segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Sintra, a minha vila do coração!


Durante anos, na minha adolescência, as minhas tardes de sábado eram passadas aqui, em Sintra.  Muitas vezes sozinha, outras com amigos... não era que tanto me fizesse, mas ir a Sintra funcionava como uma espécie de catarse da semana, que me permitia também carregar as energias para a semana que estava para vir, de modos que me sabia bem ir a Sintra fosse de que maneira fosse.

Ia de comboio e depois fazia o percurso a pé. Pelo caminho, parava quase sempre na Sapa; o meu sítio preferido para comer queijadas e que tem uma salinha com vista para o Palácio da Vila que é uma coisa deliciosa de romântica e de acolhedora. Quando está a chover, então, dá vontade de lá ficar horas, a escrever à moda antiga - com papel e caneta - e a beber café ou chá. Depois do meu ritual na Sapa, parava na porta ao lado: um alfarrabista pequeno, com o cheiro típico, e tão bom, a livros. A seguir ia a pé até à vila. Uma vezes fazia o caminho pela estrada principal, outras optava por ir por dentro, pelo Parque da Liberdade. Chegada à Vila, continuava a subir em direção à Regaleira e o meu último "poiso" era numa "cascata" que fica ali perto ou então no Palácio de Seteais.



Sabiam-me pela vida estas tardes e sempre que vou a Sintra - agora muito amiúde, uma vez que já não moro tão perto - lembro-me desses dias e tenho imensas saudades e vontade de voltar mais vezes.

Ontem, fui lá com o Gonçalo e com os meus pais e, como sempre, adorei.

Os anos passam e Sintra continua a despertar em mim sentimentos inexplicáveis. Há uma energia imensa naquela vila e uma beleza inesgotável, visível nas mais pequenas coisas.

Sintra foi, é, e desconfio que sempre será, a minha vila do coração!


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