O adeus à chucha (ou não) e a minha bipolaridade

Eu e o meu bebé, há uns dois anos! Meu Deus… como o tempo passa rápido!

Estava com muito medo, confesso, mas nem correu muito mal. Contextualizando quem não leu o post, ontem foi um grande dia. Na escola tiraram a chucha ao Gonçalo e eu tentei fazer o mesmo em casa… apesar das minhas expectativas estarem em baixo.

Antes de jantar já ele chorava pela chucha e ao meu argumento de que a Fada dos Dentes tinha levado a chucha para dar a um bebé, mas que ele ia receber uma prenda em troca de tamanho gesto, ele respondeu-me com um "não quéio penda! Quéio a chucha!". Já ao meu incentivo "mas já és crescido, e não precisas da chucha", ele ripostou com um "não quéio chê quechido. Queio chê bebé!"

Posto isto, hão de convir que o caso estava mal parado. Contudo, chegada a hora de dormir, ele acalmou e durante a noite não pediu a chucha uma única vez! Milagre ou sorte, não sei dizer?

Só não canto vitória desde já, porque estou convencida que ele só acalmou porque lhe disse, a determinada altura, que hoje falávamos com a auxiliar e perguntávamos pela chucha e víamos se a Fada já a tinha levado ou se ainda a tinha em casa.

Seja como for, isto deu-me que pensar, sabem? Queria, e quero, mesmo que ele deixe a chucha, por causa dos dentes, mas isso acaba por ser mais um sinal de que ele está a crescer. Sei que é bom, claro que sim, mas também assusta. E não é pouco. O meu menino, que até há uns meses usava fralda, chucha, era totalmente dependente de mim para tudo, está a ganhar cada vez mais autonomia e a perder todos as características que definem um bebé. Isto suscita em mim um misto de sentimentos paradoxais: felicidade, muita felicidade, orgulho, emoção, mas também medo, nostalgia…

O meu menino está a crescer tão rápido!!! É bom. Muito bom, mas se é assim tão bom, porque é que sinto também este aperto no coração?!