As mulheres às vezes são estranhas (e irritam-me)

Ontem partilhei no Facebook uma notícia do Observador, cujo título dizia que um terço dos lugares no Parlamento iria ser ocupado por mulheres. Manifestei o meu profundo contentamento com a situação, e vieram logo umas almas dizer que achavam um disparate, porque o que interessava não era o género mas sim a competência das pessoas que governam.

Pergunta: Mas alguém aqui disse o contrário?!!!

Sinceramente, nem sei o que pensar destes comentários, que ainda por cima vieram de mulheres.

Primeiro, e repito, aqui ninguém está a pôr em causa que, acima de tudo e qualquer coisa, o que interessa é que as pessoas que estão a liderar o país o façam bem, mas questiono-me se as mulheres que fazem esses comentários acreditam que a competência está só no mundo dos homens?

Será que elas vivem num mundo tão próprio que não percebem que o problema é que o mundo real, ou melhor, o Portugal real, ainda liga, e muito, ao género de quem está na política. Essa é a verdade nua e crua. E digo mais, o cenário de ver uma mulher à frente do país ou na presidência anda me parece uma miragem total. E, mais uma vez, pergunto: será que estas mulheres acreditam que não há uma mulher que seja capaz de assumir estes papéis? A sério?!

Esta notícia é positiva, SIM, porque significa que aos poucos o mundo político está a abrir-se cada vez mais às mulheres. e SIM, eu acredito que uma mulher tem tanta capacidade para governar como qualquer homem.

Aos poucos estamos a andar para a frente e, desculpem lá qualquer coisinha, isso deixa-me contente. E muito!