Como este é um tema complexo, o post que se
segue é mais alongado que os habituais.
Há quatro anos, quando o Gonçalo nasceu, já
havia informação sobre o assunto, mas era... díspar, digamos assim. Havia quem
defendesse e havia quem desvalorizasse. Isto, na área médica. O que é facto é
que ainda não havia certezas sobre a real utilidade que a criopreservação
pudesse ter numa eventual necessidade, que é como quem diz, em caso de alguma
doença grave.
Lembro-me que foi uma decisão complicada mas,
na altura, eu e o meu marido decidimos que preferíamos “jogar pelo seguro”. Não
queríamos passar pela situação de um dia pensarmos: “porque é que não o
fizemos?”. Por isso, optámos por fazer a criopreservação das células estaminais
do Gonçalo e, hoje, continuamos a rezar para que tenha sido dinheiro “deitado à
rua”.
Agora, com o Francisco, o caso muda de
figura.
Primeiro, porque já há casos de sucesso que fazem com que o
investimento na criopreservação já não seja propriamente um ato meramente emocional; o transplante de células estaminais do sangue e do tecido do cordão
umbilical já é utilizado para o tratamento de mais de 80 doenças e como a ciência evolui rapidamente acredito que este número tenha tendência a aumentar.
Segundo, porque tendo feito para o Gonçalo,
não podia deixar de fazer também para o Francisco. Afinal de contas, se é
verdade que a compatibilidade entre irmãos é elevada, não é menos verdade que
cada pessoa é única. Por isso, a melhor forma de garantir uma compatibilidade a
100%, é mesmo guardando as células de cada pessoa.
Foi por estes motivos que, há uns dias, fui
ao laboratório da Cytothera – a empresa com a qual vou fazer a criopreservação das células e tecido do cordão umbilical do Francisco – para ver como é que funcionava
todo o processo de recolha e colheita.
Confesso que nunca tinha pensado em como as
coisas funcionam nos “bastidores” e é tão interessante que nem queiram saber.
Até dá vontade de ter seguido genética ou coisa que o valha! J Há
todo um rigor, um cuidado e um profissionalismo que nos fazem sentir que estamos
realmente a confiar na empresa certa para esta importante “missão”.
Já agora, um dado importante. Pode visitar
este laboratório quem quiser, e sem qualquer compromisso, e durante a visita
podem tirar-se todas as dúvidas que se tenham... um aspeto que, por si só,
também transmite confiança.
Mas houve mais motivos, muitos mais, que me levaram
escolher a Cytothera. Não querendo ser
exaustiva, eis os principais:
- A Cytothera
é uma empresa 100% Portuguesa, com laboratório próprio e autorizado pela Direção
Geral da Saúde. Foi a primeira empresa em Portugal a disponibilizar o serviço
de Criopreservação de Células Estaminais do Tecido do Cordão Umbilical e o Kit está registado no Infarmed; argumentos
que, a meu ver, transmitem uma idoneidade importante.
- Ao ter laboratório próprio significa que somos acompanhados, do início ao fim do
processo, pela equipa técnica.
- Na
Cythotera garantem a Criopreservação de Células do tecido do
cordão umbilical. Ou
seja, não fazem a criopreservação dos
fragmentos do cordão umbilical,
mas sim de mais de 3 milhões de células estaminais mesenquimais, que são as
únicas células utilizadas para fins terapêuticos em caso de necessidade de aplicação
de células mesenquimais.
- Após o
processamento e isolamento das células os resultados são partilhados com os pais e só depois de confirmado o sucesso
da criopreservação é que se tem de pagar o serviço. Ou seja, caso os resultados
não se encontrem dentro dos parâmetros definidos pela Cytothera, as
células não são criopreservadas, não sendo solicitado qualquer pagamento aos pais.
E como hoje entro na 32ª semana (que é
exatamente a altura ideal para adquirir o kit), já o tenho comigo :)!
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