Desta vez a minha dúvida prende-se com o seguinte: o que é que é suposto eu dizer ao meu filho, quando ele me diz, mais do que uma vez, que o amigo "x" lhe bateu?
De início fiz aquele papel do, "Ahhh, que chato! Deixa lá, foi sem querer!"
É óbvio que são coisas de crianças e na minha cabeça não há motivo para valorizar. Até porque sei que o Gonçalo também tem mau-feitio e gosta de tudo à maneira dele (aqui para nós que ninguém nos ouve, é mimado, é o que é. E a culpa é minha e do pai. Chiiiiu!)
Pelo que entendo, o motivo é sempre o mesmo. Querem os dois o mesmo brinquedo. Tentei passar também a mensagem da partilha, e que têm todos de brincar e que por isso tem de brincar um, um bocadinho, e depois o outro, outro bocadinho… a lenga-lenga (creio que) típica destas situações.
Bem… mas quando ele volta a dizer o mesmo, do mesmo menino, e que ele é que começa, é suposto eu dizer o quê?
Dizer para não fazer nada está fora de questão, porque quero que ele seja uma criança desenrascada. Não quero que seja um miúdo que leva e cala.
Dizer-lhe para ele dizer à educadora ou auxiliar é menos mau, mas também não quero que ele seja queixinhas, nem que o chamem de tal. Um miúdo queixinhas é meio passo andado para ser gozado pelos amigos.
Dizer para ele dar o troco, com a advertência de que não quero que ele bata primeiro, parece-me menos mau, tenho de confessar, mas também não gosto de o incentivar à violência. Depois acontece como na semana passada, que um amigo dele lhe bateu e ele não faz mais nada: dá-lhe com um carro na cara e o miúdo fica a sangrar do nariz. Caramba, também não quero isto!
Resultado: acho que pela primeira vez não sei o que lhe dizer. Já me aconteceu, muitas vezes, não saber o que fazer, mas o que lhe dizer... esta vai entrar no primeiro lugar dessa lista. Uma lista que sei que tende a aumentar de tamanho!
Tenho duas filhas gémeas que passam pelo mesmo...o que digo sempre é para uma ir brincar com outra coisa e depois qualdo tudo "acalmar" voltar ao brinquedo inicial...com uma costuma resultar com a outra nunca resulta...
ResponderEliminarhttp://dcabanas.blogspot.pt/
Eu falava com a educadora...
ResponderEliminarEu sei que é politicamente incorrecto e que supostamente temos de pensar de forma abrangente e tal, mas nesse pontõ, para já não penso de outra forma... quanto menos nos defendemos mais provável é sermos saco de pancada. Se o meu filho um dia me disser que lhe andam a bater, dificilmente não direi para que se defenda... espero conseguir transmitir-lhe certos valores mas não quero que a moral se sobreponha em casos destes. Não se bate, mas se nos batem, denfendemo-nos. Por norma o agressor muda de alvo...
ResponderEliminarO agressor mudar de alvo não resolve a questão. Não bate na nossa criança, mas bate nos outros. Falar com os adultos que acompanham os miúdos continua a parecer-me o mais sensato!
EliminarTambém tenho passado pelo mesmo dilema. Acabei por ter de dizer: tens de te defender! Felizmente, já chegou a casa todo orgulhoso: mamã, defendi-me! Não sei bem o que se passou, mas já deixou de estar aflito por ir para o colégio que tinha, como ele diz, "meninos maus".
ResponderEliminarObrigada a todos pelas opiniões e sugestões. De facto é complicado saber como agir, até porque nestas idades eles inventam muito. Não com a intenção de mentir, mas porque veem o mundo à maneira deles. Mas sou adepta do "tenta defender-te, mas se não der, dá o troco!"… mas de preferência sem ser com objetos! :S
ResponderEliminar