Mamas para que te quero!

Encontrado em aliciastucky.blogspot.com

Sim, queria escrever mesmo mamas. Não lhe falta nenhum til.

Não me digam que achavam que não ia escrever post nenhum sobre a amamentação?! :)

Antes de mais, quero deixar claro que não vou defender ou criticar a amamentação. Já todos sabem os benefícios do leite materno (para a mãe e, acima de tudo para o bebé), mas sou da opinião que dá quem quer e sou veemente contra todo o tipo de pressões sociais que existem sobre esta temática.

A minha experiência com o Gonçalo não foi positiva. Sempre quis amamentar, mas como ele não pegou bem na maternidade sugeriram-me usar mamilos de silicone. Assim o fiz e até hoje me arrependo, porque atribuo a eles o insucesso. O Gonçalo nunca se adaptou a eles, demorava uma hora e meia a mamar e uma hora e meia depois queria mamar outra vez. Como calculam, não há ser humano que aguente esta violência e privação de sono. Amamentei-o em exclusivo durante dois meses e meio e, sinceramente, não sei como aguentei tanto tempo!

Quando comecei a fazer o desmame desisti dos mamilos de silicone e foi exatamente quando o fiz que ele começou a pegar melhor. Infelizmente, nessa altura já não tinha quase leite nenhum.

Obviamente que esta situação me deixou triste. Eu queria mesmo amamentar. Queria mesmo poder oferecer isso ao Gonçalo. Mas não deu e posso dizer-vos que não me senti menos mãe por isso, nem tão pouco má mãe. Sentia, sim, pena, alguma tristeza e muita raiva quando me vinham com conversas fundamentalistas sobre o tema.

Hoje, olhando para trás, penso que se calhar teria conseguido resolver a situação se tivesse tido o apoio certo. Mas lá está... mãe de primeira viagem, não sabia bem quem procurar para pedir ajuda... Enfim... foi como foi.

Com o Francisco, e até ao momento, a experiência não podia estar a ser mais diferente.

Na maternidade ainda tocaram no tema dos mamilos de silicone, mas eu recusei logo a ideia. E foi o melhor que fiz. Apesar do bebé ter tido alguma dificuldade inicial - o que é normal - quando vim para casa já pegava otimamente bem e em 15-20 minutos despachava o "assunto. Soube, então, apreciar realmente as maravilhas da amamentação. Quando corre bem, é realmente muito bom fazê-lo. Pela saúde do nosso bebé, mas até por uma questão prática. O facto dele ser assim, rápido e agarrar logo bem, dá-me logo outra autonomia para ir onde quer que seja sem a preocupação de "se ele acordar para comer vou ter de ficar uma hora e meia de mama ao léu"...

Mas devo confessar que tenho algum receio que as coisas mudem e que amamentar deixe de ser assim tão prazeroso. Isto porque depois do tal pico de crescimento que ele teve no fim-de-semana passado, o menino Francisco ainda não voltou a 100% ao estado calminho a que nos habituou. Tanto faz as 3 horas calmamente, como faz como nas duas noites passadas, em que mama de duas em duas horas ou, pior, de hora e meia em hora e meia. E assim não dá gente! E nem me venham com coisas de não se poder desistir à mínima contrariedade. Eu não considero mínimo o facto de não dormir à noite, durante várias noites. Por algum motivo a privação de sono é uma das maiores torturas que se podem aplicar, certo? Não é à toa!

Vou aguardar mais uma ou duas noites e, se ele continuar assim, pedirei ajuda e aconselhamento, porque realmente queria dar-lhe mama em exclusivo nos primeiros meses... mas também vos digo que não tenciono pôr em causa a minha sanidade mental. Até porque todos sabemos que são este tipo de situações - cansaço, privação de sono, frustração, etc - que podem levar a depressões pós-parto sérias, que põem em causa o papel de "boa mãe"!

Mas esta questão da amamentação em exclusivo também dependerá do crescimento dele. Na primeira consulta a pediatra disse que ele estava a crescer otimamente bem, mas na consulta desta semana, no centro de saúde, disseram-me que ele tinha evoluído bem, mas estava no limite mínimo; o que estranhei, visto que foi a seguir ao tal pico de crescimento, em que ele passava a vida com a mama na boca. Fiquei triste, confesso!

Mas espero que corra bem... gostava mesmo que corresse e vou fazer por isso.