quarta-feira, 7 de maio de 2014

Finalmente, ganhei coragem! (ou fui obrigada a…)


O Gonçalo foi para a escolinha aos 6 meses. Não havia avós que pudessem ficar com ele e eu tinha mesmo de regressar ao trabalho. Na altura sofri imenso, apesar de estar farta de estar em casa e sentir falta da rotina do escritório.

Como não existem escolas públicas para estas idades, e eu não conhecia IPSS aqui, optámos por pô-lo num colégio. Visitei vários e acabámos por nos decidir por este onde ele está agora, o qual gostamos. Contudo, já não está a ser suportável mantê-lo lá. É caríssimo! Todos os meses é uma dor de cabeça cada vez que chega o dia de pagar a mensalidade. Por isso, e porque entretanto já há escolas públicas e me fui informando sobre alguns estabelecimentos, achámos que tinha chegado a altura de tomar um passo que há muito andávamos a adiar.

Comecei por inscrevê-lo numa IPSS muito conceituada na zona mas, infelizmente, já sei que ele não entrou. Existe uma segunda fase, mas estou pouco confiante. A escola é muito conhecida, a lista de espera é enorme e eu não conheço lá ninguém ;) No entanto, a esperança é a última a morrer, certo?

Hoje, mais concretamente há bocado, fui inscrevê-lo na pública.

O meu problema não é ser pública. É mesmo ter muito poucas referências das escolas e ter um medo gigante que o Gonçalo não se adapte ou estranhe. Só de pensar que ele pode sofrer com isso, só me dá vontade de chorar.

Se ele de vez em quando ainda faz birra para ir para a escola onde já está desde os 6 meses, como é que ele reagirá se for para um sítio completamente novo? Ainda para mais porque a escolinha dele agora é muito familiar, e todas aquelas onde o inscrevi já têm aquele "ar" de "escola de crescidos".

Tenho tanto medo!!!

Dou por mim a torcer que ele entre, porque precisava mesmo que ele entrasse, mas parte de mim não quer.

Como católica que sou, vou acreditar que Deus fará o que for melhor para ele. Afinal de contas, é "só" isso que nós, eu e o pai, queremos para ele: o melhor!

4 comentários:

  1. Eles, por vezes, têm mais capacidade de adaptação do que aquela que nós pensamos. A minha anda numa IPSS e gosto muito. Eles mesmo não mudando de escola vão ter de mudar de turma, de professores, de amigos tantas vezes na vida... Confia na capacidade do Gonçalo e de certeza vai correr tudo bem... Eu sei que é fácil falar para que não estar a passar por elas, mas com a minha (que tem a mesma idade do Gonçalo) tenho aprendido que quanto mais preocupada eu estiver, menos confiante ela está, e a maioria das vezes ela surpreende-me pela positiva com a sua capacidade de adaptação e de crescer sozinha... ;-) Boa sorte!

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    1. Obrigada pelas palavras tranquilizadoras Lucy. Espero que tenha razão. No fundo eu acho que sim, que isso é mesmo assim, mas depois há o meu outro lado, que morre de medo que assim não seja! Beijnhos

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  2. As crianças são um exemplo para nós no que diz respeito à adaptação...gostei do teu último parágrafo...também me conforta muita vezes...

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    1. É verdade David, mas há sempre o medo…
      Quanto à fé… tem sido, e espero que seja sempre, uma bela companhia na minha vida :) Beijinhos

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