quarta-feira, 13 de maio de 2015

Uma questão de fé!



Há coisas que não se explicam. Sentem-se apenas. E podem sentir-se com uma força inexplicável. A isso chama-se fé.

Foi fé que eu senti durante muito tempo, mais de dois anos, quando a vida teimava em deixar-me na corda bamba. Às vezes até parecia que ia tudo dar certo, cheguei a ganhar algum ânimo com uma ou outra situação que ia aparecendo, mas logo a seguir caía tudo por terra. Mas mesmo assim, sem saber muito bem porquê, eu tinha fé. Eu acreditava.

Cheguei a sentir-me parva. Cheguei a ter medo de estar a ser tonta. Cheguei, acima de tudo, a pensar que podia apenas estar a enganar-me a mim própria. Ao meu coração. E um dia cair e esparramar-me ao comprido.

Mas o que eu sentia não dava para mudar e eu sentia que ia dar certo. Eu sentia, em alguma parte de mim [ou seria em todo o meu ser?], que ia correr tudo bem. Que eu não tinha motivos para me preocupar. Que um dia iria perceber o porquê de estar a viver tudo isto [e hoje percebo].

Quando falava com as pessoas elas diziam-me que ia correr tudo bem. Mas eu percebia que elas mo diziam para me animar. Acho que elas próprias não acreditavam mesmo nisso. Mas eu acreditava.

E correu. Correu tudo bem. Graças a Deus!

Sim. Porque houve mão de Deus. Não tenho dúvidas disso!

Se me preocupei alguma vez? Claro que sim. Preocupei-me ao ponto de chorar. De rezar desesperada. De me zangar com Deus. Com o país. Com o mundo. Ao ponto de me questionar enquanto pessoa.

Mas já passou. Graças a Deus já passou!

Não sei se vai correr tudo bem para sempre. Não há forma de saber. Para já, sinto que vai correr tudo bem.

Hoje, vários meses depois de estar desempregada (apesar de ter suspendido esta situação mais que uma vez), arranjei emprego, numa área que há muito queria explorar, mas na qual pensei que nunca teria a possibilidade de trabalhar por não ser a minha área de especialidade e não ter dinheiro para me especializar. Mas, afinal, a oportunidade apareceu.

Hoje, dia de Nossa Senhora, não podia ser o mais apropriado para agradecer a Deus. A Nossa Senhora. A todos os Santos que me acompanham.

Obrigada por nunca me terem abandonado, mesmo quando comecei a pensar que talvez não estivessem comigo!

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