sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

"O amor de mãe não se divide..."


"O amor de mãe não se divide. Multiplica-se."

Ouvi e li esta frase dezenas de vezes, acerca das mães com mais do que um filho. Racionalmente acreditava nela, mas emocionalmente era-me complicado acreditar.

Lembro-me que quando o Gonçalo nasceu, e apesar de sempre ter dito que queria ter dois filhos, achei que não queria mais nenhum e um dos motivos era esse mesmo: eu amava o Gonçalo com uma intensidade tal, era um amor tão grande, tão esmagador, que eu achava que seria impossível conseguir amar mais alguém da mesma forma, mesmo que também fosse meu filho.

Entretanto, o desejo de ter mais um filho voltou com força, mas a dúvida continuava: conseguiria eu amar mais alguém da mesma forma que amava o Gonçalo? Teria o meu coração capacidade para tal?

Quando soube que estava grávida fiquei felicíssima, embora deva confessar que foi tudo muito diferente na forma como vivi a gravidez. Tal como aconteceu com o Gonçalo, também desta vez senti logo muito amor pelo filho que vinha a caminho, mas alguma coisa era diferente. O sentimento era mais controlado, talvez. Provavelmente pelo facto de já não ser algo totalmente novo. Não sei bem explicar!

O que eu sei é que quando o Francisco nasceu, assim que mo puseram nos braços, aquele amor que tinha dúvidas e até medo se o poderia sentir a dobrar, atingiu-me imediatamente, juntamente com o nascimento dele. E cada dia que eu passava com ele, mais intenso se tornava o sentimento.

E assim continua.

Hoje, quando olho para o Francisco, sinto exatamente o mesmo que sentia quando olhava para o Gonçalo quando ele nasceu. Um amor tão intenso que chega a doer! Um sentimento tão forte, uma vontade tão grande de o proteger de tudo e de todos, um desejo de congelar o tempo...

Hoje sei que a frase é mais do que verdadeira. É sábia!

Hoje sei que é possível amar assim, perdidamente, intensamente, loucamente e descontroladamente, por um, dois, três.... quantos filhos forem.

De vez em quando questiono-me como é que o meu coração não rebenta, tal é a sensação de que este amor me esmaga e me mata...

E é tãããão bom <3

4 comentários:

  1. Tão bom ler isto.
    Um dos meus medos para ter outro filho é mesmo esse: tenho medo de não conseguir gostar tanto dele como gosto do que já tenho... pode ser um medo parvo, mas é o que sinto.

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    1. Eu também tinha esse medo. Parvo ou não, era dos medos que mais me atormentava!

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  2. Estando praticamente a meio da segunda gravidez, este é um dos pensamentos que mais me assaltam. E antes de avançar para esta aventura de um segundo filho, também me lembrava desta frase, olhava para a minha filha e pensava "como é possível".
    Espero escrever algo assim dentro de alguns meses ;)
    Beijinhos

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