quinta-feira, 3 de abril de 2014

O mundo mudou, e não foi para melhor!

Pinterest.
Ontem, deparei-me com uma situação que me deixou a pensar e incomodada.

Fui buscar o Gonçalo à escola e ele, que nunca quer ir, demora sempre uma eternidade para se vir embora. De maneiras que fico sempre lá um bom bocado e muitas vezes os amiguinhos dele vêm ter comigo, ou para falarem sobre as coisinhas deles ou, no caso das meninas, para me mostrarem as bonecas e pedirem para brincar ou verem as minhas pulseiras e colares...

Ontem, a determinada altura, fiquei com vontade de ir à casa de banho e disse ao Gonçalo que ia num instante e já vinha, mas ele, claro, quis vir comigo. Uma amiguinha dele também queria vir e eu disse-lhe, da forma mais simpática possível, que não. Ela insistiu imenso e eu tive mesmo de chegar ao ponto de fingir que não tinha ouvido, ou seja, ignorá-la. Porque é que o fiz? Porque hoje uma pessoa tem medo de ser mal interpretada com uma coisa tão ingénua como esta. Aliás, confesso que também não iria gostar nada de ver o meu filho dentro de uma casa de banho com outro pai ou mãe.

Questionei-me se sempre foi assim. É que não me lembro nada de, em miúda, sentir este tipo de constrangimentos. Se calhar já existiam e eu era nova demais para os notar. Mas achei triste e fiquei com pena da menina. Tive de lhe dizer que não, fingir que não a ouvia e praticamente lhe fechar a porta na cara, porque houve algumas pessoas más, que nem sequer deviam de existir, que fizeram com que muitos adultos tenham hoje receio de ter alguns comportamentos que para eles são puramente ingénuos, naturais e sem maldade nenhuma… Vivemos num mundo deturpado e ontem fiquei triste pela menina. Ela não deve ter entendido porque é que eu a "rejeitei" e não quis a companhia dela… Partiu-me o coração!

1 comentário:

  1. Olha, também não sei se é de agora, se é de sempre...
    MAs acho que tiveste a atitude mais correcta.

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