Na sequência deste post, achei que seria interessante escrever um outro post sobre aquilo que podem ser, na minha humilde opinião, algumas dicas e truques básicos para manter um casamento saudável; o que nem sempre é fácil depois do nascimento de um filho.
Antes de avançar, convém sublinhar que não há milagres. Não basta fazer uma coisa por ano e achar que isso vai salvar o casamento. Por outro lado, se o esforço for unilateral, também dificilmente resultará qualquer que seja o "truque". Além disso, se um dos lados adotar uma atitude egoísta ao invés de fazer um esforço para perceber o que o outro lado está a sentir, então tudo será mais difícil. Ter sensibilidade é fulcral!
Passando às "dicas" (por falta de melhor palavra)...
- Quando o bebé é recém-nascido tem de comer várias vezes por dia... e por noite; o que irá deixar a mãe bastante cansada, sobretudo se estiver a amamentar.
Aqui não há volta a dar mas, para compensar o esforço da mulher e tentar aliviar o seu cansaço, o marido pode encarregar-se das tarefas domésticas, como, por exemplo, fazer as compras para a casa e as refeições. Esta situação aliviará o cansaço da mulher e quando há menos cansaço na equação, existe menos probabilidade de discussões e de outros sentimentos negativos.
Aqui não há volta a dar mas, para compensar o esforço da mulher e tentar aliviar o seu cansaço, o marido pode encarregar-se das tarefas domésticas, como, por exemplo, fazer as compras para a casa e as refeições. Esta situação aliviará o cansaço da mulher e quando há menos cansaço na equação, existe menos probabilidade de discussões e de outros sentimentos negativos.
- Se houver possibilidade, e se se tiver uma rede de suporte de confiança, como os pais ou sogros por perto, por exemplo, porque não deixar o bebé com eles e irem os dois jantar fora e/ ou cinema? Ou quando o bebé for mais crescido, tirar um dia por mês para estarem só os dois?
Já caso não tenham com quem deixar o vosso filho, podem sempre fazer um serão mais romântico em casa: um jantar à luz das velas, uma sessão de cinema em casa com direito a pipocas, escrever uma carta de amor...
Atenção: No caso de optarem por fazer o programa romântico em casa, com o filho presente, há que estar preparado para o facto de poderem ter de interromper o momento a dois a qualquer momento. Nunca se sabe quando o bebé vai chorar para comer ou por outro motivo qualquer.
- E porque não, de vez em quando, irem passar um fim-de-semana fora só os dois?
- Aos fins-de-semana, podem escolher um dia para um ficar na cama a descansar, enquanto o outro acorda e trata da criança. Quando o Gonçalo já era mais crescido comecei a fazer isto com o Marco e era excelente. Ainda hoje esta tática é válida, ainda que com o Francisco haja menos flexibilidade. Mas a verdade é que este "truque" faz milagres. É que assim permite que ambos descansemos e, mais uma vez, evitam-se aquelas discussões parvas que só surgem quando há muito cansaço acumulado.
- Porque quando se é mãe e pai não há um botão que desliga a nossa vontade de estar com os amigos e de ir beber um copo com eles de vez em quando, alternem também neste campo. Um dia vai um e outro dia vai outro. E perfeito é se puderem ir os dois.
Também é importante que haja espaço para, pelo menos de vez em quando, um e outro poderem fazer o que gostam. Seja isso ir ao ginásio, ir andar de mota à beira-mar, ir fazer surf até o sol se pôr...
- Conversem sobre vocês e sobre o vosso dia. Não deixem que as vossas conversas fiquem limitadas aos filhos e a tudo o que os envolve. Dizia uma leitora no outro dia que, depois dos filhos nascerem, as conversas com o companheiro praticamente que se limitavam às questões logísticas relacionadas eles... Não podemos deixar que chegue aqui! Por outro lado, o que não podemos mesmo permitir que aconteça é que se deixe de falar de todo.
- Quando nasce um filho há coisas básicas que devem imperar numa casa para que o casamento não se abale: há que matar qualquer espécie de egoísmo que exista (por mais que custe, o interesse pessoal passa a ser secundário face ao interesse da família enquanto todo), e há que viver ainda mais o conceito de cumplicidade. Aliás, há que ser mais do que companheiro. Há que ser amigo, estar atento e perceber se o outro lado está bem.
Depois do nascimento de um filho, a mulher passa por um período de grande vulnerabilidade emocional. As suas hormonas estão ao rubro e o cansaço extremo dificultam ainda mais os primeiros tempos. Por outro lado, o homem também vê o "seu mundo" alterar-se por completo. Passa a ser pai de um dia para o outro (não nos podemos esquecer que ele não teve o bebé dentro dele e, por isso, a ficha cai-lhe mais "à séria" quando o bebé nasce) e a sua mulher, que até ao momento lhe dava os miminhos todos, passa a dedicar-se quase a 100% ao bebé.
É importante conversarem sobre tudo isto e fazerem um esforço para se lembrarem sempre do porquê que se apaixonaram um pelo outro. A questão não é viver do passado, mas sim tentar que os momentos mais difíceis não anulem as coisas boas que os uniu.
- Ao primeiro sinal de alarme que a relação não está nos seus melhores dias, esqueçam o orgulho e o cansaço e falem um com o outro sobre isso. Pensem nos vossos filhos e, mesmo que se sintam magoados ou zangados, tentem, juntos, perceber o que está mal e como podem melhorar a situação.
E é isto! Estas são apenas algumas das "dicas de senso-comum" que me lembrei, mas muitas mais haverá e gostava muito que as partilhassem.
