quarta-feira, 12 de março de 2014

Não queremos que as crianças sejam sinceras?

Quando estava na escola do Gonçalo, naquela fase de espera até que ele se resolva a vir embora, a auxiliar da sala dele foi ter com ele e, meio na brincadeira, perguntou-lhe porque é que ele tinha magoado o amigo. Ele agarrou-se a mim e disse que tinha sido sem querer. (Não quis insistir mais).

A caminho de casa perguntei-lhe o que se tinha passado, até porque ele gosta imenso deste amigo dele. Ele lá me explicou que se estavam os dois a mandar para o chão e que, numa das vezes, o amigo se aleijou (fiquei sem perceber a responsabilidade dele no "caso").

"Ahh, coitado. Não ficaste triste por ele se ter magoado?" - perguntei-lhe.

"Não." - disse prontamente. "Fiquei um bocadinho peocupado, mas tiste não fiquei!"

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