto figura familiar, têm tendência para desaparecer. É um pensamento assustador, eu sei, mas pensem comigo: por força das circunstâncias (cursos, estabilidade profissional e monetária, etc) é-se mãe/pai cada vez mais tarde e por isso a probabilidade dos filhos se reproduzirem já quando os pais são velhinhos, ou já passaram para o lado de lá, é grande. E isto é triste. Muito triste. Dramático mesmo!

Todas as crianças e adolescentes deveriam de ter avós. São figuras essenciais e fundamentais no nosso crescimento. O mimo deles é único, incomparável e inigualável. Mais ninguém nos mima assim. Nem os próprios pais. Porque os avós não nos dão limites. Os avós deixam-nos comer farturas antes do jantar, mesmo que nos "desbronquemos" aos nossos pais e eles se zanguem com os avós (sim, é uma experiência pessoal; a minha avó comprava-me farturas e pedia-me para não dizer à minha mãe e eu assim que a via dizia-lhe. E a minha avó o que é que fazia perante esta atitude? Se fosse preciso voltava a dar-me farturas no dia seguinte e voltava a pedir-me para eu não dizer nada à minha mãe, sabendo perfeitamente que eu o iria fazer. Acredito que no íntimo dela ela pensava: "prefiro fazer feliz a minha neta, mesmo que isso implique que a minha filha ralhe comigo!" Há lá maior prova de amor?

Agora são os meus pais e sogros que estragam o Gonçalo com mimos. Eu às vezes passo-me por dentro, claro, faz parte, mas no fundo fico muito feliz e grata por ele poder usufruir deste mimo. Por ele poder sentir este amor que só os avós sabem dar.

Só espero que o Gonçalo possa sentir e viver este mimo e amor por muitos e muitos mais anos.

Feliz dia dos avós! Aos meus, aos do Gonçalo e para todos os (bons) avós do mundo!

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