Ele não percebe a situação na sua plenitude, mas hoje é o último dia dele na escolinha onde anda. Desde os 6 mesinhos que lá está!
Já lhe falei no assunto, num tom despreocupado e até com entusiasmo, mas ele não me dá muita saída. Ele não percebe que eu estou aqui com o coração apertadinho e precisava que ele me dissesse qualquer coisa capaz de me descansar. Devia ser o contrário, eu sei, mas às vezes são os pais que precisam que os filhos lhes serenem a alma (e este foi um dos grandes ensinamentos que o meu filho e a maternidade me deram desde cedo).
Na minha cabeça (e coração) passam-me mil perguntas e receios: E se ele não gostar da escola? E se ele não gostar da educadora? E se ele não for bem recebido pelos outros meninos? E se e se…
Todos os dias, no regresso a casa, passamos pela escola para onde ele vai. Ele simpatiza com ela, porque vê muitas vezes os meninos a brincarem no recreio, e diz-me que quer ir brincar para ali também.
Um dia desta semana, disse-lhe que aquela seria a escola nova dele e que ele poderia brincar lá todos os dias. Ele não disse nada durante uns segundos e depois disse com uma voz triste, que teve o efeito de uma facada no meu peito:
"Mas mamã… eu vou têi chaudades do Gabiéi (Gabriel; que é o melhor amigo dele)."
Tentei consolá-lo. Disse-lhe que tinha o telefone da mãe do Gabriel e que depois combinávamos ir ao parque.
Confesso que estas mudanças me deixam numa ansiedade doida… mesmo que no fundo acredite que vai correr tudo bem!
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