segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Socorro, a minha casa foi invadida por brinquedos


Já tinha ouvido falar no fenómeno, mas até ao momento ainda não o tinha sentido na pele.

Muitas amigas e conhecidas diziam-me que de vez em quando tinham de fazer "limpezas" aos quartos dos miúdos e selecionar (leia-se despachar) parte da tralha/brinquedos que eles tinham, mas eu não tinha esses problemas. É claro que já fiz esta "limpeza" ao quarto do Gonçalo, mas sempre por questões evolutivas, ou seja, porque "aqueles" brinquedos deixaram de ser os mais adequados à idade.

A verdade, é que até agora o Gonçalo nunca tinha tido muuuitos brinquedos, simplesmente porque ele não tinha bonecos preferidos. Adorava - e adora - guitarras, e tem tido uma por ano, gostava de brincar com os Legos, mas era só. E por ser só, sempre achei que não devia de ser eu a alimentar a febre dos brinquedos. Por isso, nos Natais e aniversários comprava-lhe o que ele realmente precisava, ou que o podiam estimular de algum modo, e ignorava a bonecada das prateleiras. A única coisa que eu sempre lhe comprei com regularidade e sem medo de exagerar, foram livros. Sempre que posso, compro-lhe livros. Para mim, os livros não precisam de datas festivas para serem oferecidos e só espero que ele continue a ter com os livros a relação que tem hoje (e que eu os possa comprar, claro!).

Mas se estou com este paleio todo, é porque as coisas mudaram este ano, quando ele fez anos (a semana passada). Pela primeira vez, notei uma perceção da parte dele do que se estava a passar e ele já vai tendo os gostos mais alargados e não se inibe de pedir. Este ano, já teve brinquedos com fartura (dos pais, dos avós, dos tios, dos primos e dos amigos) e agora dei por mim no quarto dele, a demorar séculos a arrumar uma catrefada de bonecos e jogos e a pensar onde é que raio é que eu iria pôr tanta coisa! É que não estão a perceber, se ele receber mais um brinquedo que seja, o quarto rebenta!


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