domingo, 27 de novembro de 2016

Para quê que ainda me dou ao trabalho?

Ultimamente, para o Francisco comer a sopa, preciso de lhe contar uma história que inventei. Tem sido assim nos últimos dias e hoje ao almoço não foi exceção. Acontece que durante todo o tempo em que estava a contar a história, o Gonçalo não se calou um bocado; o que dificultou bastante as coisas. Pedi-lhe para se calar mil vezes, mas ele nada. Continuava a chagar-me a cabeça.

Quando, finalmente, o Francisco acabou de comer, mandei dois berros ao Gonçalo para ele se calar. E quando eu digo berros, digo-o literalmente.

Passados uns minutos, já estávamos todos mais calmos, disse-lhe:

"Gonçalo, da mesma forma que gostas de silêncio quando estás a fazer as tuas coisas, as outras pessoas também gostam. Sobretudo porque estavas a ver que a mamã estava a tentar que o mano comesse a sopa."

Ele hesitou um pouco e perguntou, muito sério:

"Mamã... posso dizer uma coisa?"

"Podes, filho."

"A que é que se chama uma ervilha com uma capa?"

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