O Gonçalo estava a desabafar comigo que não sabia quem havia de escolher para o ajudar a partir o bolo de aniversário na escola.
Parece que é costume que eles peçam sempre ajuda a um ou dois amigos para distribuírem as fatias de bolo (ele faz anos no final de setembro mas, pelos vistos, tenho um filho que gosta de planear as coisas com antecedência. Sai à mãe.)
O dilema dele era que só podia escolher dois, mas estava na dúvida entre quatro. Contudo, estranhei o facto de um dos meninos que ele mencionou ser um colega de quem ele às vezes faz queixas, por este não o deixar brincar. Por sua vez, não referiu um outro menino, que eu sei que, efetivamente, é mesmo amigo dele.
Mostrei-lhe essa admiração e percebi claramente que a escolha tinha mais a ver com a necessidade de aceitação que o Gonçalo sente em relação a esse menino.
Sem querer interferir muito, tentei explicar-lhe que não devia perder tempo a tentar agradar quem não é amigo dele e quem não lhe dá valor e trata bem.
Mal disse isto refleti nas minhas próprias palavras e surgiu-me imediatamente à cabeça a velha máxima do "faz o que eu digo..."
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