quarta-feira, 3 de julho de 2013

Com que idade se começam a registar memórias?

Eu e o Gonçalinho <3 Que saudades de quando ele era assim. Mesmo que o presente seja sempre melhor ainda ;)
Há quem diga que os recém-nascidos conseguem "guardar memórias" do que se passa. Sinceramente, eu não acredito muito nisso... tenho dúvidas, vá!

A enfermeira que me fez o curso de preparação pré e pós-parto dizia que o bebé, quando está na barriga da mãe, já consegue registar memórias. Neste sentido, sugeriu-nos que lhe contássemos uma história todas as noites e puséssemos uma musiquinha calma (sempre a mesma história, o mesmo tom de voz e a mesma música). A ideia era que ele se habituasse a esta rotina, que seria depois mantida depois dele nascer (ela dizia que isto lhe traria serenidade e calma, porque se ia recordar de quando ouvia a história e a música quando estava na minha barriga, e, por seu lado, isso iria transmitir-lhe segurança).

Mais uma vez, e se querem que vos diga, não acreditava muito nisto, mas pensei que não custava nada fazê-lo e fi-lo.

Já com ele cá fora, nunca notei que ele reconhecesse a história quando lha contava, mas a música até acho que o acalmava, sobretudo quando ele estava mais agitado. Se bem que o Gonçalinho sempre gostou muito de música. Ainda hoje!

Até fazer os 2 anos (muito perto disso), ele adormeceu sempre ao colo (para mal das minhas costas). Primeiro porque não o conseguia largar, ficava horas a namorá-lo, e porque ele adormecia a mamar. Depois, porque até me dava um certo prazer estar ali com ele, num momento nosso.

É claro que o tempo foi passando e o peso dele aumentando, e a coisa acabou por se virar contra mim (mas bem, todos os males fossem esses :)). Quando quis que ele adormecesse sozinho, já ele não queria.

Seja como for, na hora de o adormecer sempre tive por hábito cantar para ele. Ele adorava! O problema é que nunca me lembrava das letras das músicas que me cantavam quando eu era pequena e por isso tinha de mudar/ inventar a letra.

Havia uma música em particular que eu lhe cantava todos os dias, mas na minha versão. E agora querem saber uma coisa curiosa? Eu já não a cantava há algum tempo e há uns dias cantei-lha. Juro-vos que o rapaz até parece que ficou hipnotizado. Ele estava ao meu colo, pôs-se na posição dos bebés quando estão deitados (coisa que ele nunca faz) e ficou quieto, a ouvir-me e a olhar para mim. Foi um momento único e tão mágico, que até me comovi. Fiquei a pensar que, se calhar, eles conseguem mesmo registar memórias quando são recém-nascidos!

Mais uma foto nossa ;)
Já agora, aqui fica a letra, adaptada de uma canção muito conhecida:

"Dorme dorme pequenino,
Dorme dorme meu amor
Um soninho descansado,
Com a mamã aqui ao lado!

Dorme dorme pequenino,
Amor do meu coração,
És a minha vida toda,
És a minha paixão.

Dorme dorme pequenino,
O meu amor por ti não tem fim.
Amo-te tanto, mas tanto,
És tudinho para mim!"


Lamechas, não é? :P


4 comentários:

  1. Nenhuma canção cantada por uma mãe a um filho pode ser lamechas - só amorosa! :-)

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  2. A primeira música que a minha M. parou para ouvir, tinha ainda pouco mais de um mês, foi o Turnning Tables da Adele. Parou tudo e ficou estática, de olhos arregalados à procura da origem do som e eu fiquei impressionadíssima com ela, teria o bom gosto da mamã?! Já a música ia a meio quando encontrei a possível explicação para aquela reacção: aquela foi a música que tive como toque no meu telemóvel durante toda a gravidez... fiquei convencida de que a piolhita se lembra daquela melodia :)

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