Mães das quais fujo a sete pés

Há dias conheci uma daquelas mães que me irritam solenemente e que pagava para não ter de me cruzar com elas. Daquelas que apregoam que os filhos delas sempre comeram muito bem, sempre dormiram muito bem, sempre se portaram muito bem, sempre não-sei-quê muito bem... tudo muito bem! E sabem porque é que me irritam? Porque são mentirosas. Porque as crianças não são assim e É NORMAL que não o sejam! Irritam-me, porque quando elas têm estas conversas de chacha, no fundo o que elas querem é que as julguemos superiores(comigo estão cá com uma sorte!). É pena é não perceberem que só enganam quem não tem filhos.

Podem pensar que é a inveja a falar, mas juro que não: primeiro porque não acredito que haja crianças que sejam "muito bem" em tudo e, se houver alguma, acreditem que a coisa está é muito mal. As crianças são espontâneas, energéticas, alegres, puras, genuínas... E nada disto se coaduna com comportamentos repressivos, cheio de regras e etiquetas. Já chega terem de ser assim quando crescerem.

O motivo pelo qual eu mais abomino este tipo de mães, é por acreditar que é por causa delas que existem tantos mitos em relação à maternidade e, por vezes, se geram tantas frustrações no início, quando o bebé nasce. Além do mais, abomino-as porque acredito que elas nem sabem valorizar os filhos. Se soubessem, não andavam para aí a dizer que eles são o que não são. Sim, porque esse ser apático e paxá, que é como elas adjetivam os filhos sem darem por isso, como se fosse motivo de orgulho, não existe. Está só nas cabeças delas e isso é triste.

Pois eu tenho um recado para essas mães: Há noites em que o meu filho não me deixa dormir como deve de ser, há refeições em que é um 31 conseguir que ele as coma e ele é traquina até dizer chega. E sabem que mais? AMO-O tal e qual como ele é. Não o trocava por nada e sinto-me totalmente plena de felicidade por o ter assim!