A ambivalência de sentimentos quando passo dias longe do meu filho

Um dia ouvi um pediatra (ou seria psicólogo) na televisão, dizer que os pais de crianças com 2/3 anos que sofriam quando passavam alguns dias longe dos seus filhos, não eram normais. Que isso significava algo de negativo, já não me recordo se a nível da segurança dos pais ou se de outra coisa qualquer.

Se isto é verdade, então eu enquadro-me na anormalidade. E não é por não tentar combater estes sentimentos, acreditem!

No próximo fim-de-semana, eu e o Marco vamos ter 3 dias inteiros para nós os dois. Só para nós. Já não me lembro da última vez que passámos uns dias só nós dois e resolvemos aproveitar agora para o fazer. Servirá para comemorarmos o nosso aniversário de casamento, ainda que com uma semana de atraso.

Se disser que não estou ansiosa que os dias cheguem, vou estar a mentir. Estou muito, porque preciso de descansar e de namorar também. Mas se vos disser que a ideia de não o levar não me incomoda, também vos estarei a mentir. E muito!

Sei que ele ficará ótimo. Ficará com os meus pais e eu sei que fica bem, mas… não sei explicar. Por um lado sinto-me mal por não o trazer connosco e ele não usufruir do sítio fantástico para onde vamos. Sei que ele ia gostar e também lhe faria bem. (É a maldita culpa!)

Por outro, e por mais que saiba que ele fica bem e tenha confiança nos meus pais, acho que todos os pais pensam que só eles é que sabem cuidar dos filhos a 100%, não é? Ou seja, já estou preocupada por antecipação. Depois, e por mais que queira e precise mesmo de ter este tempo, já sei que vou sentir imensas saudades dele!

Agora digam-me. Sou normal ou o outro tem razão?