De vez em quando gosto de experimentar receitas novas. Sei que o risco é grande, porque o meu marido é esquisito à brava mas, mesmo assim, volta que não volta encho-me de coragem e vou para a frente, mesmo sabendo que posso depois ouvir eventuais queixumes e lamentos.
Ontem, tinha salmão, e não me apetecia fazê-lo no forno como habitualmente (costumo fazê-lo com um molho de limão, mel e alecrim, que fica delicioso), nem grelhá-lo. Por isso, procurei receitas com salmão e encontrei uma lasanha de salmão que me pareceu muito bem.
Fiz a receita e mal disse ao Marco o que seria o jantar, ele torceu logo nariz. Disse, no gozo, que tal coisa era contra-natura. Mas antes que ele fizesse mais comentários fiz-lhe sinal para ele estar caladinho, para não influenciar o Gonçalo, que também tem uma grande tendência para ser igual ao pai (para mal dos meus pecados). Contudo, não foi preciso o pai comentar nada. Depois da primeira garfada, o meu filho perguntou-me, com uma voz docinha, de quem não quer chatear a mãe mas sem conseguir esconder o desalento:
"Mamã… puquéque pões peixe na lasanha?"
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