Se as minhas gravidezes podiam ser pacíficas? Podiam, mas não eram a mesma coisa (ainda que eu preferisse a calmaria e a paz)!
Hoje, estava eu a ter um dia normalíssimo, quando tudo deixou de ser normal. Estava a preparar-me para tomar banho, quando percebo que tinha tido uma hemorragia.
Entrei em pânico! Literalmente. Não foi em grande quantidade, mas ainda foi um bocado. Também não foi sangue vivo, mas caramba. Era sangue e toda a grávida sabe que é mau sinal.
Comecei a chorar, a tremer e com um medo gigante e indiscritível. Os dois últimos anos da minha vida não têm sido fáceis mas, mal ou bem, nunca me senti ir abaixo. Mas se acontecesse alguma coisa com o bebé… só a ideia fazia-me estremecer. Era mais, muito mais, do que me sinto capaz de aguentar. A minha força tem limites e este é o limite.
Liguei ao meu médico, ele fez-me umas perguntas, inclusive se tinha sentido o bebé hoje (coisa que tinha acontecido apenas uns minutos antes) e disse-me para comer chocolate, deitar-me para ver se sentia o bebé e esperar umas duas ou três horas. Disse que se tivesse mais hemorragias entretanto para ir ao hospital e fazer o mesmo caso não sentisse o bebé durante esse tempo.
Juro que tentei seguir o que ele disse, mas qual quê? Estava num estado de nervos parvo e decidi ir ao hospital sem esperar hora nenhuma. E foi o melhor que fiz.
Graças a Deus, está tudo bem. O bebé está ótimo, a placenta e o líquido também e apenas o colo do útero é que apresenta uma cor mais avermelhada. Também foi descartada alguma infeção. A médica disse que deve ter sido algum esforço que fiz e recomendou repouso nos dois próximos dias.
Agora, que já estou mais calma porque já sei que está tudo bem, consigo escrever o que se passou com alguma frieza, mas posso dizer-vos que nesta segunda gravidez, este foi o maior susto que apanhei. E espero que seja o último. Deus queira que seja o último!
♥♥♥♥♥
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