terça-feira, 31 de julho de 2012

Os filhos são autênticas caixinhas de surpresas


Às vezes acho que menosprezo o Gonçalo. Não no sentido de o desvalorizar, claro que não, mas acho que tenho o péssimo defeito de achar que ele é mais bebé do que aquilo que realmente é. Ontem vi-me obrigada a refletir sobre o assunto.

Quando vou com ele ao parque tenho sempre mil cuidados. Ando colada a ele, pronta a ampará-lo não vá ele desequilibrar-se ou dar-lhe a "macacoa" e largar as mãos do baloiço e estatelar-se no chão. Quando ele quer andar no escorrega, por exemplo, agarro-lhe sempre os braços e faço uma força gigante e movimentos quase circenses, de modo a ele não se inclinar para trás e bater com as costas no baloiço ou para evitar qualquer coisa deste género.

Ora, ontem, quando o fui buscar à escola, ele estava lá fora a brincar, como é costume, na parte dos mais pequeninos; onde existem baloiços indicados para idade deles. A partir de uma determinada hora eles passam os meninos todos para o lado dos baloiços dos mais crescidos e como eu me atrasei porque me pus à conversa com uma das auxiliares, lá foi o Gonçalo brincar na zona dos "baloiços dos grandes". Qual não é o meu espanto quando o vejo subir para um dos escorregas, com uma segurança fantástica, e depois andou no escorrega como se fizesse aquilo desde sempre! Fiquei boquiaberta! E tão bem que ele já sobe as escadas!

Isto serviu como uma espécie de bofetada, que me fez ter consciência de que tenho de me esforçar em dar-lhe mais espaço e a enfiar nesta minha cabeça que ele cresce… e que isso é bom!

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