quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Confesso que me "encanitei!"

Já manifestei algumas vezes aqui no blog o meu desagrado com os TPC, sobretudo se estivermos a falar de miúdos de 6, 7 anos. Chega a ser violento eles trazerem trabalhos para casa, quando estão na escola desde as 8h30 ou 9 da manhã, e só saem de lá por volta das 18h30 / 19h; que é quando os pais os podem ir buscar (eu incluo-me nesta lista. E não, não o vou buscar a esta hora porque ando a laurear a pevide).

Quando me vêm com aquela teoria de “ah, pois, os pais não gostam porque se querem desresponsabilizar”, acho piada e até irónico, pois esta filosofia de mandar trabalhos para casa, depois dos miúdos passarem tantas horas na escola, dá-me a sensação tratar-se exatamente do contrário: que são os professores que se querem desresponsabilizar.

Tantas horas na escola tinham/ deviam de ser suficientes para as crianças aprenderem o que está no plano curricular!

Durante a semana os pais já passam tão pouco tempo com os filhos, que acho completamente desnecessário passarem o pouco tempo que têm a fazer outras coisas que não seja brincar ou usufruírem da companhia uns dos outros. Acho triste que a meia horita que se tem com os filhos à noite (isto com sorte, porque quem não tem empregada também tem de fazer o jantar, tratar dos banhos, etc, tudo em pouco mais de uma hora) seja passada a fazer trabalhos de casa. Momentos que acabam, muitas vezes, por dar azo a choros dos miúdos e stresses para ambos os lados. Toda esta logística se complica quando se tem mais filhos para cuidar, sobretudo se forem pequenos, e se se estiver sozinho com eles.

Também há o outro lado. Quando a professora do Gonçalo disse que costumava enviar trabalhos de casa com frequência, explicou porque é que o fazia e eu até achei que tinha lógica. Ela disse que não mandava muitos trabalhos e que a ideia era, apenas, incutir-lhes sentido de responsabilidade e os habituar a uma nova rotina. Fez-me sentido.

No entanto, a semana passada aconteceu uma situação que me deixou com os nervos em franja. 

Estava eu a trabalhar e recebo uma chamada da escola. Fiquei logo em pânico, sobretudo porque, se bem se lembram, há bem pouco tempo o Gonçalo magoou-se na escola e foi para o hospital.

Então o que era? Ao que parece, era a segunda vez que o Gonçalo não fazia os trabalhos de casa. E era isto.

Juro que me apeteceu mandá-los para um sítio.

Costumo ser atenta e pergunto todos os dias ao Gonçalo se tem trabalhos, mas pronto. Lá deve ter havido uma vez que, ou me esqueci de perguntar, ou ele se esqueceu ou mentiu (o que não é dele).


Da outra vez ele não fez porque eu bati o pé. Porque o miúdo teve teste na segunda, terça e quarta (o que significa que estive a estudar com ele no domingo, segunda à noite e terça à noite) e a professora mandou trabalhos para ele fazer no feriado. Achei que era demais! Queria sair com o meu filho e queria que ele se desligasse da escola por um dia. Um! (chamem-me ingénua, mas não acho que ele vá ficar mais burrinho ou indisciplinado por causa disso!)

2 comentários:

  1. Também concordo. Pena as turmas serem enormes (quase 30 miudos) e os tpcs serem quase a única hipótese verificar as dificuldades. Os ritmos deles e são muito diferentes e as dificuldades também.Reduzam primeiro as turmas e depois falem nos tpcs. bjs e boa sorte, Sofia

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  2. Estou tão de acordo com este post, estou a viver o mesmo "drama".

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