(um texto para refletir, escrito por Lúcia Bragança Paulino, psicóloga clínica da Oficina de Psicologia)
Ninguém disse que ser mãe ou pai era fácil. Ninguém disse que os filhos vinham ensinados,
cuidados, amados... Vêm sim cheios de necessidades, de vontades, autocentrados, provocando
uma imensidão de horas de cuidados.
Ser mãe ou pai é dar um mergulho num estado de espírito altruísta, com uma dose de resiliência grande e com pitadas de paciência presentes de 5 em 5 minutos. Ser mãe ou pai é tudo isto e muito mais. É prescindir, é olhar para, é estar com…
E ser filho? Será fácil ser filho? Viver as frustrações dos pais, acertar com os ânimos e desânimos de quem chega cansado do trabalho, irritado com o dia, centrado nele próprio. O que vê a criança quando a mãe ou o pai não lhe olham nos olhos para reparar na nova pirueta que aprendeu na escola? O que ouve uma criança quando chama pela mãe ou pelo pai e este responde a tudo que sim ou que não, não prestando atenção...? O que sente uma criança que não recebe o abraço quente e sentido de uma mãe ou de um pai todos os dias quando sai da escola?
Por vezes, a criança não vê, não ouve, não sente, mas o que interioriza é a mensagem errada, de que numa sociedade feita de tecnologias, de ritmos alucinantes de trabalho avassalador... não há tempo para ela, não há tempo para ser criança.
“Desculpa-me se o amor não chega, desculpa-me se a vontade não é suficiente, desculpa-me por não conseguir... Não ter o poder de te trazer, trazer para esta que é a tua terra, o teu mundo. Onde cresceste, viveste, amaste, casaste, choraste, sofreste, e me tiveste... sim tu TIVESTE-ME e tornaste-me o que sou hoje.
(...) estás feliz aí? Onde quer que AÍ seja. Queres voltar? Consegues? Fazes isso por mim?
Gostava de saber como seria contigo, gostava de saber mais: sobre ti, sobre nós... sobre o que seríamos ou o que seremos, será que seremos alguma coisa? Será?”
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Ser mãe ou pai é dar um mergulho num estado de espírito altruísta, com uma dose de resiliência grande e com pitadas de paciência presentes de 5 em 5 minutos. Ser mãe ou pai é tudo isto e muito mais. É prescindir, é olhar para, é estar com…
E ser filho? Será fácil ser filho? Viver as frustrações dos pais, acertar com os ânimos e desânimos de quem chega cansado do trabalho, irritado com o dia, centrado nele próprio. O que vê a criança quando a mãe ou o pai não lhe olham nos olhos para reparar na nova pirueta que aprendeu na escola? O que ouve uma criança quando chama pela mãe ou pelo pai e este responde a tudo que sim ou que não, não prestando atenção...? O que sente uma criança que não recebe o abraço quente e sentido de uma mãe ou de um pai todos os dias quando sai da escola?
Por vezes, a criança não vê, não ouve, não sente, mas o que interioriza é a mensagem errada, de que numa sociedade feita de tecnologias, de ritmos alucinantes de trabalho avassalador... não há tempo para ela, não há tempo para ser criança.
“Desculpa-me se o amor não chega, desculpa-me se a vontade não é suficiente, desculpa-me por não conseguir... Não ter o poder de te trazer, trazer para esta que é a tua terra, o teu mundo. Onde cresceste, viveste, amaste, casaste, choraste, sofreste, e me tiveste... sim tu TIVESTE-ME e tornaste-me o que sou hoje.
(...) estás feliz aí? Onde quer que AÍ seja. Queres voltar? Consegues? Fazes isso por mim?
Gostava de saber como seria contigo, gostava de saber mais: sobre ti, sobre nós... sobre o que seríamos ou o que seremos, será que seremos alguma coisa? Será?”
Testemunho anónimo
Lúcia Bragança Paulino Psicóloga Clínica Equipa Mindkiddo - Oficina de Psicologia
Lúcia Bragança Paulino Psicóloga Clínica Equipa Mindkiddo - Oficina de Psicologia