terça-feira, 27 de novembro de 2012
Complexos das mães?
Um dos motivos que me levou a querer escrever sobre a maternidade a par com o papel de ser mulher, foi o de expor situações que me fizeram sentir má mãe (o que, consequentemente, atingiram a minha auto-estima enquanto mulher), mas que depois constatei que se passavam com a quase generalidade das mães. Simplesmente não se fala sobre isso. Até mesmo nos livros e nos artigos jornalísticos!
É verdade que as coisas começam a mudar, sobretudo no mundo da blogosfera, mas acho que continua a não haver uma total abertura para falar nas coisas que nos incomodam e que, de algum modo, não estão a correr bem na nossa jornada da maternidade. Acredito que seja porque, de algum modo, achamos que estamos a falhar enquanto mães e esse sentimento agrava quando achamos que somos só nós a passar por aquilo. A partir do momento em que percebemos que acontece com todas as outras mães, deixa de ter esse peso e começamos a encarar as coisas com mais serenidade, o que até acaba por ser uma forma de conseguirmos lidar melhor com toda a situação.
Ontem, expus aqui a minha tristeza pela forma como o meu filho me andava a tratar. Sinceramente, pensei que fosse só no meu caso e nunca tinha ouvido mãe nenhuma dizer tal coisa. Pelo contrário. O que se ouve sempre é que os filhos adoram as mães, etc... Agora, imaginem como me estava a sentir um trapo!
No entanto, parece que a minha situação não é assim tão anormal. Pelo contrário! (atenção que não fico contente por outras mães passarem por isto, mas que ajuda saber que é de facto uma fase e saber a explicação para o porquê desta atitude da parte dele. Muda tudo). Tive comentários no blog, na página do FB e outras mais pessoais, que me fizeram ver que era totalmente normal e que era até comum. Nem imaginam a diferença que isto fez! A partir do momento em que assimilei o facto como normal, fiquei muito mais serena e, coincidentemente ou não, o Gonçalo ontem à noite esteve tranquilo e bem-disposto como não o via há muito tempo :) Quase que não houve birras!
Obrigada a todas e a todos que me deram feedback. Fizeram-me ver a luz lololol
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É isso mesmo! O melhor é sempre a partilha, pois percebemos que não somos extraterrestres e, ao mesmo tempo, ficamos a saber de outras experiências e caminhos que podemos tentar.
ResponderEliminarFico contente por o post ter ajudado. E, como se viu, o rapaz também ficou mais calmo. Nós achamos, na nossa cabeça de adulto, que se eles nos vêem chateadas deviam melhorar o comportamento, mas acontece exactamente o contrário. Quanto pior nós estamos e nos sentimos, pior eles fazem. Se estamos calmas e encaramos as suas birras e fitas com um pequeno sorriso nos lábios (mesmo que signifique: "eu sei bem o que estás a fazer, sua pestinha"), eles mudam.
Bjs
Marta Grosso
Obrigada Marta. Espero que continuemos todas a partilhar experiências. Mais boas que más, claro :)
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