Não tenho por hábito tomar nada como certo. Não gosto de o fazer. Não que seja fatalista ou pessimista, mas respeito a vida e tenho noção da minha pequenez. Contudo, às vezes acontece, mas como tenho sempre em mente este princípio, quando acontece tenho consciência disso e sofro.
O namorado de uma colega do Marco morreu. Assim. Num acidente. Nem 30 anos tinha.
Não é suposto pessoas com esta idade morrerem! Não é lógico, nem natural!
Não conhecendo o rapaz, nem tendo uma relação de proximidade com a colega do Marco, juro que sofri só de pensar no que ela deve estar a passar. E os pais dele! Meu Deus!
Soube do sucedido ontem e quando o Marco me disse lembrei-me logo de uma coisa (aparentemente) parva. Nesse dia, não me tinha despedido do Marco com um beijinho, como faço sempre. Ele estava no banho e eu estava meio aborrecida...
Acho que é inevitável projetarmos estas situações para nós, até porque funcionam como grandes chapadonas da vida e como lembretes de que temos de a viver, em vez de nos limitarmos a existir, como dizia Oscar Wilde. Temos de nos esforçar para viver em felicidade. Recebendo-a e dando-a também! Afastarmos as energias negativas e os sentimentos menos bons, e deixarmos que toda a energia positiva nos chegue.
Só se vive uma vez. Uma frase feita, uma verdade absoluta, mas que é tantas vezes desvalorizada e esquecida...
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