domingo, 15 de fevereiro de 2015

"E como é que é ter dois filhos?"

Esta é, muito provavelmente, a pergunta que mais me fazem desde que tive o Francisco. Como calculo que por aí também há quem se pergunte, resolvi responder num post.

No geral, não estou a achar difícil. Acredito que quando eles forem mais crescidos poderá ser mais complicado - quando eles começarem a querer o mesmo brinquedo ou a embirrarem um com o outro como todos os bons irmãos que se prezem - mas para já acho que se faz bastante bem.

As noites mal dormidas é o que mais me custa, mas isso seria igual se fosse filho único.

O "serem dois" é difícil, sim - e não é mesmo nada pouco - na altura de conseguir dar, ou melhor, de não conseguir dar atenção ao mais velho. Hoje, por exemplo, foi um dia para esquecer.

Eu, que ontem tinha posto na cabeça que queria brincar com o Gonçalo e tentar compensá-lo, de algum modo, pelo facto do meu tempo já não ser dele na totalidade, acabei por não estar com ele praticamente tempo nenhum. O Francisco passou o domingo a requisitar a minha atenção e eu estive o tempo com o sentimento de culpa a pesar-me. E este peso chega a ser físico, acreditem.

Estou exausta! Dói-me o corpo, a alma, o coração... e é isto que custa [que me custa] nesta nova realidade de ter dois filhos. Fora isto, é maravilhoso! Pudesse eu e tinha já mais outro.

5 comentários:

  1. Partilho esse sentimento... O Pedro tem dado noites melhores, mas durante o dia e até adormecer as vezes dá comigo em doida.... A Carolina tenta ajudar mas também se satura e quando decidimos dar atenção ao mais velho, o mais novo lembra-se de fazer a birra... Mas de facto é maravilhoso.... Eu também não me importava de ter já outro mas sem o pai cá não seria fácil... Se com estes dois tem sido alguns dias esgotantes então com 3 dava em maluca.... Bjinhos e muitas felicidades

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  2. Às vezes, quando leio a palavra "compensar" a criança mais velha por causa do tempo "roubado" pela criança mais nova, passa-me um comentário pela cabeça que até hoje não escrevi, mas hoje decidi escrever: apesar de perceber a ideia (e se, calhar, se tivesse outro filho, ia sentir isso em relação ao mais novo dos meus três atuais), não gosto do uso da palavra "compensar". A criança mais velha ficou a ganhar e não a perder, com a vinda d@ irmã(o). (Sofia, eu conheço-te o suficiente - só virtualmente - para saber que também achas que ter um irmão é ganhar e não perder. Só a palavra "compensar" é que me provoca uma reação.)

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    1. Sim, a palavra não é a mais correta. Mas na verdade não há volta a dar. O que é facto é que o Gonçalo tem menos do meu tempo desde que o mano nasceu. Agora, se me perguntarem se acho que vale a pena, é claro que acho e sei que o Gonçalo também achará um dia. Aliás, ele já hoje adora o irmão. Percebo isso tantas vezes pela forma como o protege e fala dele... Se continuar assim (e quero acreditar que sim) vão ser os melhores amigos :)

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