sexta-feira, 7 de setembro de 2012

O amor de pai visto pelos olhos de uma mãe


Por ser escrito por uma mulher que é mãe e por ser um blog dirigido,  essencialmente,  a este público (mas atenção, pais desta vida, vocês também são MUITO bem-vindos a este espaço),  os posts acabam,  inevitavelmente, por focar muito a forma de amar e sentir das mães. Mas, hoje, vou focar-me no amor de pai; um sentimento muitas vezes subvalorizado.

O Marco ama o filho como nunca amou ninguém (não tenho a mais pequena dúvida disso), mas tenho a sensação que por vezes ainda se surpreende a ele próprio ao perceber o quão poderoso é aquilo que sente pelo Gonçalo. Esta semana aconteceu uma dessas situações. 

Como já disse, o Gonçalo tem estado doente a semana toda e, quando teve de ir ao hospital, quem foi com ele foi o Marco. Eu fui lá ter depois e, por isso, não estava lá quando tiraram sangue ao Gonçalo, para lhe fazer as análises. E agora podem pensar: "Então e depois? Qual é o problema?  Se estava lá o pai...". E eu explico: o problema é que o M. costuma desmaiar quando vai tirar sangue. lololol Eu sei que não é uma coisa muito viril mas, em defesa dele, posso dizer que é mesmo só nestas circunstâncias que ele é mais... como é que hei de dizer?!!! Não vou arriscar em arranjar um adjetivo porque ele pode não gostar de nenhum :P

Mas continuando. Ele realmente não gosta de agulhas e tanto faz se a agulha vai ser usada nele ou em terceiros. Só para ser ainda mais clara... Ele ia desmaiando, e isto é mesmo literal, com a descrição que a enfermeira das aulas de pré-parto fez acerca de todo o procedimento que iria envolver a injeção de epidural que EU ia levar no dia do parto! Um episódio que na altura não teve piada nenhuma, mas que hoje só nos dá para rir. 

A verdade é que estas coisas deixam o homem descompensado e as coisas são como são. E ele é assim... MENOS quando tem o filho para proteger e tem de pôr de parte o que sente; MENOS quando tem de fazer com que o filho se sinta seguro; MENOS numa situação em que ele tem de ter força pelo filho, acima de tudo; MENOS quando o que ele mais quer é que o filho não sinta dor, esqueça tudo e sinta apenas todo o amor que ele tem por ele!

Foi isso que ele fez nesse dia e, nesse dia, o Marco não desmaiou! 

O Gonçalo não tem como se aperceber disso agora, mas um dia vou-lhe contar este episódio. Porque esta foi uma das maiores provas de amor que o pai lhe deu. E eu... eu achei enternecedor e comovente. Isto sim, é para mim um exemplo inequívoco de virilidade :) 

Quanto a mim, nesse amei o Marco mais que nunca!

E é assim o amor de pai!

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