Tudo o que interessa é que os nossos filhos sejam e se sintam felizes. Tudo o resto é secundário! Foto: Pinterest |
Posso dizer que cerca de um mês depois de ter iniciado as consultas eu já sentia diferenças. Não sei dizer se foram as consultas que resultaram de forma isolada - sinceramente, acho que foi por uma série de factores - mas não tenho dúvidas de que elas contribuíram, e muito, para ele ter acalmado.
Se eu soubesse, talvez tivesse agido mais cedo, mas... acho que nenhuma mãe gosta de recorrer aos serviços de um psicólogo. Há algum pudor e, porque não chamar as coisas pelos nomes, preconceito.
Levar um filho a um psicólogo é assumir várias coisas, nenhuma delas boa. Um, que os nossos filhos não estão bem; dois, que eles não se estão a portar como a sociedade espera que se portem; e três, que de algum modo não estamos a conseguir educá-los e que, por isso, precisamos de pedir ajuda.
Isto era o que eu pensava, confesso, mas a minha opinião mudou muito.
Se o nosso filho está a ter um comportamento desajustado e nós, enquanto pais, não o estamos a conseguir ajudar, devemos, acima de tudo, pensar neles. No bem estar deles. No limite, o que temos de pensar é que eles precisam de ajuda e, por isso, precisamos de pôr os nossos preconceitos, e até o nosso orgulho, de lado. Afinal de contas, só uma coisa nos tem de importar e interessar enquanto pais: que os nossos filhos sejam felizes e se sintam felizes!
Não vale ser egoísta quando se fala no bem estar dos nossos filhos!
Hoje, vejo o facto de termos procurado ajuda profissinal, acima de tudo, como um ato de amor.
Cada vez conheço mais pais que levam os filhos a psicólogos, por vários motivos diferentes, mas quase todos eles demoraram imenso tempo até tomar a decisão; pelos motivos que apresentei há pouco.
Também não acho que se deva correr imediatamente para um psicólogo se a criança fizer uma birra mais feia ou, num dia em particlar, demonstre um comportamento mais estranho. Não é nada disso! Mas tapar o sol com a peneira também não me parece ser a solução.
Depois de ter escrito o post em que falava no Gonçalo, tive imensas pessoas a enviar-me mails porque achavam que os filhos (e elas próprias) também precisavam da ajuda de um profissional - mas que andavam a adiar tomar esta decisão por medo, receio ou vergonha - e que o meu post as ajudou a darem o passo seguinte. E hoje voltou a acontecer!
(Nem imaginam como é bom saber que, de algum modo, posso ter feito a diferença na vida de uma família! <3 )
O meu filho com 3 anos foi ao psicólogo. Quando digo isto a alguém as pessoas reagem de uma maneira minimamente estranha...perguntam assombrados o que ele tem. Tem/tinha pânico das batas brancas e a psicóloga ajudou-o imenso a superar isso.
ResponderEliminarEu já numa altura da minha vida fui a várias consultas e ajudou-me imenso.
Ainda bem :) beijinhos
EliminarJá fazia algum tempo que não vinha à Net ver os blogues que eu sigo, e confesso que fiquei triste por saber o que estava a passar com o Gonçalo. Mas fez muito bem em leva-lo a um psicólogo pois só demonstra que é uma excelente mãe e que só quer o bem do seu filho. É necessária muita coragem para se admitir que um filho nosso tem problemas, mas é um gesto louvável procurar ajuda para os solucionar. Eu ainda não passei por esta situação, mas se um dia tiver de o fazer... lá terá que ser! Eu só quero o bem dos meus filhos! Amo-os demais para permitir que sejam marginalizados só porque não procuro ajuda de profissionais para me ajudarem!...
ResponderEliminarTal como aconteceu com Xica Maria, eu própria tive de recorrer a consultas de psicologia. E confesso que neste momento sinto necessidade de o fazer novamente!...
Um grande abraço de mãe para mãe
Olá Dulce. Obrigada pelo carinho. Não é nada grave e há de se resolver ;)
EliminarQuanto à Dulce, se acha que precisa, não adie. Evite que as coisas ganhem proporções que se calhar não têm.
beijinhos e que corra tudo bem
Sou estudante de Psicologia e seguidora do Blog, e fico bastante feliz que cada vez mais se consiga ultrapassar este estereótipo criado de que apenas quem vai ao Psicólogo é quem tem problemas mentais.
ResponderEliminarNo entanto, há ainda um longo caminho a percorrer.
E fico bastante feliz que o Gonçalo esteja mais ajustado e feliz, porque isso sim, é o mais importante :)
Há um longo caminho, sim. Infelizmente. Mas acho que já demos uns passinhos :)
EliminarFico também muito feliz por saber que gostou do post. E obrigada pelas suas palavras. beijinhos
Tiveste uma atitude bastante sensata.
ResponderEliminarTomara muitos pais terem a mesma sensibilidade.
O que está menos bem pode e deve ser melhorado.
Proletar determinadas situações pode agudizar ainda mais alguns comportamentos.
Parabéns pela tua opção e por colocares esta situação aqui, para o "´público". Ajudará muitas pessoas, certamente!
Beijinho do coração
iAna
Muito obrigada querida Ana. Beijos grandões
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