terça-feira, 7 de outubro de 2014

Sim, vou fazer a criopreservação!

Como este é um tema complexo, o post que se segue é mais alongado que os habituais.

Há quatro anos, quando o Gonçalo nasceu, já havia informação sobre o assunto, mas era... díspar, digamos assim. Havia quem defendesse e havia quem desvalorizasse. Isto, na área médica. O que é facto é que ainda não havia certezas sobre a real utilidade que a criopreservação pudesse ter numa eventual necessidade, que é como quem diz, em caso de alguma doença grave.

Lembro-me que foi uma decisão complicada mas, na altura, eu e o meu marido decidimos que preferíamos “jogar pelo seguro”. Não queríamos passar pela situação de um dia pensarmos: “porque é que não o fizemos?”. Por isso, optámos por fazer a criopreservação das células estaminais do Gonçalo e, hoje, continuamos a rezar para que tenha sido dinheiro “deitado à rua”.

Agora, com o Francisco, o caso muda de figura. 

Primeiro, porque já há casos de sucesso que fazem com que o investimento na criopreservação já não seja propriamente um ato meramente emocional; o transplante de células estaminais do sangue e do tecido do cordão umbilical já é utilizado para o tratamento de mais de 80 doenças e como a ciência evolui rapidamente acredito que este número tenha tendência a aumentar.

Segundo, porque tendo feito para o Gonçalo, não podia deixar de fazer também para o Francisco. Afinal de contas, se é verdade que a compatibilidade entre irmãos é elevada, não é menos verdade que cada pessoa é única. Por isso, a melhor forma de garantir uma compatibilidade a 100%, é mesmo guardando as células de cada pessoa.

Foi por estes motivos que, há uns dias, fui ao laboratório da Cytothera – a empresa com a qual vou fazer a criopreservação das células e tecido do cordão umbilical do Francisco – para ver como é que funcionava todo o processo de recolha e colheita.


Confesso que nunca tinha pensado em como as coisas funcionam nos “bastidores” e é tão interessante que nem queiram saber. Até dá vontade de ter seguido genética ou coisa que o valha! J Há todo um rigor, um cuidado e um profissionalismo que nos fazem sentir que estamos realmente a confiar na empresa certa para esta importante “missão”.

Já agora, um dado importante. Pode visitar este laboratório quem quiser, e sem qualquer compromisso, e durante a visita podem tirar-se todas as dúvidas que se tenham... um aspeto que, por si só, também transmite confiança.

Mas houve mais motivos, muitos mais, que me levaram escolher a Cytothera.  Não querendo ser exaustiva, eis os principais:

- A Cytothera é uma empresa 100% Portuguesa, com laboratório próprio e autorizado pela Direção Geral da Saúde. Foi a primeira empresa em Portugal a disponibilizar o serviço de Criopreservação de Células Estaminais do Tecido do Cordão Umbilical e o Kit está registado no Infarmed; argumentos que, a meu ver, transmitem uma idoneidade importante.

Ao ter laboratório próprio significa que somos acompanhados, do início ao fim do processo, pela equipa técnica.

Na Cythotera garantem a Criopreservação de Células do tecido do cordão umbilical. Ou seja, não fazem a criopreservação  dos fragmentos do cordão umbilical, mas sim de mais de 3 milhões de células estaminais mesenquimais, que são as únicas células utilizadas para fins terapêuticos em caso de necessidade de aplicação de células mesenquimais.

- Após o processamento e isolamento das células os resultados são partilhados com os pais e só depois de confirmado o sucesso da criopreservação é que se tem de pagar o serviço. Ou seja, caso os resultados não se encontrem dentro dos parâmetros definidos pela Cytothera, as células não são criopreservadas, não sendo solicitado qualquer pagamento aos pais.

E como hoje entro na 32ª semana (que é exatamente a altura ideal para adquirir o kit), já o tenho comigo :)!





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