Mas não nos enganemos. Haverá sempre dias em que o cansaço será tanto que não haverá paciência para nada, muito menos para estar com salamaleques com o marido/ mulher. Já basta ter de cuidar do filho e não poder deixar para amanhã o "dar banho" e o "fazer e dar o jantar". Mas não podemos é deixar que "este dia" se torne regra.
Já caso não tenham com quem deixar o vosso filho, podem sempre fazer um serão mais romântico em casa: um jantar à luz das velas, uma sessão de cinema em casa com direito a pipocas, escrever uma carta de amor...
Atenção: No caso de optarem por fazer o programa romântico em casa, com o filho presente, há que estar preparado para o facto de poderem ter de interromper o momento a dois a qualquer momento. Nunca se sabe quando o bebé vai chorar para comer ou por outro motivo qualquer.
- E porque não, de vez em quando, irem passar um fim-de-semana fora só os dois?
- Aos fins-de-semana, podem escolher um dia para um ficar na cama a descansar, enquanto o outro acorda e trata da criança. Quando o Gonçalo já era mais crescido comecei a fazer isto com o Marco e era excelente. Ainda hoje esta tática é válida, ainda que com o Francisco haja menos flexibilidade. Mas a verdade é que este "truque" faz milagres. É que assim permite que ambos descansemos e, mais uma vez, evitam-se aquelas discussões parvas que só surgem quando há muito cansaço acumulado.
- Porque quando se é mãe e pai não há um botão que desliga a nossa vontade de estar com os amigos e de ir beber um copo com eles de vez em quando, alternem também neste campo. Um dia vai um e outro dia vai outro. E perfeito é se puderem ir os dois.
Também é importante que haja espaço para, pelo menos de vez em quando, um e outro poderem fazer o que gostam. Seja isso ir ao ginásio, ir andar de mota à beira-mar, ir fazer surf até o sol se pôr...
- Conversem sobre vocês e sobre o vosso dia. Não deixem que as vossas conversas fiquem limitadas aos filhos e a tudo o que os envolve. Dizia uma leitora no outro dia que, depois dos filhos nascerem, as conversas com o companheiro praticamente que se limitavam às questões logísticas relacionadas eles... Não podemos deixar que chegue aqui! Por outro lado, o que não podemos mesmo permitir que aconteça é que se deixe de falar de todo.
- Quando nasce um filho há coisas básicas que devem imperar numa casa para que o casamento não se abale: há que matar qualquer espécie de egoísmo que exista (por mais que custe, o interesse pessoal passa a ser secundário face ao interesse da família enquanto todo), e há que viver ainda mais o conceito de cumplicidade. Aliás, há que ser mais do que companheiro. Há que ser amigo, estar atento e perceber se o outro lado está bem.
Depois do nascimento de um filho, a mulher passa por um período de grande vulnerabilidade emocional. As suas hormonas estão ao rubro e o cansaço extremo dificultam ainda mais os primeiros tempos. Por outro lado, o homem também vê o "seu mundo" alterar-se por completo. Passa a ser pai de um dia para o outro (não nos podemos esquecer que ele não teve o bebé dentro dele e, por isso, a ficha cai-lhe mais "à séria" quando o bebé nasce) e a sua mulher, que até ao momento lhe dava os miminhos todos, passa a dedicar-se quase a 100% ao bebé.
É importante conversarem sobre tudo isto e fazerem um esforço para se lembrarem sempre do porquê que se apaixonaram um pelo outro. A questão não é viver do passado, mas sim tentar que os momentos mais difíceis não anulem as coisas boas que os uniu.
- Ao primeiro sinal de alarme que a relação não está nos seus melhores dias, esqueçam o orgulho e o cansaço e falem um com o outro sobre isso. Pensem nos vossos filhos e, mesmo que se sintam magoados ou zangados, tentem, juntos, perceber o que está mal e como podem melhorar a situação.
E é isto! Estas são apenas algumas das "dicas de senso-comum" que me lembrei, mas muitas mais haverá e gostava muito que as partilhassem.
Mas não nos enganemos. Haverá sempre dias em que o cansaço será tanto que não haverá paciência para nada, muito menos para estar com salamaleques com o marido/ mulher. Já basta ter de cuidar do filho e não poder deixar para amanhã o "dar banho" e o "fazer e dar o jantar". Mas não podemos é deixar que "este dia" se torne regra.
Interessante estas dicas virem de uma mulher... várias vezes o homem tem tendência a pensar que foi trocado por um miúdo(a), ou por duas (dois) ...
ResponderEliminarPois... também refiro isso no texto! bus
EliminarConcordo com tudo! No meu primeiro casamento foi precisamente a falta de diálogo, e as disputas para se ver quem está mais cansado que levaram à rutura final, tinha o meu filho 7 meses... muito triste! Agora tenho uma família recombinada, somos ambos divorciados e temos ao todo 3 filhos (os dele + o meu). O segredo tem sido uma união casal vs. filhos. I.e., se as coisas começam a correr mal, somos nós os dois «contra eles». Pode parecer mal, mas se as crianças desagregram o casal, pode correr pior para todos. Por isso sim, brincamos com esta situação e vemos a vida assim. Ajuda imenso. E somos livres, para, ao fim do dia, poder desabafar à vontade sobre as demoníacas crianças, sem sermos julgados por isso. Ajuda tanto.
ResponderEliminar:) Acho realmente importante cada casal encontrar os "seus" métodos. bjs e obrigada pela partilha.
EliminarVoto a favor do diálogo!
ResponderEliminarConcordo plenamente com o seu artigo Sofia. Sou muito a favor do diálogo:)As suas melhoras. Beijos e bom fim de semana,a 2 ou a 4.lol
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