segunda-feira, 30 de julho de 2012

Momento nostálgico do dia

Um colega meu estava hoje a contar-me como tinha sido a noite dele… basicamente, estava com um ar exausto, porque o seu bebé recém-nascido tinha passado a noite a chorar, tendo conseguido a proeza, inclusive, de o fazer durante 3 horas seguidas!

Isto fez-me pensar que há coisas desta fase das quais não tenho saudades. Pode soar a chocante, mas sinceramente não vou dizer que tenho saudades de dormir 4 horas por noite (sem serem seguidas), do stress que foi a amamentação, do cansaço extremo, da preocupação constante com tudo, das opiniões de toda a gente sobre vários assuntos relacionados com o MEU filho…

ele e o papá
Seja como for, as coisas das quais sinto saudades são claramente em maior número. Quando ele nasceu, por exemplo, cabia todinho no meu tronco. Ficava enroladinho sobre mim, no meu peito, e naqueles primeiros meses parecia que ainda fazia parte de mim (apesar de já estar cá fora). Era um sentimento de paz absoluta, indescritível.

Havia outras alturas em que ficava com saudades dele quando ele estava a dormir. Ahahaha Soa a disparate, eu sei, mas é a mais pura das verdades. Lá ia eu para o quartinho dele, onde o punha a dormir durante o dia (à noite ele dormia no meu quarto) e ficava lá, a adorá-lo!

E a dor que sentia??! Nunca tinha sentido tal coisa. O amor que sentia era tão forte, mas tão forte, que doía-me até às entranhas. Uma dor aguda e quase asfixiante! Hoje amo-o mais ainda, uma coisa que pensei não ser possível, mas já sei controlar esta dor. Aliás, eu dizia muitas vezes que eu não amava o meu filho. A palavra “amor” parecia-me demasiado redutora para definir o que sentia por ele. Aquele sentimento não tinha nome, mas decididamente era muito mais forte do que o conceito que existe de amor, mesmo aquele amor descrito pelos filósofos e poetas.

Tenho saudades do primeiro sorriso, da primeira gargalhada, de quando ele se punha de barriga para baixo todo desengonçado, de quando começou a agarrar as coisas, de quando começou a pronunciar uns sons fofos… tenho saudades de tanta coisa! O caldo entorna totalmente quando começo a ver fotos dele. Uuuuiii. Aí é que a coisa aperta com força. Ele sempre foi tãããão fofo!

Mas é claro que vou ter sempre saudades. Amanhã vou ter saudades do que ele é hoje. Mas o mais importante é ter consciência de que “hoje” o aproveitei ao máximo! E essa consciência está bem vincada em mim. É raríssimo o dia em que não usufruo dele a 100%. Mesmo quando ele está mais chatinho e eu mais cansada, esforço-me para aproveitar cada segundo. Até porque a verdade é que nada nem ninguém me faz sentir tão completa e feliz como ele me faz sentir.

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